Palavra de Vida de Maio de 2017
Fonte: www.focolare.org
27 Abril 2017
“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28,20)
No final do seu Evangelho, Mateus conta os últimos acontecimentos da vida terrena de Jesus. Ele ressuscitou e cumpriu a sua missão: anunciar o amor regenerador de Deus em favor de cada criatura e abrir de novo o caminho rumo à fraternidade na história dos homens. Para Mateus, Jesus é “o Deus conosco”, o Emanuel prometido pelos profetas, esperado pelo povo de Israel.
Antes de voltar ao Pai, Ele reúne os discípulos, aqueles com os quais tinha compartilhado mais de perto a sua missão, e lhes confia a tarefa de prolongar a sua obra no tempo.
Uma tarefa árdua! Mas Jesus lhes assegura que não os deixará sozinhos. Pelo contrário: promete que estará com eles todos os dias para sustentá-los, acompanhá-los, encorajá-los “até o fim dos tempos”.
Com a sua ajuda, eles serão testemunhas do encontro com Ele, da sua palavra e dos seus gestos de acolhida e misericórdia para com todos, de modo que muitos outros possam encontrá- lo e formar juntos o novo povo de Deus alicerçado no mandamento do amor.
Poderíamos dizer que a alegria de Deus consiste justamente neste estar comigo, com você, com todos nós a cada dia, até o fim da nossa história pessoal e da história da humanidade.
Mas será que é isso mesmo? É realmente possível encontrá-lo?
Ele “está do meu lado, está junto de mim, de você. Esconde-se no pobre, no desprezado, no pequeno, no doente, em quem necessita de um conselho ou em quem foi tolhido de sua liberdade. Está naquele que é menos bonito, no que foi marginalizado… Ele mesmo o disse: ‘Tive fome e me deste de comer…’1. (…) Procuremos descobri-lo lá onde Ele está”.2
Ele está presente na sua Palavra que, quando colocada em prática, renova a nossa existência. Está em todos os pontos da terra na Eucaristia e atua também por meio de seus ministros, servidores de seu povo. Está presente quando geramos concórdia ao nosso redor3; então a nossa oração ao Pai é mais eficaz e encontramos a luz para as decisões de cada dia.
“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”: quanta esperança nos dá essa promessa, que nos encoraja a procurá-lo no nosso caminho. Procuremos abrir o coração e as mãos ao acolhimento e à partilha, pessoalmente e como comunidade: nas famílias e nas igrejas, nos postos de trabalho e nos momentos de festa, nas associações civis e religiosas. Encontraremos Jesus e Ele nos deixará surpresos e encantados com a alegria e a luz, sinais da sua presença.
Se toda manhã nos levantarmos pensando: “Hoje quero descobrir onde é que Deus quer me encontrar!”, também nós poderemos fazer uma experiência reconfortante como esta:
“A mãe do meu marido é muito apegada ao seu filho, a ponto de ser ciumenta. Um ano atrás ela teve diagnosticado um tumor. Precisa de tratamento e assistência, que a sua única filha não consegue dar. Naquele período participei da Mariápolis4 e o encontro com Deus Amor mudou a minha vida. A primeira consequência dessa conversão foi a decisão de acolher minha sogra em casa, indo além de todo receio. A luz que se acendeu no meu coração fez com que a enxergasse com olhos novos. Convenci-me de que nela era Jesus de quem eu tratava e a quem dava assistência.
Para minha surpresa, ela retribuía cada gesto meu com igual amor.
Decorreram meses de sacrifícios e, quando minha sogra partiu serenamente para o céu, deixou a paz em todos.
Naqueles dias me apercebi de que eu estava esperando um filho, coisa que eu almejava havia nove anos. Esse filho é, para nós, o sinal concreto do amor de Deus”.
Letizia Magri
1 Cf. Mt 25,35.
2 Cf. Chiara Lubich, Palavra de Vida, revista Cidade Nova, junho de 1982.
3 Cf. Mt 18,20.
4 Encontro característico do Movimento dos Focolares.
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha
Fazenda da Esperança visita os Focolares
25 Abril 2017
Domingo, 23 de abril, um grupo da “Fazenda”, proveniente de 14 países, em visita ao Centro internacional dos Focolares. Uma história de amizade, ligados pela espiritualidade da unidade.
A amizade dos Focolares com a “Fazenda da Esperança” é de velha data. Desde o próprio nascimento da primeira “Fazenda”. Corria o ano de 1983, quando Nelson Giovanelli, jovem brasileiro da cidade de Guaratinguetá (no estado de São Paulo), se aproxima de um grupo de jovens toxicodependentes impelido pelas palavras do apóstolo Paulo: “Fiz-me fraco com os fracos…”. Um dos jovens se sente envolvido e pede ajuda para sair da dependência da droga. Seguem-se muitos outros. Nelson conhece e vive a espiritualidade da unidade de Chiara Lubich. A ele se une Hans Stapel, franciscano alemão, que apoia a iniciativa desde o início. Depois, a obra que estava nascendo se desenvolverá apoiada nestes “dois carismas”, como chegou a dizer o papa emérito Bento XVI em visita à comunidade de Pedrinhas durante a sua viagem apostólica ao Brasil, em 2007: o carisma da unidade de Chiara Lubich e o da pobreza de S. Francisco de Assis.
Domingo, 23 de abril de 2017: um grupo de 60 pessoas, jovens e adultos, está visitando o Centro internacional do Movimento dos Focolares, em Rocca di Papa (Itália). Na maioria provêm do Brasil, mas existem também representantes de outros países latino-americanos como Uruguai, Argentina, Paraguai e México; Alemanha e Suíça; Angola e Moçambique; e das Filipinas. Com eles estão os 4 fundadores: Frei Hans Stapel, Nelson Giovanelli Rosendo dos Santos, Lucilene Rosendo, Iraci Leite, junto com o seu conselho geral para a Europa.
«O objetivo desta viagem – explica Frei Hans – é o de fazer conhecer, na Europa, a experiência da Fazenda. Oferecer esta alternativa de ajuda aos jovens que hoje sofrem a escravidão das dependências. Além da Itália, iremos à Suíça, Alemanha, França, Polônia e Portugal, isto é, nos países onde estão as Fazendas, e estas 60 pessoas darão o seu testemunho de vida. Vindo até nós, encontraram uma vida nova, por isso decidiram empreender uma experiência missionária e evangelizadora durante três meses na Europa. Fizeram um grande esforço para pagar a passagem aérea, como sinal concreto de um testemunho gratuito».
Por qual motivo vocês vêm ao Centro do Movimento dos Focolares? «Porque é nosso grande desejo – responde Nelson Giovanelli – que tenham a ocasião de conhecer as origens do carisma que deu raízes às Fazendas». E lembra quando, em 1990, escreveu uma carta a Chiara Lubich compartilhando com ela este seu chamado a amar “Jesus abandonado nas pessoas que se encontravam vítimas das drogas”. Chiara o encorajou a seguir o impulso do Espírito.
Hoje são mais de 124 Comunidades de Vida espalhadas em diversas partes do mundo. Acolhem mais de 3.000 jovens empenhados em se libertar da dependência das drogas, através de uma redescoberta pessoal da dignidade e dos valores da vida. Na Europa existem 14 Fazendas e nestes meses inaugurarão outras 4 (França, Polônia, Itália).
Nas “Fazendas da Esperança”, pessoas se dedicam voluntariamente, com empenho e gratuidade, a serviço dos jovens e constituem a comunidade da “Família da Esperança”. «Meu pai era alcoólatra, eu não acreditava no amor … – conta Priscila, jovem argentina –. Quando encontrei e me empenhei como voluntária na Fazenda, recuperei o relacionamento com ele, após 15 anos de afastamento. Eu o perdoei e aos poucos ele deixou o álcool. O perdão para mim é tudo, a síntese da minha vida: Deus, o encontro no amor que doo».
Jesús Morán, copresidente dos Focolares, trouxe a saudação de Maria Voce e lhes agradeceu pelo testemunho evangélico deles, desejando a todos que «estejam sempre próximos do homem sofredor, de Jesus abandonado, para que “todos sejam um”, começando pelos últimos».
A permanência deles na Itália prevê a visita à cidade de S. Francisco e à cidadezinha internacional de Loppiano, onde participarão do Meeting “Pulse” e da costumeira festa dos jovens de 1º de maio.
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