PROJETO AMAZÔNIA 2012
EM ABAETETUBA
Fonte: www.focolares.org
Projeto Amazônia 2012 em Abaetetuba (PA)
Os “atores” do Projeto Amazônia
2012 na cidade paraense de Abaetetuba contam como foi essa experiência, um
trabalho realizado com seriedade e alegria, com a consciência da própria
fragilidade, da potência de Deus e da Sua Palavra, e os frutos de um novo ardor
nas comunidades visitadas.
Os “atores” do Projeto Amazônia
2012 na cidade paraense de Abaetetuba contam como foi essa experiência, um
trabalho realizado com seriedade e alegria, com a consciência da própria
fragilidade, da potência de Deus e da Sua Palavra, e os frutos de um novo ardor
nas comunidades visitadas.
Abaetetuba (Pará)
Uma cidade à margem do
Rio Tocantins, que aqui toma o nome de Rio Maratauira, e depois Rio Jarumã, 150
mil habitantes, dos quais 45% povoam as 72 ilhas que formam o município de
Abaetetuba. A paisagem é de uma beleza ímpar, harmoniosa, quase retilínea:
palmeiras de açaí e, meio metro acima, outras palmeiras, mas dessa vez de
miriti. Onde parece que existe só a floresta desponta a cidade e os seus
‘abaetés’, homens fortes, nobres e valentes, segundo uma tradição de longos
anos. E isso pudemos comprovar pessoalmente…
Chegamos à noitinha, 21 pessoas provenientes de
São Paulo, Maranhão, Recife, Belém, Altamira, desejosos de comunicar o Ideal da
Unidade que deu um novo sentido à nossa vida. “Por 15 anos vivemos o
nosso casamento como um fusca e um caminhão… até quando entendemos que é
fundamental amar o outro como a si mesmo. Nossa vida mudou e até hoje
continuamos nesse empenho de amar, sempre recomeçando”; “Conheço esta vida
desde que nasci, e apesar das muitas dificuldades, procuro ser fiel porque esta
é a verdadeira vida…”. Uma profunda troca de experiências entre nós é o que dá
inicio ao programa que se baseará no slogan “A Palavra faz viver”. Traçamos
estratégias, dividimos as tarefas e iniciamos com a benção do bispo.
16/07 – Hoje depois de renovar solenemente o
“Pacto de Unidade” entre nós, saímos para levar a quantos encontramos o ‘nosso
tesouro’. Visitas, sorrisos, conversas, confidências… É aqui que vemos os
‘abaetés’: gente sofrida, mas alegre e batalhadora, sempre decidida a enfrentar
a vida e dar aos outros o que têm de melhor. A Palavra de Vida que levamos é
uma descoberta e todos manifestam o desejo de continuar no aprofundamento da
vida do Evangelho.
17/07 – Prosseguem as
visitas. Aproximadamente 45 famílias visitadas hoje. É uma ocasião para “dar de
beber a quem tem sede, dar de comer a quem tem fome…” não no sentido material,
mas “na escuta das dores, na partilha dos sofrimentos e dos desafios de cada
dia…”. D. Maria cuida de uma filha e um genro, vítimas de um acidente de moto,
que têm três crianças… Entre os moradores surge a iniciativa de se organizarem
para dar apoio a dona Maria e a ajudar a carregar sua cruz. 19h – Vigília
de oração na igreja de Cristo Redentor, com 80 pessoas, na maioria jovens.
Apresentamos Chiara Luce, para muitos, desconhecida. A sua história fascina e
atrai.
18/07 – Passeio ciclístico com estafeta, trilha
ao redor do Ipixuna e visitas ao Abaetezinho. Visitas no bairro de Santa Clara,
o último formado na periferia da cidade de Abaetetuba, onde existem muitas
igrejas evangélicas. Lá vivem pessoas muito pobres, mas há uma imensa
solidariedade. Nesta comunidade alguns já partilham conosco a experiência da
Palavra de Vida e participam dos encontros mensais da comunidade. À noite, um
curso para 30 crianças sobre o Dado do Amor, e para 35 adultos sobre a vida de
família.
19/07 – gincana ecológica com o plantio de 1108
rizomas de flores tropicais na reserva ecológica Radini, com a presença de 40
atores do Projeto Amazônia. Troca de experiências e multiplicação da alegria. À
tarde um momento para partilhar um costume característico da vida desse povo: o
banho de igarapé! Uma água gelada, mas revigorante, que atenua o calor sofrido
pelo sol escaldante.
Uma graça especial foi a presença do bispo, D.
Flávio Giovenale, que celebrou a missa da qual participaram mais de 200
pessoas, apesar da chuva torrencial tão característica da região.
No sábado, dia 21,
visitamos uma das 72 ilhas de Abaetetuba – Itacuruçá -, após 50 minutos de
travessia de barco a motor. Lá fomos recebidos por dois jovens, de 18 e 20
anos, os líderes da comunidade. O pároco vai até a ilha apenas uma vez por ano.
Diante do grande interesse da comunidade, apresentamos a Palavra de Vida e
depois muitas experiências: como construir a paz na família, como ir
contracorrente na faculdade e com os amigos, para dar um sentido pelo qual
viver.
No retorno a Abaetetuba, a missa é um momento de
festa, com os sinos tocando e fogos de artifício. Em todos, nós que viemos e
nos moradores que nos receberam, um profundo sentimento de gratidão a Deus pela
experiência vivida e por Chiara, que nos doou o Ideal da Unidade e a
possibilidade de levá-lo a todos.
“Sinto que devemos trabalhar juntos para criar
uma nova cultura, a nossa cultura que é a da verdade, da honestidade, da
pureza, da legalidade, enfim a cultura do amor, que faz um mundo ‘novo”.
“Tive momentos de dificuldade,
mas compreendi que as coisas de Deus acontecem assim e que alguém deveria pagar
o preço por tantos frutos… Escutei o pessoal do Abaetezinho e do Ipixuna, eles
estão muito felizes com tudo e impressionados pelos resultados. Disseram que aconteceram
verdadeiros milagres e isso confirma que tudo foi válido e valeu por todo o
sacrifício. Agora o meu desejo é manter a nossa comunidade sempre viva, e fazer
com que este legado que nos foi confiado seja levado adiante, sem jamais
vacilar”.