quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Nossa S. da Conceição 2013 - Festa, Círio e Outros Aspectos

Nossa Senhora da Conceição 2013 - Festa, Círio e Outros Aspectos

Quinta-feira, 31 de outubro de 2013

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO 2013 - FESTA, CÍRIO E OUTROS ASPECTOS
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO 2013 - FESTA, CÍRIO E OUTROS ASPECTOS
 Capa com a Imagem Original de
Nossa Senhora da Conceição, Padroeira
da Diocese de Abaetetuba com o lema
de 2013: "A Jovem Maria Alimenta sua
Fé na vivência da Palavra", com as
motivações do lema: barco, representando
os municípios ribeirinhos e os jovens da
Diocese de Abaetetuba, encimados pela
Bíblia, com a frase de Maria: "Fazei tudo o que
Ele vos disser", Jo,5 e a
Imagem original de Nossa Senhora da
Conceição
 Mapa do Percurso do Círio
Acima as programações religiosas e demais
programações
 Balancete da Festa e Círio 2012
Acima está o folheto da programação da Festa e Círio 2013
de Nossa Senhora da Conceição
Clique nas imagens para vê-las ampliadas
 O folheto do programa da Festa e Círio de
Nossa S. da Conceição 2013 convida os
fiéis devotos da Virgem da Conceição a
colaborar com a construção da nova Barraca
de Conceição, que na verdade será um centro
cultural. Acima a parte frontal da reforma que
está sendo processada para esse fim. Veja a
histórica marquize da antiga barraca que
ainda não foi retirada, e bem que ela deveria
permanecer, pelo seu valor histórico
 A iluminação da Festa e Círio 2012 não deixou
a desejar com suas luzes que deixaram a Catedral
de Nossa S. da Conceição em belos tons dourados
durante à noite

 O Arco da Festa de Conceição 2012, na Av. D. Pedro II,
deixou muito a desejar e foi salvo pela boa iluminação
em LED de tons violetas

 A torre da Catedral de Nossa S. da Conceição e o
histórico Monumento do Cristo Crucificado, lebrança
da passagem dos Padres Capuchinhos por Abaetetuba,
que sofreu uma bizarra pintura em 2012 que o descaracterizou
de suas formas originais
O conjunto formado pela Praça da Conceição, a Catedral,
a Barraca de Conceição e a altaneira árvore samaumeira,
esta com comentários de derrubada, fato que vai tirar
parte da grande beleza do conjunto e atenta contra as
leis da natureza. Com a palavra os defensores das árvores
e da natureza
A parte de trás da Barraca da Conceição já começa
a apresentar suas novas formas de linhas ecléticas 
 Algumas denominações dadas à Virgem Maria, Mãe de Jesus,
vêm desde os primeiros tempos do Catolicismo e da Idade Média.
Atualmente são mais de 120 denominações dadas à Nossa Senhora
INTRODUÇÃO 
Nossa Senhora da Conceição, em comparação com todas as suas demais denominações e em comparação aos demais santos da religiosidade popular dos períodos históricos do Pará Colonial e Pará Provincial era a mais venerada na maioria das localidades desses períodos, tanto que no dia 8 de dezembro serão inúmeros municípios do Pará atual que festejarão a Padroeira Nossa Senhora da Conceição. Em relação à Abaetetuba, não esqueçamos que o primeiro nome que Abaetetuba recebeu foi o de "Povoado de Nossa Senhora da Conceição de Abaeté" e não esqueçamos que a data que o fundador do município chegou ao local foi o ano de 1724, mostrando que essa veneração vai completar os seus 289 anos de devoção à Virgem da Conceição em terras de Abaetetuba. A devoção popular à Maria é muito importante, porém, entre o que o novo Bispo da Diocese de Abaetetuba, Dom José Maria Chaves dos Reis,   em sua "Mensagem do Bispo" no folheto acima, no pede,  é que tenhamos Maria como modelo em tudo em nossa vida. A esse respeito o Blog do ADEMIR ROCHA, sua homenagem à Virgem da Conceição, em sua Festa e Círio 2013 de Nossa Senhora da Conceição, inicia a cobertura dessa festa com as imagens acima e a mensagem espiritual  (adaptada da Festa e Círio 2013 de Nossa Senhora de Nazaré) abaixo, sobre a importância de nossa Mãe Maria sobre a nossa vida.
ALGUNS ASPECTOS DA ESPIRITUALIDADE E TEOLOGIA MARIANA
A Festa e Círio de Nossa Senhora da Conceição que acontece anualmente em Abaetetuba, Santarém e muitas outras cidades  paraenses e do Brasil, não se resume apenas ao seu aspecto de uma festa popular. Existe uma rica e densa Espiritualidade e Teologia Mariana que precisamos conhecer alguns de seus aspectos. A Espiritualidade e Teologia Mariana é bem antiga na Igreja Católica e outras Igrejas do Rito Oriental, tendo se originado nos primeiros tempos do Cristianismo e que teve seu ápice na Idade Média, quando da construção das suntuosas e ricas igrejas construídas para louvar a Virgem Maria, Mãe de Jesus e Mãe do Homem, em devoção que atravessou os séculos, com Maria recebendo mais de 120 denominações devido essa devoção milenar. A devoção popular à Maria perdura com muita ênfase nos dias atuais, basta ver a festa do Círio de Nossa S. de Nazaré em Belém, a festa de Nossa S. Aparecida, na cidade de Aparecida, em São Paulo, a festa de Nossa S. de Fátima, em Portugal, a festa de Nossa S. de Lourdes, na França, a festa de Nossa S. de Guadalupe, no México e tantas outras milhares de festas dedicadas à Maria, que se repetem no Pará, no Brasil e pelo Mundo inteiro e sempre com grande concorrência de pessoas para render louvores à Maria, como a Medianeira entre o Homem e seu Filho Jesus Cristo, com o pagamento de muitas promessas pelas graças alcançadas através de Nossa Senhora, às vezes à peso de grandes sacrifícios como as caminhadas de joelhos em direção aos santuários, carregando pesadas cruzes, segurando na Corda do Círio, como no Círio de Belém, ou outras formas de agradecimentos, louvores e pagamentos de graças alcançadas através da Virgem Maria, de suas dezenas de denominações. No caso da Festa e Círio 2013 de N. S. de Nazaré, recentemente finalizado em Belém, um verdadeiro frenesi tomou conta de grande parte da população de Belém e cidades ao seu redor, quando cerca de 2 milhões de pessoas acompanharam essa grande Romaria e as demais do Período Nazareno, que chega à impressionante marca de mais de 6 milhões de pessoas participando de todas as romarias e demais eventos dessa enorme festa religiosa, e um verdadeiro clima de festa invade todos os segmentos da sociedade, não importando que religião e governo sejam ou os aspectos envolvidos, conforme nos mostram as dezenas de homenagens, onde até os órgãos municipais e estaduais se juntam às entidades, empresas privadas e uma miríade de eventos que se sucedem no decorrer da Quadra Nazarena, e até mesmo antes, pois o Turismo, Indústria e o Comércio são também grandemente beneficiados pela grande festa em Belém. Essa é verdadeiramente uma grande manifestação religiosa popular do Brasil, que mexe com grande parcela do povo do Pará, que atinge o clímax devocional no Grande Círio de Nazaré, com todos os participantes querendo festejar e render graças à Virgem de Nazaré, a Padroeira da Amazônia, em festa que se repete em grande parcela dos municípios e localidades paraenses e até em grandes, médias e pequenas cidades do Brasil. A pergunta que fazemos é: Será somente o aspecto devocional que o cristão deve manifestar em relação à Maria, aquela que foi escolhida pelo próprio Deus para ser a Mãe de seu Filho Jesus, o Salvador e Redentor do Mundo, aquela que foi considerada pelo próprio Deus como a Cheia de Graças, a Bem-Aventurada entre as mulheres, a Virgem Imaculada, aquela que intercedia, mesmo em vida, junto à Jesus em favor dos mais simples, dos pobres, dos de Boa Vontade, aquela que foi Assunpta ao Céu, em corpo e alma, pois não precisava morrer e ressuscitar dos mortos, porque foi concebida sem o pecado original, este que afeta todos os demais homens e afeta a própria Criação de Deus, que juntos devem ressurgir em "Novas Terras e Novos Céus" e "Homens Novos", para estar diante de Deus rendendo Glórias pelo seu grande Amor pelo Homem e toda a sua Criação? Maria, a Mãe de Jesus, também foi a Díscípula perfeita de Jesus, seu amado Filho, pois seguia seus preceitos e ficou ao seu lado até à morte de Jesus. Maria também foi a Mãe Perfeita, a Mãe de Deus, e por desejo de Jesus se tornou a Mãe da Igreja e do Homem pelo que demonstra o colóquio final de Jesus com Maria e João Evangelista, seu discípula muito amado. Maria, junto com José e Jesus, constituíram a Família de Nazaré, a Família Perfeita, como exemplo da Unidade da Trindade de Deus, em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, que devem servir de exemplo para as famílias humanas, famílias religiosas, comunidades eclesiais, conforme nos aponta o Livro dos Atos dos Apóstolos, que diz que os primeiros seguidores de Jesus "Tinham Um só Coração, Uma só alma, tihnam tudo em comum, Dividiam entre si os seus bens, não havendo necessitados entre eles, pois todos repartiam entre si os seus bens" e Maria, a Mãe de Jesus, desfrutava entre os Apóstolos e  Díscipulos de Jesus da mais alta consideração, não só por ser a Mãe de Jesus, mas porque Ela era aquele Modelo Perfeito de Santidade que todo cristão deve aspirar, para ser como Maria, também merecedor da Vida Eterna junto à Deus Pai, Deus Filho, os Santos Anjos do Senhor e os demais Santos do Paraíso, cujo início de snatidade é aqui mesmo nesta nossa vida terrena, com a nossa imitação de Santidade de Maria, a Cheia de Graças e Virtudes diante dos Homens e de Deus e conforme nos diz a Sagrada Escritura de "Sede perfeitos como vosso Pai do Céu é perfeito". Então, como fazer para vivermos esses aspectos da Espiritualidade e Teologia Mariana? É o que tentaremos colocar aqui neste espaço através de alguns aspectos dessa Espiritualidade Mariana. 
Para que nossa relação com Maria não seja apenas uma relação de veneração e devoção à Mãe de Jesus, consideremos os seguintes aspectos da vida de Maria: 
Como muitos outros mistérios da História de Salvação do Homem por Deus, Maria, como Mãe de Jesus, é um mistério de nossa Fé Cristã, e que deve se tornar para nós um ato de Fé acreditar  que Maria faz parte da Salvação do Homem.
Conforme a História de Salvação do Homem, a figura de Maria começa a se configurar no Antigo Testamento na "Mulher Vestida de Sol" e essa  História de Salvação do Homem é fartamente esmiuçada em diversas passagens dos Evangelhos, do livro dos Atos dos Apóstolos, das Cartas de São Paulo e dos demais Apóstolos e vai culminar no Livro do Apocalipse.
Vejamos a figura de Maria e do mistério que ela representa para nós, através de alguns aspectos retirados dos livros acima mencionados.
Ser a Mãe do Salvador é a culminância do mistério de Maria. Ser Mãe de Jesus, significa ser Mãe de Deus, daí o enorme mistério que esse fato envolve e por causa dessa Maternidade Divina, e em função dela, Maria foi conhecida de antemão por Deus e, portanto, Maria foi predestinada, chamada, justificada, santificada e glorificada conforme os Livros Sagrados acima citados e enfatizada em Rm 8,28 a 30: “Ora, nós sabemos que Deus concorre em tudo para o bem dos que O amam, daqueles que, segundo o seu desígnio, são eleitos” e Rm 29: “Porque os que de antemão conheceu, também os predestinou para serem à imagem de seu Filho, a fim de que Este fosse o Primogênito de muitos irmãos” Rm 30: “E aos que predestinou, a estes também os chamou; e aos que chamou, a esses justificou; e aqueles que justificou também os glorificou”.
Maria, portanto, para ser a Mãe de Jesus, a Mãe de Deus, foi pelo Pai ornada de todos os dons e carismas, conforme os Livros Sagrados citam: Cheia de Graça, Imaculada desde o primeiro instante da sua concepção (Conceição de Maria) e, portanto, Preservada do pecado original e de todo pecado, para ser a Mãe de Deus; Virgem, antes do parto, durante o parto e depois do parto; Elevada ao Céu em corpo e alma, porque Maria não estava sujeita ao pecado. E Maria, por ser a Mãe do Verbo Encarnado e do Filho de Deus feito Homem (Jesus para nós é o ápice da humanização do homem que cada um de nós deve almejar como cristão) e, portanto, Mãe de Deus, como foi proclamada no Concílio de Éfeso, em 431, que é tua Graça e tua Glória primordial nesse mistério do Amor de Deus pelo homem.
Maria deve ser proclamada como Mãe, que nos fala o Evangelho, quando no Calvário, seu Filho Crucificado te entrega João como Mãe e te entrega João como como filho e isto de Jesus agonizante que entregou seu sangue e a vida, tudo, num gesto final de seu Mandamento, quando entrega a própria Mãe, como ato de entrega a todos os seus Díscipulos e Seguidores, até o fim do mundo e da história. Portanto, Maria, se tornou também a Mãe dos homens seguidores de Cristo e, portanto, a Mãe da Igreja de Jesus.
Maria, pela sua humildade, uma simples mulher, vinda ao mundo por Adão e Eva, mas predestinada a ser, conforme os Evangelhos, a “Bendita entre as mulheres” (Lc 1,42), a “Cheia de Graça”, aquela a “quem todas as gerações chamam Bem-Aventurada”, portanto, a mais perfeita discípula de Jesus e, por isso, modelo e exemplo para todos nós, que devemos ver em ti a nossa Mãe e nós como teus filhos que te veneram, te prestam devoção, mas que, acima de tudo, deve ser vista como nosso modelo de cristão e assim ser imitada como o rosto do novo homem redimido por Jesus Cristo em sua plenitude. Quem ama deve identificar-se com Maria. Só depois é que deve vir a veneração, junto com a reverência, a admiração e o amor de todos os devotos, peregrinos de tua Festa e Círio de Nazaré.
Maria, que disse “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”, e meditava em seu coração os planos misericordiosos de Deus para com os Homens e também meditava e guardava em seu coração os misteriosos desígnios de Deus para si e para a humanidade, conforme segue abaixo e também aplicava essas lições no amor e no serviço concreto aos irmãos, conforme “As bodas de Canâ”, quando intercede pelo bom vinho dado aos irmãos e os serviços que foi prestar à sua prima Isabel, conforme Lc 1, 39 a 56, com a visita à Isabel e quando esta disse: “Bendita és tu entre as mulheres e Bendito é o fruto do teu Ventre” entre outras coisas e onde Maria cantou o seu Cântico de Amor, o Magnificat, onde, entre outras coisas diz: “A minha alma glorifica ao Senhor, e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humilde condição de sua serva. De fato, desde agora Todas as Gerações me hão de chamar ditosa porque me fez grandes coisas o Onipotente. ...Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e aos ricos despediu-os com as mãos vazias. ...”Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou para casa”.
O que se poder deduzir do encontro de Maria com sua prima Isabel? Maria não foi a Isabel para cantar o Magnificat, mas foi à serviço do irmão e encontrou receptividade em Isabel que reconheceu Maria como Mãe de Jesus, portanto Mãe de Deus e, por isso, também cantou esse Canto de Amor, que significa a Visão Social de Maria e os três meses com Isabel significa que Maria meditava, glorificava à Deus e amava o irmão.
13 Dezembro 2015
Giordani lê o Magnificat do ponto de vista da misericórdia e evidencia a sua potência revolucionária: emergem “as diretrizes em que social e politicamente, além de espiritualmente, se traduz o ideal evangélico”.
” Magnificat “-  Comunidade de Taizé
No centro deste potente hino que é o Magnificat, onde se reúne o ardor dos profetas com a profecia da redenção, está inserida uma menção à misericórdia divina, que pode parecer um acréscimo retórico. Ao invés, me parece que aquela alusão àmisericórdia do Pai, no centro do hino, tenha um valor capital, e contenha a explicação daquela concisa, exuberante lista de fatos divinos, que dá à improvisação poética da jovenzinha de quinze anos, que guardava e maturava Jesus no ventre, uma beleza inaudita e uma imediação constante.
Na primeira parte, Maria exalta o «Poderoso que fez coisas grandiosas» para a sua «serva», de modo que as gerações vindouras, todas, a declararão bem-aventurada. Deus fez o milagre da encarnação do Verbo através de uma menina pobre, humilde, de uma desconhecida aldeia de Israel; ato do qual virá a salvação para a humanidade de todos os tempos. Então ela observa: «o seu nome é santo – e a sua misericórdia (se estende) de geração em geração…».
Portanto, a redenção nasce de um ato de piedade do Pai divino para com os homens. Se ele realizou aquele prodígio de amor, que só um Deus podia realizar, de fazer com que nascesse o Filho na terra, de uma jovenzinha do povo e de fazer com que ele morresse num patíbulo pelo bem da humanidade, se deve a um ato de misericórdia, se deve a um milagre daquela misericórdia, que é o amor elevado ao ápice.
Ele exige que se perdoe o irmão não até sete vezes, mas até setenta vezes sete: em prática, sempre, infinitamente; que se ame o irmão até dar a vida por ele.
Deus «socorreu Israel, seu servo, – lembrando-se de sua misericórdia…».
Numa palavra, tudo, no governo divino, se reconduz à misericórdia. E se verá isso confirmado e esclarecido na conduta daquele Jesus, por cujo amor Maria fala, seja quando ele dará de comer às multidões e curará enfermos, seja quando flagelará os mercantes no templo e bramará vocábulos ásperos contra os fariseus e os soberbos.
É o hino da total revolução cristã. Mas o aspecto mais revolucionário dela está justamente no que é o seu princípio: a misericórdia. Por ela não destrói, mas cria, porque o amor por Deus e pelo homem não produz senão o bem.
O Magnificat especifica as diretrizes do processo de evolução, transformação e renascimento, em que social e politicamente, além de espiritualmente, se traduz o ideal evangélico. Uma transformação que parte do amor, e se concretiza na misericórdia.
Um semelhante ideal assume hoje um caráter de urgência e de atualidade nova. Irrompem de toda a parte ideologias e contestações, guerrilhas e revoltas: urgem aspirações grandes e belas e se introduzem programas destrutivos e de ódio. Maria ensina como orientar e construir esta revolução. É uma mulher, a mãe de Deus, que ensina com a palavra e a vida: a vida da mãe da misericórdia. O exemplo dela vale tanto mais, hoje, quanto mais se revaloriza a feminilidade.
Maria nos ensina a estrada da misericórdia.
A este ponto, já é evidente a inutilidade e o absurdo das guerras, isto é, do ódio, e a necessidade de sistemas racionais, feitos de tratativas, de diálogo e, sobretudo, de intervenções e dons, por quem pode em favor de quem não pode. Vemos isso: o envio de armas e de dinheiro em favor deste ou daquele povo serve para alimentar os conflitos, nos quais as pessoas penam, agonizam e morrem; e para depositar germes de ódio contra os próprios doadores. A perspectiva daquela jovenzinha, que entoava entre gente pobre o Magnificat, ou seja, o método da misericórdia, é uma perspectiva de inteligência divina e humana, a única capaz de resolver o problema de um mundo ameaçado por uma última definitiva catástrofe, provocada pela estupidez do ódio, droga de suicídio.
Para reaver a paz, afinal, com o bem-estar, é preciso que nós tratemos das chagas materiais e morais de quem sofre, tanto do lado de cá quanto de lá do Oceano, na Europa e na Ásia, na América e na África, usando uma piedade, fruto de compreensão; uma caridade, que não é fraqueza, mas remoção de injustiças e de egoísmos para fazer da coexistência uma convivência, das nações uma família. Assim quer Jesus, o filho de Maria, como garante também a sua Mãe.
Igino Giordani, em «Mater Ecclesiae» n. 4/1970
Nós devemos recorrer sempre a Maria devido as nossas limitações, ocasionadas pelo pecado original e demais pecados e limitações humanas, pedir sempre a intercessão de Maria por nós e nossos irmãos conforme o que diz o “rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte” da nossa Ave-Maria.
E quanto a imagem de Nossa Senhora, que muitos criticam essa devoção, não devemos ver a louça, a madeira, o vidro, o barro ou outro qualquer material inanimado da imagem de Maria, mas o que está por trás, o que simboliza, conforme acima especificado. As imagens de Maria apenas procuram viabilizar o invisível e tornar sensível o espiritual, para melhor crescermos no Amor e na Misericórdia que o Filho de Maria, Jesus Cristo nos ensinou, para também sermos outros Jesus na Terra, portanto, outros filhos de Maria. Qual o filho que não tendo mais a presença física de sua mãe, não guarda com carinho as suas lembranças: cartas, retratos, esculturas, pinturas, objetos, jóias e demais lembranças?
Um testemunho da vivência da Espiritualidade Mariana:
José Jaime Brasil Xavier12 de outubro de 2013 07:05
Da série: jovens escritoras nascidas na boca do Rio Maratauíra, apresento a vocês o texto de Débora Xavier, minha filha, que ganhou o 1º Lugar no XVI Concurso de Redação do Círio de Nazaré, promovido pela Basílica de Nazaré. O concurso foi em 2010, entre alunos do 2º Grau, Débora tinha 15 anos e estudava no Colégio Marista. Débora Xavier:
SIGAMOS MARIA, TENHAMOS FÉ
Débora Xavier
"Deus não habita mais em construções de pedra, em templos ou em um lugar sagrado, mas no ventre de uma mulher". A frase se refere à Maria, Rainha do Céu e da Terra, Virgem Santíssima Imaculada e, acima de tudo, mãe. Mãe porque ama e abençoa a nós, seus filhos pecadores. Mãe porque aceitou o Espírito Santo e, livre do pecado, deu à luz Jesus Cristo, o Salvador. Mãe porque, hoje e sempre, no céu, intercede junto a Deus por nós e nos dá o exemplo da esperança e da fé incondicional no Senhor. Bem-aventurada é Nossa Senhora, porque acreditou no poder do Altíssimo.
Eis que a primeira bem-aventurança do Evangelho de Lucas é a aceitação de Maria em conceber Jesus: ela foi bem-aventurada não porque viu, mas porque demonstrou os valores que ilustram a verdadeira devoção - fé, esperança, caridade e amor. Mesmo com todas as dificuldades que poderia enfrentar tendo um filho que não era de José, seu esposo, a mãe manifestou suas graças e aceitou sua missão.
Podemos ir a Maria para alcançar o Senhor como o Senhor foi a ela para nos alcançar. Por ser mãe, ela também será de nós advogada e auxiliadora, consolo e amparo. Mesmo cobertos de pecado e merecedores de castigo, teremos quem interceda em nosso favor: ela nos perdoa e nos leva a seu colo, limpos e felizes. Faz isso porque ama e acredita: tem fé na misericórdia divina e na nossa redenção.
Seguir o exemplo de Maria e carregar Jesus conosco: eis a verdadeira devoção. Carreguemos esta devoção em cada Ave-maria, em cada Salve-Rainha, em cada oração particular... Agradeçamos ao Senhor pela mãe que nos deu, santa, doce, imaculada e cheia de graça. Agradeçamos por, ainda na terra, podermos vivenciar a experiência com Deus, seja por meio da celebração do Círio, da Palavra inspirada pelo Espírito Santo, do Sacramento maior que é Jesus ou do modelo de fé e obediência deixado por Maria. Sejamos, enfim, como Nossa Senhora, e carreguemos Jesus dentro de nós.
MEDITAR A VIDA DE MARIA E TRANSPOR PARA A NOSSA VIDA CRISTÃ
A vida de Maria, conforme nos mostram as Sagradas Escrituras, é uma intensa e profunda forma de meditação sobre a vida da própria Mãe de Deus e que devemos transpor para a nossa vivência cristã.Vejamos o que nos dizem alguns pontos da vida de Maria que constam desses Livros Sagrados:
. A Anunciação pelo Arcanjo Gabriel à Virgem Maria de que ela seria a Mãe de Jesus, ocorreu no sexto mês

 A véspera e dia da festa de Nossa S. da Conceição teve a Catedral apinhada de gente para participar das funções religiosas.
 Fora da Catedral de Nossa S. da Conceição o povo participava dos brinquedos do Arraial e de outras atrações da Praça de Conceição. Mas a falta da tradicional pintura na Igreja e na Praça e a falta das luzes, afetou na beleza noturna da Catedral e Praça de Nossa S. da Conceição.
 A Imagem Original de Nossa S. da Conceição, conforme a História, já possui perto de 300 anos, trazida que foi pelo fundador do Povoado de Nossa S. da Conceição de Abaeté, e este ano a preciosa Imagem ficou confinada dentro de uma urna em vidro.
 A Urna em Vidro em momento anterior aos dias dos festejos de Nossa S. da Conceição.

Leia o belo texto abaixo Sobre a Imaculada Conceição de Maria:

08/12 – SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEÇÃO DE MARIA
Para ser a Mãe de Cristo, Deus escolheu uma mulher santa e pura, cheia de graça. Para ser mãe do verbo, Deus preservou Maria do pecado original e a fez cheia de graça, a fez a imaculada concebida sem pecado original. Maria foi imune de toda mancha da culpa original desde o primeiro instante de sua concepção, em vista dos méritos de Cristo, Nossa Senhora confirmava essa verdade. Aparecendo Bernadete, na cidade de Lurdes, apresentou-se: Eu sou a Imaculada Conceição. Nossa devoção deve sempre lembrar a moça que soube dizer sim ao chamado para ser mãe do salvador. Maria e a pessoa simples, pobre, que pertencia aos excluídos de sua época. É a mulher firme na condução do reino de Deus. Como e bom saber que temos uma mãe carinhosa que sempre olha por nós, caminha conosco pelas estradas da vida, guarda-nos sob seu manto de amor e conduz nossos passos ao encontro de seu filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Nossa Senhora é a mãe que nos ama mesmo quando nada fazemos para merecer o seu amor. Seguramente, é nessas horas que dela nós mais precisamos. Cada vez que nos colocamos diante de uma representação de Nossa Senhora, seja ela uma pequena imagem, ou uma pintura, que nossos pensamento se eleva ao céu para contemplar aquela que deu a luz a Jesus o nosso Salvador. Nos não adoramos nossa senhora mais sim prestamos uma total veneração pela mulher que soube da o seu sim ao chamado de Deus, Maria e a janela que nos faz louvar a Deus. Eis que Doravante todas as gerações me chamarão de Bem Aventurada ( Lc 1, 48). São tantas graças alcançadas por ti o Mãe eu mesmo fico grato pelas graças alcançadas em minha vida. Maria tu nos ensina a vivência, tu nos ensina a orar, tu nos ensina a ter fé. E procurando a tua proteção tudo em nossa vida vai ficando bem, tu vai passando a frente e vai abrindo caminho porque tu es a mão tu es a intercessora, es a porta do céu . E hoje em que contemplamos Nossa Senhora da Conceição ousamos dize: À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém

O povo fazia questão de permanecer no interior da Catedral de Nossa S. da Conceição, mesmo após as funções religiosas do dia da festa.


 Momentos das montagens dos brinquedos e das barraquinhas na Praça de Nossa S. da Conceição. Os brinquedos desse parque de diversão estão com as pinturas desgastadas e, junto com a falta da pintura da Catedral e da Praça, deram um aspecto não compatível com a Festa de Nossa Senhora da Conceição. Qualquer turista verificaria logo esses detalhes.
 A Igreja Catedral de Nossa S. da Conceição, mesmo sem a tradicional pintura e luzes, sempre é um grande destaque nas fotografias.
 No dia da Festa de Nossa S. da Conceição, pela manhã, já era grande a frequência das pessoas nas funções religiosas e outras atrações do Arraial de Conceição.
 Para o autor do Blog do ADEMIR ROCHA e grande parcela da população de Abaetetuba, a ser verdade as notícias que circulam sobre a derrubada das samaumeiras da Praça de Conceição, isso será um grande desastre ecológico e ambiental que será cometido pelos que administram a reforma da Praça.
Sabemos que a Festa de Nossa S. da Conceição trazia um pouco da cultura e da religiosidade popular dos primórdios das grandes festas dos Santos da Devoção Popular do Pará, vindas ainda dos antigos tempos coloniais, pois grande parte dessa cultura se perdeu com os avanços da modernidade e dos objetivos da Paróquia da Conceição de transformar essa grande festa em um grande momento de aprofudamento e vivência espiritual.
A esse respeito, pedimos licença ao grande poeta, jornalista e historiador Raimundo Nonato Paes Loureiro, para publicar seu comentário sobre a perda da identidade cultural e devocional da Festa de Nossa S. da Conceição, deixando para nossos leitores sua opinião a favor ou contrária sobre essa perda de identidade de nossa maior Festa de Santo:


6 de dezembro de 2013 22:09
A Festa da Padroeira Vai o longe o tempo em que a festividade de Nossa Senhora da Conceição representava, realmente, a veneração do povo de Abaetetuba a sua Padroeira. Tempo em que, desde criança, sentíamos a necessidade de ir à missa, confessar e comungar. Participar da Cruzada Eucarística e acompanhar as procissões dos muitos santos que cultuamos.
Ao se aproximar o período da festa da padroeira, a cidade tomava uma feição diferente com todos os pensamentos voltados para os mais simples detalhes em busca de melhor homenagear a Virgem da Conceição. O comportamento social do povo ficava mais afável, a humanidade de cada um somava-se e inundava a cidade, com tons de rara beleza comandando aquela fé inabalável. Havia respeito pela fé do povo. Havia amor pelas coisas santas que nós acreditamos.
Quem não se lembra das Bandas de música, uniformizadas, tocando pelas ruas da cidade e nos coretos do arraial, dando o toque provinciano que identifica as festas religiosas brasileiras. Hoje banidas, por força da economia que a ganância propicia, jogadas a sua própria sorte, são apenas lembranças que o tempo não apagará jamais. A ausência das Bandas propiciou que, parte da poesia da festa, fosse destruída.
O arraial, iluminado de outrora, hoje funciona com diferentes espaços, alguns com claridade relativamente aceitável, outros escuros e perigosos. Isso, sem falar nas barracas ali instaladas que transformaram a Praça numa desordenada favela onde se vendem de tudo, mas que primam pela desorganização, que vai desde o estado de conservação de cada uma delas, à falta de melhores acomodações aos seus clientes.
Os brinquedos, na maioria, sem pinturas e sem atrativos às crianças, são destinados mais aos adultos, devido ao proibitivo preço, impedindo que crianças pobres possam utilizá-los. Acreditamos que a segurança deles deve ter sido avaliada pelos bombeiros para a proteção de quem os irá utilizar. Gigantescos, os brinquedos atuais tomaram os espaços dos mais modestos e mais baratos que eram usados por ricos e pobres, numa confraria que dava gosto de se ver.
Na Barraca da Santa, outrora frequentada pelos fiéis, hoje é um lugar deserto e sem razão de existir pela falta de quem o frequente. O motivo todos sabemos: é a velada vontade de impor à força, o que deve ser consumido pelos frequentadores que ali iam para curtir as atrações artísticas de outrora, entre elas os leilões das prendas ofertadas pelas famílias às obras sociais da igreja. O mais desastroso de tudo isso foi a proibição imposta aos marítimos de permanecerem patrocinando a note da véspera da festa, quando desde às 10 horas da manhã reuniam-se para almoço e adentrar tarde e noite para gastar as economias feitas durante o ano, que eram como eles pagavam as graças recebidas em retorno às súplicas que faziam.
Neste ano, parece-nos que a festividade alcançou o seu mais baixo índice de frequência popular dos católicos, onde o arraial vazio dá o tom da festa em direção ao seu inevitável fim diante das intransigentes posições e opiniões de poucos que culminaram em esvaziar nossos sonhos, nossa fé, nossas esperanças e nosso entusiasmo diante do que antes era festa de grande importância sociocultural, religiosa, que era o orgulho da cristandade consciente que hoje não a vê mais com os mesmos olhos.
Uma certeza apenas, alimentamos. Mesmo que “matem no pólen a nossa flor de esperança” jamais conseguirão matar a inabalável fé que germina em nossos corações e que irá florescer, mais madura e mais perfumada, quando nossos opressores passarem a dividir conosco suas opiniões a respeito da festividade e, num futuro qualquer, tenhamos de volta tudo o que hoje já se perdeu e sua restauração chegue em forma de milagre. E como diz o poeta: “Não importa esperar se a cremos vindo/ Não importa temer se a cremos certa/ Não importa que tarde, mas que chegue.”
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Blog do ADEMIR ROCHA