SER CONSTANTEMENTE A PALAVRA
Fonte: www.jornaldeararaquara.com.br
Chiara Lubich fala sobre: " Ser Constantemente a Palavra" . Leiamos um resumo da Palestra:
" No princípio era o Verbo e o Verbo estava junto de
Deus... e o Verbo era Deus... Ele estava no princípio junto de Deus e
todas as coisas foram feitas por meio Dele. O Verbo, que é Deus, tinha
vindo entre nós realizar a sua missão de redentor e, depois, subiu ao
Céu, ao Pai, mas a sua presença real permaneceu na terra de várias
maneiras: Na Eucaristia, na sua Palavra, entre nós reunidos no seu nome,
em nós e na hierarquia da Igreja... uma das presenças reais do Verbo
que é Deus, portanto, é a Palavra de Deus. Quero falar-vos da Palavra de
Deus, dizia Santo Agostinho: ‘ Que tipo de Palavra é? Qual a sua
grandeza? Tudo foi feito através dela, vede as obras e tendes temor de
quem as fez. Tudo foi feito por meio dela’ . Agostinho via claramente a
atividade do Verbo (da Palavra) na criação e portanto a sua divina
onipotência. Deus quis que muitas coisas fossem ditas e recebidas
através dos Profetas, seus servos, mas que grande diferença, quando o
Filho vem e fala. ‘ O Verbo de Deus que inspirou os Profetas agora está
aqui com sua própria voz, diz São Cipriano e as suas palavras não podem
ser senão espírito e vida, por elas se passa da morte à vida, e
vivificando cada coisa, tudo penetra’ . A palavra de Deus, diz Paulo, é
viva, eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, ela é
capaz de penetrar até o ponto da separação entre Alma e Espírito e
perscruta os pensamentos e as intenções do coração.
Antes é necessário viver e depois falar. Assim se
comportava Jesus, tinha começado a fazer e depois ensinar. Nesta linha
estavam também, além do Evangelho, os Padres da Igreja.
São João Crisóstomo afirmava: ‘ Jesus diz que devemos
antes fazer e depois ensinar a fazer’ . Ele coloca a prática do bem
antes do ensino, mostrando que poderemos ensinar com proveito somente se
antes pusermos em prática tudo o que ensinamos e jamais o contrário...
Aquele que é incapaz de orientar bem a sua vida e procura educar os
outros se arrisca a ser ridicularizado por muitos, ou melhor, não poderá
ao menos nem ensinar, porque as suas ações testemunharão o contrário de
suas palavras. O anúncio da palavra sem o testemunho era um escândalo
para os pagãos, como é agora para os nãos cristãos e leva à crítica,
como levava à blasfêmia, ao invés da conversão...
E viver a apalavra desse modo foi o segredo da nossa renovação, da nossa revolução cristã.
A nossa mente, diz Santo Ambrósio, permaneça sempre
com Ele, jamais se afaste de seu templo e jamais se separe da Sua
palavra. Fiquemos sempre atentos à leitura das Escrituras, à meditação, à
oração. E desde então, foram três as comunhões cotidianas dos membros
do movimento: com a Eucaristia, com a Palavra de Vida e com o irmão.
Não nos resta senão caminhar por esta via, bem
alicerçados na Palavra. Ela como a Eucaristia, multiplicou a presença de
Jesus na terra. É de grande conforto, mas também uma grande
responsabilidade.
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha
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