domingo, 20 de fevereiro de 2011

TESTEMUNHOS

PADRES NO FOCOLARES


Padre Silvano Cola

O dia 22 de janeiro não é um dia qualquer.

17 Fevereiro 2011

Com Chiara Lubich deu início ao Movimento sacerdotal, dos Focolares (22 de janeiro de 1928 – 17 de fevereiro de 2007).

Nasceu em Camerino, na região italiana de Marche, ainda criança foi para Turim, por causa do trabalho de seu pai, e aos 22 anos já era sacerdote. Estudou psicologia e empenhou-se com as crianças abandonadas e em dificuldade da «Cidade das Crianças», de Turim. «Parecia-me ter chegado ao cume – contou – depois entrei em crise, a tal ponto que, honestamente, tinha decidido deixar o sacerdócio».

E justamente durante esta crise profunda aconteceu a descoberta da espiritualidade da unidade. Foi fundamental o seu encontro com Vittorio Sabbione – um dos primeiros focolarinos – em Turim. Teve início uma intensa troca de experiências. «Algo de extraordinário – conta Pe. Silvano – que nunca havia experimentado na minha vida». Tanto que, cumprimentando Vittorio, disse-lhe, com a linguagem franca que lhe era própria: «Eu trabalho no meio de delinquentes. Eu também sou um meio delinquente e talvez vá para o inferno. Mas, mesmo se for para lá levarei comigo essa experiência».

A partir de 1963 Pe. Silvano morou em Roma. Não obstante morasse sozinho, num apartamento insignificante, depois de alguns meses escreveu a Chiara, em tom de brincadeira: «Você quer saber como é o meu focolare? É grande e cheio de luz». No dia seguinte, a resposta foi uma tapeçaria com a imagem de Jesus lavando os pés dos apóstolos, emblema de um sacerdócio que coloca-se “à serviço”. Em 1964 nasceu o primeiro focolare sacerdotal.

Desde então Pe. Silvano colaborou com Chiara Lubich para o grande desenvolvimento do Movimento entre os sacerdotes. Nos anos pós-conciliares, ao lado dos sacerdotes focolarinos, desenvolveram-se os sacerdotes voluntários, chamados a levar o espírito da unidade no mundo eclesiástico. E a escola sacerdotal, que dá a presbíteros e seminaristas a oportunidade de fazer um tirocínio prático da “vida de unidade”. E depois o Movimento paroquial e o Movimento gen’s, que surgiram para irradiar o ideal da unidade também nas paróquias e entre os seminaristas.

E foi devido às inúmeras obras iniciadas e conduzidas por Pe. Silvano em todos estes anos, que Chiara Lubich sempre o considerou um dos cofundadores do Movimento dos Focolares, para o setor sacerdotal.

Até o dia de sua morte Pe. Silvano continuou a dispensar esforços. A partir de 1998 sustentou o diálogo ao interno da Igreja, entre os vários movimentos eclesiais; no final dos anos 1990 começou a promover, junto a outros estudiosos, o estudo da psicologia à luz do carisma da unidade, que sempre aprofundou e difundiu por meio de seus escritos (22 livros publicados). Como não recordar, por exemplo, as reportagens cristológicas e trinitárias escritas para a revista “Città Nuova”, que ele gostava de definir “teologia para as donas de casa”?

No dia 17 de fevereiro de 2007 partiu para o Céu, após uma parada cardíaca. O seu mandato definitivo aos seminaristas, durante a última palavra pública, num encontro mundial, foi a lembrança do sacerdócio “mariano” e de serviço, que Chiara, por sua vez, tinha confiado a ele anos atrás, sugerindo-lhe como programa de vida a frase evangélica: «…vos tornastes modelo para todos os fieis» (1 Ts 1,7).
Reproduzido pelo Blog FOCOLARES - PALAVRA DE VIDA - FOCOLARES

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