Projeto Amazônia - Edição 2013 - Abaetetuba/PA
Fonte: focolares.org.br
Projeto Amazônia 2013, em Abaetetuba (PA), termina com balanço positivo
Além do trabalho realizado
no bairro de Algodoal, na cidade de Abaetetuba, este ano o Projeto
Amazônia foi desenvolvido em duas ilhas: Tucumduba e Maratauíra.
Além do trabalho realizado no bairro de Algodoal, na cidade de
Abaetetuba, este ano o Projeto Amazônia foi desenvolvido em duas ilhas:
Tucumduba e Maratauíra.
Como nas edições anteriores a programação dos dias de Projeto foi
constituída principalmente pelas visitas às famílias e, a partir desses
contatos pessoais, toda a população envolvia-se nas várias oficinas,
momentos de aprofundamento e formação, e nas horas alegres e
descontraídas de partilha. Muito felizes, os moradores diziam que era a
primeira vez que alguém os visitava e que assim aprendiam também a
visitar-se, resgatando o próprio espírito de comunidade. Brotou neles
uma nova consciência e a necessidade de estarem atentos às necessidades
uns dos outros. Em um dos momentos de oração – nas ilhas a celebração da
Missa é feita apenas uma ou duas vezes por ano -, o líder da comunidade
convidou todos a agradecerem a Deus pela vida de Chiara Lubich: “Foi
ela que deu a possibilidade para que essa gente viesse nos visitar e nos
transmitir a vida do Evangelho…”.
Com alegria constatou-se que ali existe ainda o núcleo familiar
constituído, também alargado, com os avós, tios, primos, o que torna
essas comunidades muito harmoniosas, apesar da extrema precariedade em
que vivem. Uma das maiores dificuldades é a falta absoluta de
comunicação, e os efeitos desse isolamento são visíveis em toda parte,
com a desocupação e a falta de perspectivas para os jovens. Nesse
contexto é ainda mais ressaltado o papel determinante assumido pela
Igreja no aspecto da formação e conscientização das populações das
ilhas.
Para todo o grupo dos “missionários”, a experiência foi fascinante –
um desafio de inculturação no uso dos objetos, do banheiro, da rede para
dormir, nas comidas – e ao mesmo tempo forte e desafiadora. Todos
falavam de “conversão”, da exigência de reavaliar aquilo que se possui
de material e de viver com ainda maior decisão o Ideal da unidade. Um
deles, vindo de São Paulo, falou de sua experiência: “Sou professor e
tenho contato com muitos jovens. Estava convencido de que é necessária
uma geração para consertar os erros cometidos no presente. Voltando das
ilhas, depois do encontro com aqueles 300 jovens, aos poucos comecei a
mudar de ideia. Agora tenho certeza que com a vivência do Evangelho a
mudança é possível… e não precisa esperar os 25 anos que dizem os
especialistas”. E outra pessoa: “Numa das visitas encontramos um senhor
doente, num estado repugnante, não estava limpo nem cheiroso. Dentro de
mim disse: ‘é Jesus’. Aproximei-me, tomei suas mãos, falei-lhe do amor
de Deus e o escutei. Seu maior sofrimento é a solidão e ele ficou feliz
com a nossa visita. Mas a maior felicidade foi a minha. Havia encontrado
Jesus verdadeiramente”. E uma missionária de 82 anos: “Os meus
companheiros durante as visitas foram uma jovem e um menino. Diante de
cada pessoa procuramos dar somente Deus… não senti nenhum cansaço,
tínhamos mais saúde nesses dias que em toda a vida nas nossas casas com
tanto conforto. Faço um convite: vamos todos ao Projeto Amazônia! É a
nossa plena realização”.
No total eram 34 pessoas, vindas de outras cidades e estados, com os
membros da comunidade do Movimento dos Focolares da cidade de
Abaetetuba. Eles escreveram: “Na avaliação final foi espontâneo recordar
o chamado do Papa Francisco para ir ao encontro das ‘periferias
existenciais’ e a experiência vivida nestes dias nos deixou cheios de
profunda alegria; saímos para ir ao encontro do irmão, e retornamos mais
‘HOMENS’, conscientes do nosso papel de protagonistas na criação de um
mundo mais humano e mais cristão”.
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