Palavra de Vida de Dezembro 2017
29 Novembro 2017
Fonte: www.focolare.org
“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,38)
Na Palestina, em uma periferia desconhecida do poderoso Império Romano, uma jovem mulher recebe em casa uma visita inesperada e desconcertante: um mensageiro de Deus lhe traz um convite e espera dela uma resposta.
“Alegra-te!”, lhe diz o Anjo, com a sua saudação; depois lhe revela o amor gratuito de Deus para com ela e lhe pede que colabore na realização do Seu desígnio para a humanidade.
Surpresa, Maria acolhe com alegria o dom desse encontro pessoal com o Senhor e, por sua vez, se doa inteiramente a esse projeto ainda desconhecido, pois Ela confia plenamente no amor de Deus.
Com o seu “Eis-me aqui!” generoso e total, Maria se coloca decididamente a serviço Dele e dos outros. Com seu exemplo Ela mostra um modo luminoso de aderir à vontade de Deus.
“Alegra-te!”, lhe diz o Anjo, com a sua saudação; depois lhe revela o amor gratuito de Deus para com ela e lhe pede que colabore na realização do Seu desígnio para a humanidade.
Surpresa, Maria acolhe com alegria o dom desse encontro pessoal com o Senhor e, por sua vez, se doa inteiramente a esse projeto ainda desconhecido, pois Ela confia plenamente no amor de Deus.
Com o seu “Eis-me aqui!” generoso e total, Maria se coloca decididamente a serviço Dele e dos outros. Com seu exemplo Ela mostra um modo luminoso de aderir à vontade de Deus.
“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra.”
Meditando essa frase do Evangelho, Chiara Lubich escreveu: Para realizar seus planos, Deus precisa unicamente de pessoas que se entreguem a Ele com toda a humildade e a disponibilidade de uma serva. Maria – autêntica representante da humanidade, cujo destino é por ela assumido – com sua atitude abre completamente o caminho para a atividade criadora de Deus. Mas o termo “servo do Senhor” não era só uma expressão que indicava humildade; era também o título de nobreza atribuído aos que prestavam grandes serviços à história da salvação, como Abraão, Moisés, Davi e os profetas. Assim, utilizando essa mesma expressão, Maria afirma também toda a própria grandeza.
“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra.”
Também nós podemos descobrir a presença de Deus em nossa vida e escutar aquela “palavra” que Ele dirige a nós, para convidar-nos a realizar na história, aqui e agora, a nossa pequena parte do seu grande desígnio de amor. É verdade que a nossa fragilidade, somada a uma impressão de não sermos adequados, pode nos paralisar. Então, lembremos da palavra do Anjo: “Para Deus nada é impossível” e confiemos no Seu poder, mais do que nas nossas forças.
É uma experiência que nos liberta dos condicionamentos, mas também da presunção de sermos autossuficientes; ela faz despontar as nossas melhores energias e muitos recursos que nem imaginávamos possuir, e nos torna finalmente capazes de amar.
Um casal nos conta: “Desde o início do nosso casamento, acolhemos em nossa casa os familiares de crianças internadas nos hospitais da nossa cidade. Mais de cem famílias passaram pela nossa casa, e procuramos sempre ter, com cada uma, um verdadeiro clima de família. Muitas vezes a Providência nos ajudou a manter essa acolhida inclusive do ponto de vista econômico, mas primeiro tínhamos de demonstrar a nossa disponibilidade. Recentemente recebemos uma certa quantia em dinheiro, e pensamos em reservá-la, na certeza de que alguém precisaria dela. De fato: pouco depois chegou outra solicitação. É tudo um jogo de amor com Deus. Nós devemos somente ser dóceis e aceitar o desafio.
É uma experiência que nos liberta dos condicionamentos, mas também da presunção de sermos autossuficientes; ela faz despontar as nossas melhores energias e muitos recursos que nem imaginávamos possuir, e nos torna finalmente capazes de amar.
Um casal nos conta: “Desde o início do nosso casamento, acolhemos em nossa casa os familiares de crianças internadas nos hospitais da nossa cidade. Mais de cem famílias passaram pela nossa casa, e procuramos sempre ter, com cada uma, um verdadeiro clima de família. Muitas vezes a Providência nos ajudou a manter essa acolhida inclusive do ponto de vista econômico, mas primeiro tínhamos de demonstrar a nossa disponibilidade. Recentemente recebemos uma certa quantia em dinheiro, e pensamos em reservá-la, na certeza de que alguém precisaria dela. De fato: pouco depois chegou outra solicitação. É tudo um jogo de amor com Deus. Nós devemos somente ser dóceis e aceitar o desafio.
“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra.”
Para vivermos essa frase do Evangelho, pode nos ajudar uma sugestão de Chiara sobre como acolher a Palavra de Deus assim como Maria fez: … com toda a disponibilidade, sabendo que não é de origem humana. Sendo Palavra de Deus, contém em si uma presença de Cristo. Receba, então, Cristo em você, na Palavra Dele. E com ativíssima prontidão coloque-a em prática, momento por momento. Se você agir dessa forma, o mundo verá novamente Cristo passar pelas ruas de nossas cidades modernas, Cristo em você, sem nenhum distintivo, trabalhando nos escritórios, nas escolas, nos mais variados ambientes, junto a todos.
Neste período de preparação para o Natal, procuremos também nós, imitando Maria, um pouco de tempo para nos determos “a quatro olhos” com o Senhor, lendo, quem sabe, uma página do Evangelho.
Procuremos reconhecer a sua voz na nossa consciência, que assim será iluminada pela Palavra e ficará sensível diante das necessidades dos irmãos que encontrarmos.
Perguntemo-nos: de que modo posso ser uma presença de Jesus hoje, para contribuir, lá onde estou, a fazer da convivência humana uma família?
Diante da nossa resposta “Eis-me aqui!”, Deus poderá semear paz ao nosso redor e fazer aumentar a alegria no nosso coração.
Neste período de preparação para o Natal, procuremos também nós, imitando Maria, um pouco de tempo para nos determos “a quatro olhos” com o Senhor, lendo, quem sabe, uma página do Evangelho.
Procuremos reconhecer a sua voz na nossa consciência, que assim será iluminada pela Palavra e ficará sensível diante das necessidades dos irmãos que encontrarmos.
Perguntemo-nos: de que modo posso ser uma presença de Jesus hoje, para contribuir, lá onde estou, a fazer da convivência humana uma família?
Diante da nossa resposta “Eis-me aqui!”, Deus poderá semear paz ao nosso redor e fazer aumentar a alegria no nosso coração.
Letizia Magri
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha
Evangelho vivido: repetir Eis-me aqui!
6 Dezembro 2017
A Palavra de vida de dezembro (Lc 1,38) nos convida a nos colocarmos com generosidade a serviço de quem está em necessidade, aderindo também nós com a prontidão de Maria de Nazaré.
Não rival, mas filha
Por longo tempo, vivi momentos muito difíceis no relacionamento com o meu marido Martin, por causa da minha sogra. Ela não conseguia se desapegar do filho e me considerava como aquela que lhe tinha roubado o seu afeto. Eu estava quase para deixar o meu marido, a casa e os filhos, quando recebi a Palavra de Vida do mês. Aquele comentário me era enviado pontualmente por amigos, mas eu nunca o lia, apesar de me considerar cristã. Mas eu era tão terra a terra que Deus me parecia longe. Ao invés, naquela vez eu a li e, desde a primeira frase, a senti como dirigida a mim. Entre lágrimas, implorei a ajuda de Deus. Dias depois, Martin e eu participamos, como última tentativa, de um encontro de famílias. No clima de abertura que se estabelecera, encontramos a força para pronunciar o nosso novo «Sim». Foi a reviravolta da minha vida. Sempre com o apoio dos outros casais, consegui conquistar o afeto da minha sogra. Com o passar do tempo, começou a não me considerar mais como rival, mas como filha. Quando ficou doente, a assisti com amor e dedicação, preparando-a para o encontro com o Pai. (Lucero – Colômbia)
Por longo tempo, vivi momentos muito difíceis no relacionamento com o meu marido Martin, por causa da minha sogra. Ela não conseguia se desapegar do filho e me considerava como aquela que lhe tinha roubado o seu afeto. Eu estava quase para deixar o meu marido, a casa e os filhos, quando recebi a Palavra de Vida do mês. Aquele comentário me era enviado pontualmente por amigos, mas eu nunca o lia, apesar de me considerar cristã. Mas eu era tão terra a terra que Deus me parecia longe. Ao invés, naquela vez eu a li e, desde a primeira frase, a senti como dirigida a mim. Entre lágrimas, implorei a ajuda de Deus. Dias depois, Martin e eu participamos, como última tentativa, de um encontro de famílias. No clima de abertura que se estabelecera, encontramos a força para pronunciar o nosso novo «Sim». Foi a reviravolta da minha vida. Sempre com o apoio dos outros casais, consegui conquistar o afeto da minha sogra. Com o passar do tempo, começou a não me considerar mais como rival, mas como filha. Quando ficou doente, a assisti com amor e dedicação, preparando-a para o encontro com o Pai. (Lucero – Colômbia)
Providência
Na manhã do dia 24 de dezembro, tinha ido ao mercado para comprar os alimentos para a ceia de Natal. Porém ainda não havia providenciado as bebidas. Voltando para casa, encontrei uma carta, era de alguns conhecidos que me pediam um empréstimo. Correspondia à quantia para as bebidas. Consultei Giselle e respondemos: «Enviamos isto a vocês como um presente, não se preocupem em restituí-lo!». Até mesmo com água fresca, passamos uma maravilhosa noite entre cantos e música. Dias depois, chegou-nos inesperadamente uma quantia superior àquela de que nos tínhamos privado. (G.P. – Quênia)
Na manhã do dia 24 de dezembro, tinha ido ao mercado para comprar os alimentos para a ceia de Natal. Porém ainda não havia providenciado as bebidas. Voltando para casa, encontrei uma carta, era de alguns conhecidos que me pediam um empréstimo. Correspondia à quantia para as bebidas. Consultei Giselle e respondemos: «Enviamos isto a vocês como um presente, não se preocupem em restituí-lo!». Até mesmo com água fresca, passamos uma maravilhosa noite entre cantos e música. Dias depois, chegou-nos inesperadamente uma quantia superior àquela de que nos tínhamos privado. (G.P. – Quênia)
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha
Mudar as regras do sistema econômico não só para sanar a pobreza, mas para construir um sistema onde os pobres sejam cada vez menos. Apresentado em Bruxelas o desafio da Economia de Comunhão.
Na metade do caminho entre dois dias internacionais, o dia 17 de outubro passado, dedicado pela ONU à erradicação da pobreza, e o dia 19 de novembro próximo, instituído pelo Papa Francisco para aproximar os pobres do mundo inteiro, a pergunta retorna insistentemente: será possível reduzir, até eliminar, as desigualdades?
Economistas, ONGs, associações, instituições nacionais e internacionais discutem e buscam caminhos para reduzir os bolsões de pobreza e as suas consequências. Um debate organizado em Bruxelas, no mês de outubro, pelo Intergrupo europeu para a luta contra a pobreza e em defesa dos direitos humanos e da ATD Quarto Mundo hospedou a contribuição de diversas organizações que experimentam métodos alternativos para ajudar as pessoas em dificuldade a sair da sua condição. O seu método consiste não em fazer descer subsídios do alto, mas em ativar percursos de rede.
Entre as contribuições, a da argentina Florencia Locascio, porta-voz nesta circunstância do projeto de Economia de Comunhão.
Entre as contribuições, a da argentina Florencia Locascio, porta-voz nesta circunstância do projeto de Economia de Comunhão.
«A Economia de Comunhão – explica Locascio – é um movimento de pessoas, empresários, trabalhadores, consumidores, estudiosos e cidadãos empenhados em dar uma resposta de fraternidade ao problema da pobreza, em promover uma cultura econômica e civil que ponha no centro a pessoa e o valor das relações. A EdC concebe o lucro como um meio para um crescimento sustentável, inclusivo e solidário do homem e da sociedade».
Após 26 anos de história (era o ano de 1991 quando Chiara Lubich teve a intuição do novo modelo econômico, durante uma visita a São Paulo, no Brasil), a EdC propõe às empresas que aderem a este espírito, que trabalhem com três objetivos: reduzir a pobreza e a exclusão, formar novos empresários a uma cultura de comunhão e desenvolver as empresas, criando novos postos de trabalho.
Alguns exemplos, entre os muitos. No Banko Kabayan – banco de desenvolvimento nas Filipinas –, 85 % dos seus clientes são microempresários, em grande parte mulheres, aos quais são oferecidos empréstimos, poupança, micros seguros, além de cursos de empreendedorismo para promover as suas atividades.
A startup “Project Lia”, nos Estados Unidos, que tem o objetivo de reinserir no mundo do trabalho mulheres ex presidiárias através da reutilização de velhos móveis.
A Dimaco é uma empresa argentina que distribui materiais de construção. Junto com outros empresários locais e em coordenação com instituições públicas, o grupo conseguiu tornar sustentável o trabalho de mais de mil pequenos produtores da região.
A startup “Project Lia”, nos Estados Unidos, que tem o objetivo de reinserir no mundo do trabalho mulheres ex presidiárias através da reutilização de velhos móveis.
A Dimaco é uma empresa argentina que distribui materiais de construção. Junto com outros empresários locais e em coordenação com instituições públicas, o grupo conseguiu tornar sustentável o trabalho de mais de mil pequenos produtores da região.
«Estamos convencidos, inclusive pela experiência feita – continua Locascio – de que não se possa sanar nenhuma forma de pobreza não escolhida sem incluir as pessoas desfavorecidas dentro de comunidades vivas e fraternas e, onde é possível, também nos locais de trabalho. Não basta distribuir a riqueza de modo diferente. É preciso envolver os pobres na criação de riqueza».
Para monitorar e difundir os efeitos da Economia de Comunhão no combate à pobreza e às desigualdades, em 2017 nasceu OPLA – Observatório sobre a Pobreza, um centro de pesquisa internacional intitulado a Leo Andringa, economista holandês entre os pioneiros da Economia de Comunhão. As pesquisas de OPLA querem investigar especialmente a produção de “bens relacionais” conectada às ações EDC.
«Mas dado que queremos nos ocupar da redução da pobreza não só de hoje, mas também de amanhã – conclui a jovem argentina –, o último projeto da Economia de Comunhão é a rede EoC-IIN (Economy of Communion International Incubating Network), para contribuir para o nascimento de novas empresas de impacto social positivo. São só alguns exemplos inspiradores que trazem em si uma semente de uma proposta econômica inclusiva. Estamos conscientes de que para debelar a pobreza é preciso mudar as regras de um sistema que gera cada vez mais desigualdade. É um desafio que queremos e devemos assumir junto a todos os outros atores da sociedade, começando da política».
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha