CLARA DE ASSIS E
CHIARA LUBICH
Fonte: www.focolares.org
Movimento dos Focolares
Junho
2012: “Trabalhai não pelo alimento
que perece, mas pelo alimento que permanece até à v ...
Clara de Assis e Chiara Lubich, Dois Carismas em Comunhão
12 Junho 2012
No VIII centenário da consagração
a Deus de Clara de Assis realizou-se um encontro original, que colocou lado a
lado dois carismas, um antigo e um atual. Um evento em três atos.
Num dia cheio de sol, 9 de junho de 2012,
realizou-se o Congresso “Clara de Assis e Chiara Lubich: dois carismas em
comunhão”, evento que veio enriquecer o Ano Clariano, no qual deseja-se
rememorar a conversão e a consagração a Deus de Clara de Assis, no seu VIII
centenário. E atestar a atualidade do seu fascínio. Por isso o desejo de
aprofundar a relação, ou melhor, a comunhão entre o carisma de Clara de Assis e
de Chiara Lubich.
Suscitou grande interesse a mesa-redonda
introduzida pelas palavras do prefeito Claudio Ricci e do bispo de Assis, D.
Domenico Sorrentino. O professor P. Pietro Maranesi, OFM Cap., fez uma calorosa
reflexão sobre “Francisco e Clara: um carisma, dois semblantes”.
A dimensão profética e revolucionária que, por si só, contesta os costumes de
uma época. A novidade perturbadora de aspectos como a “misericórdia” e a
“partilha”, que emergem da “conversão” de Francisco. A “viagem” espiritual de
Clara, que descobre a sua identidade no “semblante” de Francisco: “…sem aquele
rosto eu não teria um rosto. Encontrei Deus através dele”. A deles foi uma
abertura profética que, na sociedade medieval, levou a descobrir o “outro” como
caminho para chegar a Deus.
Outros tempos, mas a mesma operação foi realizada
por Chiara Lubich. Foi o que demonstrou a professora, Ir. Alessandra Smerilli,
F.M.A., com “O reflexo dos carismas na história e na sociedade”.
A realidade de um carisma não é somente “graça”, “gratuidade”, mas “naqueles
que vivem no desconforto, são olhos que veem algo de belo e grande”. Daqui o
fato de os carismas tornarem-se “desbravadores na fronteira do humano, que
impelem suas enxadas cada vez mais adiante” na busca e no compromisso. E são
ainda caminhos para a emersão do feminino.
Foi assim para as duas Claras: a de Assis
conseguiu que fosse aprovada na sua regra a inédita “altíssima pobreza”; a de
Trento inseriu na Igreja a grande novidade que um movimento eclesial, que
contempla todas as vocações, seja sempre presidido por uma mulher. Com
realizações leigas, intensamente civis (como a Economia de Comunhão), que dizem
quanto os carismas, ontem como hoje, contribuem para uma sociedade mais humana
e mais bela.
A beleza, a estética, está, de fato, implícita na
ação de um carisma. “Clara de Assis e Chiara Lubich: a comunhão entre
dois carismas como fonte de luz” foi o tema da Lucia Abignente,
do Movimento dos Focolares, que salientou a sintonia e a comunhão entre as duas
Claras, como fonte de luz, de fidelidade renovada e de unidade, para recolher a
herança que deixaram e viver, nos nossos dias, a mensagem delas.
“Santa unidade e altíssima pobreza”
o carisma da primeira; “unidade, cuja chave é o amor exclusivo a Jesus
abandonado”, o da segunda. Uma sintonia e comunhão que atravessa os
séculos e leva Chiara Lubich – num período especial de luz – a descrever a
Igreja como um “Cristo estendido” no tempo e no espaço, onde a variedade dos
carismas corresponde à totalidade do Evangelho. Como um jardim com muitas
flores diferentes.
“Claritas”, “clarificar”, palavras que, na
linguagem cunhada por Chiara Lubich, convidam a injetar a luz das realidades
espirituais nas realidades temporais. Como segundo ato do evento foi dedicado a Chiara Lubich um largo, adjacente à Basílica
Superior de São Francisco. Ao dar a sua benção ao “Largo Chiara Lubich”,
D. Sorrentino fez votos que “seja um chamado a todos a considerar cada rua como
um lugar de encontro e diálogo com todos”. E o prefeito Ricci declarou ver nele
“as pedras de Assis, berço do carisma franciscano, recobertas hoje por um
carisma a mais, com o estilo de ‘ser família’ que tem reflexos na esfera
econômica e social”.
O dia concluiu-se no teatro Metastasio, com o
musical “Clara de Deus”, de Carlo Tedeschi. Uma vibrante viagem de danças,
ritmo e música na vida de Clara de Assis, executado com convicção por uma
companhia de jovens que assumiram o testemunho da sua mensagem.
De Victoria
Gómez
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha, de Abaetetuba/PA
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