quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

MOVIMENTO POLÍTICO PELA UNIDADE: TESTEMUNHO




ESPIRITUALIDADE DA UNIDADE


Fonte: http://www.focolares.org - Movimento dos Focolares

Testemunho: Movimento Político Pela Unidade

Domenico Mangano

22 Dezembro 2011

22 de fevereiro de 1938 – 22 de dezembro de 2001 - Dar “alma” à vida cotidiana, estando no “jogo” de Deus.


“Cada momento é um dom”, repetia Domenico na noite do dia 21 de dezembro, dez anos atrás. Naquela noite, depois de 63 anos de um empenho incansável e intenso no trabalho, na política e no campo social, concluiu a sua vida terrena.

Domenico nasceu na região italiana da Basilicata, mas com 11 anos se transferiu para Viterbo; teve um matrimônio feliz com Pia e era pai de três filhos. Sempre viveu mergulhado na realidade social, mas com a alma impregnada de divino.

Este seu modo de agir brotou da decisão ­– quando conheceu o Movimento dos Focolares, em 1974, num encontro para políticos – de engajar-se com os “Voluntários de Deus”, aqueles “primeiros cristãos do século XX”, como foram definidos por Chiara Lubich, que vivem para “tornar visivel a presença de Jesus, nos lugares onde estamos”, como afirmou, por sua vez, Domenico.

Na sede do INPS de Viterbo era comum referir-se como “o escritório das causas impossíveis” à sala, sempre superlotada, do dr. Mangano. “Porque ele assumia o problema de cada um dos pensionistas – recorda Renzo, seu colega que tornou-se também um voluntário – o estudava profundamente, indo buscar todas as soluções. Até os colegas se dirigiam a ele”.

Domenico atuava muito na UNITALSI, no sindicato, nas penitenciárias… mas principalmente na política. “A cidade é como uma rede – afirmou – que às vezes tem buracos, às vezes está mesmo rasgada, porque falta uma visão de amor; porque pensamos só em nós mesmos! Se todos descobrissem a ‘polis’, e fizessem de modo que todas as ações aumentassem a harmonia, então esta grande rede, pouco a pouco, se tornaria compacta”.

Com esta visão da política, e guiado pelo ideal da unidade de Chiara Lubich, Domenico foi o iniciador do POLIS – um laboratório de políticos e cidadãos, em Viterbo, para “ler as vicissitudes da cidade” – e por 15 anos foi vereador e assessor. Entre outras coisas Viterbo deve a ele a revalorização das fontes termais do município e, entre os primeiros municípios na Itália, da instituição do sistema de “casas família” e das colônias de férias para jovens.

Partindo justamente da experiência de Domenico, e de muitos outros, em 1996 Chiara Lubich deu início ao Movimento Político Pela Unidade: a fraternidade como categoria política a serviço do bem comum.

Domenico dedicou-se ao máximo a este Movimento nascente, criando relacionamentos a 360° , ultrapassando barreiras e divisões de partido, não só na Itália, mas também no exterior.

Após a aposentadoria, em 1993, chegou o “feliz enfarte” (como ele mesmo o definiu), que o levou a um ulterior crescimento espiritual, que amadureceu nos longos passeios na natureza, recomendados pelos médicos.

Em 2000 lhe foi diagnosticada uma doença incurável, que embora fazendo-o sofrer muito fisicamente não o fez perder o espírito de iniciativa. Junto com outros doentes formou uma “corrente” de oração, ajudas concretas e reflexão sobre o sentido da doença, à qual ele chamou, com uma pequena dose de humor: “os tumorosos de Deus”.

Faleceu no dia 22 de dezembro de 2001, após ter sussurrado delicadamente à Pia: “estarei sempre com você”, confiando-se, com ela, à Nossa Senhora.

Sobre ele Chiara Lubich disse: “Domenico soube viver com plenitude… e transmitiu a muitos a sua paixão pela unidade, valorizando cada momento da vida cotidiana”.

Nos dez anos de sua partida, os Voluntários de Deus, a quem ele tanto se dedicou, quiseram dar o seu nome ao novo auditório do seu Centro Internacional.


Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha, de Abaetetuba/PaRecommend on FacebookTweet

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