quarta-feira, 2 de maio de 2018

Palavra de Vida de Maio 2018

Palavra de Vida de Maio 2018

Fonte: www.focolare.org
27 de abril de 2018
“O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.” (Gl 5,22)

O apóstolo Paulo escreve aos cristãos da região da Galácia. Eles tinham acolhido por meio dele o anúncio do Evangelho, mas agora ele os recrimina por não terem compreendido o significado da liberdade cristã.
Para o povo de Israel a liberdade foi um dom de Deus: Ele o arrancou da escravidão no Egito, conduziu-o rumo a uma nova terra e estabeleceu com ele um pacto de fidelidade recíproca.
Paulo afirma com força que, assim como a liberdade foi um dom de Deus, a liberdade cristã é um dom de Jesus.
Com efeito, é Ele que nos doa a possibilidade de nos tornarmos, Nele e como Ele, filhos de Deus, que é Amor. Também nós, imitando o Pai como Jesus nos ensinou e mostrou com a sua vida, podemos aprender a mesma atitude de misericórdia para com todos, colocando-nos a serviço dos outros.
Para Paulo, essa aparente contradição da “liberdade de servir” é possível devido ao Espírito, o dom que Jesus fez à humanidade com a sua morte na cruz.
Realmente, é o Espírito Santo que nos dá a força de sair da prisão do nosso egoísmo – com a sua carga de divisões, injustiças, traições, violência – e nos guia para a verdadeira liberdade.

O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.
A liberdade cristã, além de ser um dom, é também um compromisso. Antes de mais nada, é o compromisso de acolher o Espírito Santo no nosso coração, abrindo espaço para Ele e reconhecendo no nosso íntimo a sua voz.
Chiara Lubich escrevia: […] Antes de tudo, devemos nos tornar cada vez mais conscientes da presença do Espírito Santo em nós. Carregamos no nosso íntimo um imenso tesouro, mas não nos damos conta disso suficientemente. […] E ainda, para que possamos ouvir e seguir a sua voz, devemos dizer “não” […] às tentações, cortando sem hesitar as sugestões que elas trazem; “sim” aos deveres que Deus nos confiou; “sim” ao amor para com todos os próximos; “sim” às provações e dificuldades que encontramos… Se agirmos assim, o Espírito Santo nos guiará, dando à nossa vida cristã aquele sabor, aquele vigor, aquela força de atração, aquela luminosidade que ela não pode deixar de ter se for autêntica. Então também quem está ao nosso lado vai perceber que não somos somente filhos de nossa família humana, mas filhos de Deus.
De fato: o Espírito Santo nos convoca a deixarmos de fazer de nós mesmos o centro das nossas preocupações, para sabermos acolher, escutar, compartilhar os bens materiais e espirituais, perdoar, ou ainda, cuidarmos das pessoas mais diversas na variedade de situações que vivemos todos os dias.
E essa atitude nos faz experimentar o típico fruto do Espírito Santo: o crescimento da nossa própria humanidade rumo à verdadeira liberdade. Com efeito, faz vir à tona e florescer em nós capacidades e recursos que, se vivermos fechados em nós mesmos, ficarão para sempre sepultados e desconhecidos.
Portanto, cada ação nossa é uma ocasião, que não pode ser desperdiçada, para dizer “não” à escravidão do egoísmo e “sim” à liberdade do amor.

O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.
Quem acolhe no coração a ação do Espírito Santo contribui também para a construção de relações humanas positivas, por meio de todas as suas atividades do dia a dia, tanto familiares como sociais.
Carlo Colombino, empresário, marido e pai, tem uma empresa no norte da Itália . Dos sessenta funcionários, cerca de quinze não são italianos e alguns deles têm um histórico de experiências dramáticas. Numa entrevista, ele contou ao jornalista: “Também o emprego pode e deve favorecer a integração. Eu trabalho em processos de coleta e reciclagem de materiais de construção; tenho responsabilidade para com o meio ambiente, o território no qual vivo. Alguns anos atrás, a crise bateu duro. O que fazer: salvar a empresa ou as pessoas? Tivemos de dispensar alguns funcionários, falamos com eles, procuramos as soluções menos dolorosas, mas foi dramático, coisa de tirar o sono. É um trabalho que posso fazer bem feito ou pela metade; eu tento fazê-lo do melhor modo possível. Acredito que as ideias contagiam positivamente. Uma empresa que pensa só no faturamento, nas contas, tem pouca chance de futuro, porque no centro de toda atividade deve estar o homem. Sou uma pessoa de fé e tenho a convicção de que não é uma utopia fazer a síntese entre empresa e solidariedade”.
Portanto, somos convidados a atuar com coragem o nosso chamado pessoal para a liberdade, no ambiente em que vivemos e trabalhamos.
Desse modo o Espírito Santo poderá atingir e renovar também a vida de muitas outras pessoas ao nosso redor, conduzindo a história para horizontes de “alegria, paz, paciência, amabilidade…”.

Letizia Magri

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha


Maio é o mês dos jovens
28 Abril 2018
Inicia-se no dia 1° de maio, com o esperado encontro dos jovens em Loppiano, a “Semana mundo unido” que este ano será dedicada no mundo inteiro ao tema “Geração Fome Zero”. A Semana será concluída com a corrida anual mundial “Run for unity”.
 
Um zoom nos jovens. Também este ano terá início em Loppiano, a cidadela dos Focolares, o tradicional evento intitulado “Semana mundo unido”: uma rede mundial de ações baseadas num espírito de fraternidade entre povos e culturas. Há mais de 20 anos a Semana é o centro das iniciativas dos jovens dos Focolares, que querem testemunhar a todos, não apenas aos jovens mas também as mais altas instituições, que um mundo unido não é um sonho perdido entre ventos de guerra ou enterrado pelo peso das dificuldades sociais, mas uma realidade possível. Principalmente, se as novas gerações, formadas por uma cultura de paz, tomarem as rédeas da sociedade.
No dia 1° de maio, a cidadela italiana dos Focolares hospedará uma das muitas etapas “nacionais” rumo ao Genfest de Manila, nas Filipinas (“Beyond all borders”, julho de 2018), reunindo 6 mil jovens de todas as partes da Itália. Será um festival para falar do limite mais difícil de superar para ira o encontro dos outros: o próprio eu. “Beyond me”, em Loppiano, vai contar as histórias de quem quis realizar antes de tudo em si mesmo uma profunda mudança, saindo da própria “área de conforto” para abrir-se aos valores da solidariedade e para as necessidades de quem está ao seu lado. Para muitos dos jovens presentes esta experiência de abertura está enraizada num encontro pessoal com Deus, que transformou as suas vidas e permitiu que vencessem o medo. Para outros, tratou-se da superação de uma doença ou de uma deficiência, para outros ainda a tomada de consciência de uma dificuldade. Também estará presente, em nome de uma amizade já comprovada, e em preparação da visita do Papa as duas cidadelas vizinhas, no dia 10 de maio, um numeroso grupo de jovens de Nomadelfia.

A “Semana mundo unido” (United World Week), que será iniciada imediatamente depois, será um único grande evento, deslocado em vários pontos do mundo. Uma expo internacional – parte integrante do United World Project – que há mais de 20 anos (a primeira edição foi em maio de 1995) volta a esta época do ano para criar, em vários pontos do planeta, mas principalmente onde existe solidão, pobreza, marginalização, relacionamentos de convivência pacífica entre povos e culturas diferentes. Nestes anos, a “Semana Mundo Unido” abriu espaço na opinião pública, através dos meios de comunicação e nas redes sociais, levando as ações de fraternidade à atenção das instituições locais, nacionais e internacionais, mas também de personalidades do mundo da cultura, do desporto, da sociedade civil e religiosa.
A edição de 2018 terá como fio condutor o tema “Geração Fome zero”, um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda aprovada pelos Estados membros das Nações Unidas, a serem alcançados até o ano de 2030. Os adolescentes e os jovens do Movimento dos Focolares comprometeram-se, há algum tempo, a contribuir no importante projeto da FAO (Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura) em relação aos temas da subnutrição, do desperdício de alimentos, do respeito da natureza, com iniciativas pessoais e coletivas em prol do uso responsável dos recursos da terra. Portanto, a “Semana” será uma ocasião para mostrar os frutos dessa colaboração e envolver um número crescente de jovens, cidadãos e instituições para a realização deste objetivo.
Na conclusão da “Semana”, com o “epicentro” no domingo, 6 de maio, voltará a “Run for Unity”, corrida desportiva realizada por centenas de milhares de jovens de nacionalidades, religiões, culturas, etnias diferentes que cobrirão a terra, transmitindo-se idealmente um testemunho de “fraternidade”, de leste a oeste. Em cada etapa, percorrida a pé, em bicicleta, caminhando, ou fazendo correr um pensamento de paz, a corrida mais contra a correnteza que existe será enriquecida por eventos desportivos, de jogos, de ações de solidariedade e de tudo que pode servir para testemunhar que o sonho de um mundo unido continua vivo, a pesar das tensões e dos sinais contrários. Talvez serão os jovens os protagonistas deste mundo.

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

domingo, 1 de abril de 2018

Palavra de Vida de Abril de 2018

Palavra de Vida de Abril 2018


Fonte: www.focolare.org
28 Março 2018

“Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê tem a vida eterna.” (Jo 6,47)

Esta frase de Jesus faz parte de um longo diálogo com a multidão que viu o sinal da multiplicação dos pães e continua a segui-lo, talvez somente para receber Dele ainda alguma ajuda material. Jesus, partindo das necessidades imediatas deles, aos pouquinhos vai orientando sua pregação para o sentido da sua missão: Ele foi enviado pelo Pai a fim de dar aos homens a verdadeira vida, a vida eterna, ou seja, a mesma vida de Deus, que é Amor. Ele, caminhando pelas estradas da Palestina, “se faz um” com todos os que encontra: não deixa de atender a quem pede alimento, água, cura, perdão. Ainda mais: compartilha todas as necessidades e dá nova esperança a cada um que encontra. Por isso Ele pode pedir depois a cada um desses um passo a mais, pode convidar seus ouvintes a acolher a vida que nos oferece, a entrar em relação com Ele, a prestar-lhe confiança, a ter fé Nele. Comentando justamente esta frase do Evangelho, Chiara Lubich escreveu: Com estas palavras Jesus responde à aspiração mais profunda do homem. O homem foi criado para a vida; procura-a com todas as suas forças. Mas o seu grande erro está em procurá-la nas criaturas, nas coisas criadas, as quais, sendo limitadas e passageiras, não podem dar uma verdadeira resposta às suas aspirações. (…) Somente Jesus pode saciar a fome do ser humano. Somente Ele pode nos dar a vida que não morre, porque Ele é a Vida.

“Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê tem a vida eterna.”
A fé cristã é acima de tudo o fruto de um encontro pessoal com Deus, com Jesus, que não deseja outra coisa senão fazer-nos participar da sua própria vida. Ter fé em Jesus significa aderirmos ao seu exemplo, não vivendo encurvados sobre nós mesmos, sobre os nossos medos, sobre os nossos programas limitados mas, pelo contrário, dirigindo a nossa atenção para as necessidades dos outros: necessidades concretas como a pobreza, a doença, a marginalização, mas sobretudo a necessidade de ser escutado, de ter com quem partilhar, de sentir-se acolhido. Desse modo poderemos comunicar aos outros, com a nossa vida, o mesmo amor recebido como dom de Deus. E, para fortificar-nos na nossa caminhada, Ele nos deixou também o grande dom da Eucaristia, sinal de um amor que doa seu próprio ser para fazer viver o outro.

“Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê tem a vida eterna.”
Quantas vezes, durante o nosso dia, demonstramos confiança diante das pessoas ao nosso redor: o professor que dá instrução aos nossos filhos, o taxista que nos leva ao nosso destino, o médico que cuida da nossa saúde… Não é possível viver sem confiança. E esta é consolidada por meio do conhecimento, da amizade, do relacionamento que se aprofunda com o tempo. Então, como viveremos a Palavra de Vida deste mês? Continuando o seu comentário, Chiara nos convida a reavivar a nossa escolha e adesão total a Jesus: (…) E já sabemos qual é o caminho para chegar lá: (…) aplicar-nos de modo especial a colocar em prática aquelas palavras de Jesus que nos são trazidas à mente pelas várias circunstâncias da vida. Por exemplo: encontramos um próximo? “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (cf. Mt 22,39). Acontece algo que nos faz sofrer? “Se alguém quer vir após mim… tome a sua cruz” (cf. Mt 16,24), etc. Desse modo, as palavras de Jesus se iluminarão e Ele entrará em nós com a sua verdade, a sua força e o seu amor. A nossa vida será cada vez mais “viver com Ele”, “fazer tudo juntamente com Ele”. E até mesmo a morte física, que um dia nos espera, não poderá mais nos assustar, porque com Jesus já teve início em nós a verdadeira vida, a vida que não morre.
Letizia Magri
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

Domingo de Páscoa: O Ressuscitado
1 Abril 2018
Ser testemunhas autênticas da ressurreição.
É o triunfo de Jesus ressuscitado que conhecemos e revivemos também em nós pessoalmente, no nosso pequeno âmbito, após termos abraçado o abandono ou quando, unidos realmente no seu nome, experimentamos os efeitos da sua vida, os frutos do seu Espírito.
O Ressuscitado deve estar sempre presente e vivo em nósneste ano 2000, no qual o mundo deseja ver não só pessoas que acreditam e de alguma forma o amam, mas que são também testemunhas autênticas, que podem dizer a todos por experiência, como a Madalena disse aos Apóstolos após ter encontrado Jesus perto da sepultura, aquelas palavras que conhecemos, mas que são sempre novas: “Nós o vimos! Sim, nós o descobrimos na luz com que nos iluminou; o tocamos na paz que nos infundiu; ouvimos a sua voz no íntimo do nosso coração; saboreamos a sua alegria incomparável”.
Fonte: Chiara Lubich em uma conferência telefônica. Castel Gandolfo, Roma, 20 de abril de 2000.

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

Os “últimos confins da Terra”, e nada menos.

Trento, 1944, festa de Cristo Rei.
Terminada a Missa, Chiara e as suas primeiras companheiras reúnem-se ao redor do altar, e quase sem entender o alcance do que estão fazendo, pedem a Deus que seja atuada, também através delas, uma frase que tinham escutado durante a liturgia:
«Pede-me e eu te darei as nações por herança e estenderei o teu domínio até as extremidades da terra» (Sal 2,8).
«Tu sabes como realizar a unidade – elas dizem –. Nós estamos aqui. Se queres, usa de nós».
Para um ideal vasto como é a unidade, aquela que Jesus pediu ao Pai, “que todos sejam um” (Jo 17,21), o horizonte não poderia deixar de ser o mundo e, olhando em retrospectiva, entende-se porque desde os primeiros balbucios do Movimento que nascia, os desejos do coração mirassem longe. Naquela época ninguém podia imaginar que aqueles «últimos confins da Terra» teriam sido alcançados, e com uma certa rapidez. Não uma programação feita em prancheta, mas seguir um caminho que Alguém estava traçando. «O Movimento se desenvolveu segundo um desígnio de Deus preciso, que nós sempre ignoramos, mas que se revelava no seu tempo», dirá Chiara Lubich, ao narrar a sua história no XIX Congresso Eucarístico Nacional italiano, em Pescara, no ano de 1977. Naquela ocasião ela salientou como «a caneta não sabe o que deverá escrever, o pincel não sabe o que deverá pintar, o cinzel não sabe o que deverá esculpir. Assim, quando Deus toma uma criatura entre as mãos, para fazer surgir uma obra sua na Igreja, ela não sabe o que deverá fazer. É um instrumento. Quando tudo começou, em Trento, eu não tinha um programa, não sabia nada. A ideia da Obra estava em Deus, o projeto no Céu. Foi assim no início, e foi assim durante os 34 anos de desenvolvimento do Movimento dos Focolares». E foi assim, acrescentamos nós, nos anos sucessivos, até hoje.
Evidentemente, aquele primeiro núcleo de moças estava destinado a não ficar fechado dentro da pequena capital da região trentina, onde, depois de apenas alguns meses já eram 500 as pessoas que partilhavam o ideal da unidade, de todas as idades e condições sociais. E logo ele superou as fronteiras regionais.
Quando a guerra terminou as primeiras focolarinas se transferiram para algumas cidades da Itália, por motivos de estudo e de trabalho. E não faltaram convites de pessoas que desejavam conhecer e difundir a outros a experiência delas.
A primeira etapa foi Roma, para aonde a própria Chiara se transferiu, em 1948, e depois Florença, Milão, Siracusa, etc. Em 1956 iniciou a difusão na Europa, em 1958 na América Latina, em 1961 na América do Norte. No ano de 1963 chegou a vez da África, 1966 da Ásia e 1967 da Austrália.
Hoje o Movimento dos Focolares está presente em 182 países, conta com cerca de dois milhões de aderentes e simpatizantes, predominantemente católicos, mas não só. De maneiras variadas, participam dele milhares de cristãos de 350 Igrejas e comunidades eclesiais, muitos seguidores de outras religiões, entre os quais judeus, muçulmanos, budistas, hindus, sikhs… e pessoas de convicções não religiosas.
O núcleo central do Movimento é constituído por mais de 140 mil animadores, das várias ramificações. Em breve, esta é, até hoje, a história de um povo que nasceu do Evangelho.
«Naquele dia nós pedimos com fé – escreveu Chiara em 2000 –. O Movimento chegou realmente até os últimos confins. E neste “novo povo” estão representados os povos de toda a Terra».

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

quinta-feira, 1 de março de 2018

Palavra de Vida de Março 2018


Palavra de Vida – Março de 2018

26 Fevereiro 2018
Fonte: www.focolare.org.br
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Outros textos.

“Mostra-me, Senhor os teus caminhos, ensina-me tuas veredas.” (Sl 24[25],4)

O rei e profeta Davi, autor deste salmo, sofre o peso da angústia e da pobreza e se sente em perigo diante de seus inimigos. Ele gostaria de encontrar um caminho para sair dessa situação dolorosa, mas experimenta a sua incapacidade. Então levanta os olhos para o Deus de Israel, que desde sempre protege o seu povo, e o invoca com esperança para que venha em seu socorro. A Palavra de Vida deste mês salienta, em especial, o seu pedido de conhecer os caminhos e as veredas do Senhor, como luz para as próprias escolhas, sobretudo nos momentos difíceis.
“Mostra-me, Senhor os teus caminhos, ensina-me tuas veredas.”
Também a nós acontece que tenhamos de fazer escolhas decisivas para a nossa vida, que comprometem a consciência e toda a nossa pessoa. Às vezes temos uma série de caminhos possíveis diante de nós e ficamos incertos sobre qual é o melhor; outras vezes temos a impressão de que não temos nenhuma saída… Procurar um caminho para prosseguir é algo profundamente humano, e às vezes precisamos pedir a ajuda de alguém que consideramos amigo. A fé cristã nos faz entrar na amizade com Deus: Ele é o Pai que nos conhece intimamente e ama acompanhar-nos no nosso caminho. Todos os dias Ele convida cada um de nós a entrar livremente em uma aventura, tendo como bússola o amor desinteressado a Ele e a todos os seus filhos. Os caminhos, as veredas são também ocasiões de encontro com outros viajantes, de descobertas de novas metas a serem compartilhadas. O cristão não é jamais uma pessoa isolada: ele faz parte de um povo em caminho rumo à realização do projeto que Deus Pai preparou para a humanidade e que Jesus nos revelou com suas palavras e com toda a sua vida: a fraternidade universal, a civilização do amor.
“Mostra-me, Senhor os teus caminhos, ensina-me tuas veredas.”
E os caminhos do Senhor são ousados, às vezes beirando o limite das nossas possibilidades, como pontes de corda esticadas entre paredões rochosos. Eles desafiam nossos hábitos egoístas, os preconceitos, a falsa humildade e nos abrem horizontes de diálogo, encontro, empenho pelo bem comum. E sobretudo pedem de nós um amor sempre novo, construído sobre a rocha do amor e da fidelidade de Deus por nós, capaz de chegar até o perdão. Perdão que é a condição irrenunciável para construir relações de justiça e de paz entre as pessoas e entre os povos. Até mesmo o testemunho de um gesto de amor simples, mas autêntico, pode iluminar o caminho nos corações dos outros. Na Nigéria, durante um encontro no qual jovens e adultos podiam partilhar as experiências pessoais de amor vivido conforme o Evangelho, Maya, uma menina, contou: “Ontem, enquanto estávamos jogando, um menino me empurrou e caí. Ele me disse “desculpe!” e eu o perdoei”. Essas palavras abriram o coração de um homem cujo pai tinha sido assassinado pelo Boko Haram: “Olhei para Maya. Se ela, que é uma menina, é capaz de perdoar, significa que também eu posso fazer a mesma coisa”.
“Mostra-me, Senhor os teus caminhos, ensina-me tuas veredas.”
Se quisermos confiar-nos a um guia seguro no nosso caminho, lembremo-nos de que Jesus disse de si mesmo: “Eu sou o Caminho…” (Jo 14,6). Chiara Lubich, dirigindo-se aos jovens reunidos em Santiago de Compostela para a Jornada Mundial da Juventude de 1989, encorajou-os com estas palavras: (…) Definindo a si mesmo como “o Caminho”, Jesus quis dizer que devemos caminhar como Ele caminhou (…). Pode-se dizer que o caminho percorrido por Jesus tem um nome: amor. (…) O amor que Jesus viveu e nos deixou é um amor especial e único. (…) É o próprio amor que arde em Deus. (…) Mas, amar a quem? Amar a Deus é certamente o nosso primeiro dever. Depois: amar a cada próximo. (…) Da manhã até à noite, todo relacionamento com os outros deve ser vivido com esse amor. Em casa, na universidade, no trabalho, nas quadras de esporte, nas férias, na igreja, pelas ruas, devemos colher as diversas ocasiões para amar os outros como a nós mesmos, reconhecendo Jesus neles, não esquecendo ninguém; mais ainda, sendo os primeiros a amar a todos. (…) Entrar o mais profundamente possível no coração do outro; entender realmente seus problemas, suas exigências, seus fracassos e também suas alegrias, para poder compartilhar tudo com ele. (…) De certo modo, tornar-se o outro. Como Jesus que, sendo Deus, por amor se fez homem como nós. Assim o próximo se sente compreendido e aliviado, porque encontra alguém que carrega com ele os seus pesos, as suas aflições, e partilha com ele as suas pequenas felicidades. “Viver o outro”, “viver os outros”: isso é um grande ideal, isso é superlativo (…).
Letizia Magri
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

Conhecer para preservar

O Evangelho vivido: “a vida como dádiva”

22 Fevereiro 2018
Todo gesto de amor é como beber da fonte do Evangelho.

A carta ganhadora
Sou um agente comercial. Um dia entrei na sede de uma grande empresa para apresentar meus produtos ao gerente de compras. Como ele mostrou pouco interesse, preparei-me para sair do seu escritório. Mas durante essa breve reunião percebi que estava lidando com uma pessoa que sofria. Já estava na porta, quando senti que devia voltar e simplesmente perguntei-lhe: “Você tem certeza de que está bem?”. Com os olhos arregalados, ele me perguntou: “Porque você me pergunta isso?”. Respondo contando-lhe a sensação que tive ao vê-lo, saúdo-o novamente e saio. No dia seguinte, recebo um telefonema dele. “Queria agradecer-lhe. Depois que você foi embora sua pergunta ficou ressoando na minha mente, e então, à noite, fui ao médico que confirmou que eu poderia ter um colapso a qualquer momento e que precisava fazer imediatamente uma terapia energética”. No mesmo dia, essa empresa fez-me uma compra substancial. Não só encontrei um grande cliente, mas também ajudei uma pessoa a melhorar. Colocar o amor em primeiro lugar nos nossos relacionamentos é sempre a carta vencedora.
Do site do Movimento dos Focolares – Itália
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha 

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Palavra de Vida - Fevereiro 2018

Palavra de Vida – Fevereiro de 2018
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Fonte: www.focolare.org
28 Janeiro 2018
“A quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água vivificante.” (Ap 21,6)

O apóstolo João escreveu o Livro do Apocalipse para consolar e encorajar os cristãos do seu tempo, diante das perseguições que naquele período se haviam multiplicado. Esse livro, rico de imagens simbólicas, revela na realidade a visão de Deus sobre a história e a consumação final: a Sua vitória definitiva sobre todo o poder do mal. Esse livro é a celebração de uma meta, de um final pleno e glorioso destinado por Deus para a humanidade.
É a promessa da libertação de todo sofrimento: O próprio Deus “enxugará toda lágrima (…) e não haverá mais morte, nem luto, nem grito, nem dor” (cf. Ap 21,4).

“A quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água vivificante.” [1]
Esta perspectiva vale também na atualidade, para todo aquele que já começou a viver na procura sincera de Deus e da sua Palavra que nos manifesta os Seus projetos; para quem sente arder em si a sede de verdade, de justiça, de fraternidade. Diante de Deus, sentir sede, estar à procura, é uma característica positiva, um bom início; e Ele promete até mesmo a fonte da vida.
A água que Deus promete é oferecida gratuitamente. Portanto, é oferecida não só a quem procura ser agradável a Ele por meio de seus próprios esforços, mas a todo aquele que, sentindo o peso da própria fragilidade, se abandona ao Seu amor, na certeza de ser curado e de encontrar assim a vida plena, a felicidade.
Perguntemo-nos então: nós temos sede de quê? E qual a fonte onde vamos matar a sede?

“A quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água vivificante.”
Talvez tenhamos sede de ser aceitos, de termos um lugar na sociedade, de realizar os nossos projetos… Aspirações legítimas que, no entanto, podem nos levar aos poços poluídos do egoísmo, do fechamento nos interesses pessoais, chegando até à prepotência diante dos mais fracos. As populações que sofrem pela escassez de poços com água potável conhecem muito bem as consequências desastrosas da falta desse recurso, indispensável para garantir vida e saúde.
E, no entanto, cavando mais a fundo no nosso coração, encontraremos outra sede, que o próprio Deus colocou ali: viver a vida como um dom recebido e que deve ser doado. Procuremos, então, a água na fonte pura do Evangelho, libertando-nos daqueles detritos que talvez a estejam cobrindo e, da nossa parte, deixemo-nos transformar em mananciais de amor generoso, acolhedor e gratuito para os outros, sem nos refrearmos diante das inevitáveis dificuldades do caminho.

“A quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água vivificante.”
Ainda mais: quando, entre cristãos, vivemos o mandamento do amor mútuo, estamos permitindo uma intervenção toda especial de Deus, como escreveu Chiara Lubich:
“Cada momento no qual procuramos viver o Evangelho é uma gota daquela água viva que bebemos. Cada gesto de amor ao nosso próximo é um gole daquela água. Sim, porque aquela água tão viva e preciosa tem isso de especial: jorra no nosso coração cada vez que o abrimos ao amor para com todos. É uma fonte – a fonte de Deus – que libera água na mesma medida em que seu veio profundo serve para saciar a sede dos outros, com pequenos ou grandes atos de amor. (…) E se continuarmos a doar, esta fonte de paz e de vida dará água cada vez mais abundante, sem jamais se esgotar. Existe também outro segredo que Jesus nos revelou, uma espécie de poço sem fundo onde podemos nos abeberar. Quando dois ou três se unem em seu nome, amando-se com o próprio amor de Jesus, Ele está no meio deles (cf. Mt 18,20). É então que nos sentimos livres, plenos de luz; e torrentes de água viva jorram do nosso seio (cf. Jo 7,38). É a promessa de Jesus que se realiza, porque é Dele mesmo, presente em nosso meio, que jorra aquela água que sacia por toda a eternidade.”[2]
Letizia Magri
[1] Para o mês de fevereiro propomos esta Palavra de Deus, escolhida por um grupo de irmãos e irmãs de várias Igrejas na Alemanha, a ser vivida durante o ano todo.
[2] Cf. C. Lubich, Fonte de água viva, Revista Cidade Nova nº 3/2002.
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha
Evangelho vivido: “a fonte da vida”
1 Fevereiro 2018
Vivendo o Evangelho, podemos transformar-nos em fonte de amor generoso e gratuito para todos.

Uma resposta imediata
No início do verão costumávamos comprar a lenha e o querosene para o inverno, mas ja tínhamos chegado no outono e ainda não tínhamos o dinheiro para garantir o aquecimento. Um dia, conversando em família, pensamos: “O Eterno Pai conhece as nossas necessidades e é importante ter confiança nele”. Não tínhamos nem terminado a conversa quando chegou um nosso amigo trazendo-nos um envelope com dinheiro. Ele tinha feito uma coleta para nos ajudar. Nunca me tinha acontecido de ter uma resposta tão imediata de Deus que provê aos seus filhos!
I.S. – Sérvia
No dentista
Um jovem da nossa comunidade tinha os dentes muito estragados, mas sendo de uma família pobre não podia fazer um tratamento. Um dia, resolvemos levá-lo ao dentista, mas, quando chegamos na clínica onde trabalha, demo-nos conta de que era frequentata só por pessoas ricas. Confiantes na providência divina, entramos. Depois de examiná-lo a doutora perguntou-nos se teríamos condições de pagar um tratamento tão caro. Explicamos que, junto com alguns amigos, organizaríamos uma venda de roupas e objetos usados para cobrir todas as despesas. A doutora ficou curiosa e quis saber mais. “Podem pagar com o que têm”, concluiu. Quando estávamos saindo, chamou-nos outra vez, e acrescentou: “Sabem, tenho muitos problemas e pensei que posso fazer esse trabalho grátis se em troca vocês rezarem por mim”. Assim foi. Tempos depois aquela dentista disse-nos que a nossa presença tinha levado no seu trabalho uma nota de alegria e serenidade.
G.B. – Filipinas
Encontros na prisão
Sabendo que existem tantas pessoas sozinhas que sentem muita necessidade de alguém a seu lado, pensamos em ir visitar os doentes de um hospital, os presos numa penitenciária e as crianças de um orfanato. A estes últimos levamos objetos, jogos e roupas. Depois pensamos: por que não usamos os meios de comunicação para chegar ao maior número possível de pessoas? Conseguimos meia hora de um programa na rádio local para a nossa divulgação. Muitas pessoas seguiram a transmissão. Quando voltamos à prisão, receberam-nos dizendo que, depois de terem ouvido aquele programa na rádio, estavam à nossa espera. Em geral, não é permitido aos jovens da nossa idade o ingresso nas prisões, mas tinham feito uma exceção para nós. Com músicas e testemunhos da prática do Evangelho falamos para uma centena de presidiários, homens e mulheres, e a um grupo de dez guardas. Pediram-nos para voltar. Até o jornal local deu uma notícia sobre estes encontros na prisão.
Um grupo de amigos – Uganda
A doença
Quando soube que Monique tinha Sla (esclerose lateral amiotrófica), mesmo se não nos víamos já há dois anos, voltei a procurá-la para por-me à sua disposição. Tínhamos tido um grande amor, mas por vários motivos tínhamo-nos deixado. A fé pura de Monique entrava em choque com o meu agnosticismo. Ao lado dela, que aceitava serenamente a sua nova situação, vivi uma verdadeira inversão mental. Os cristãos defeniriam a minha reação como “conversão”. Quando a sua doença chegou ao estado terminal, eu estava completamente mudado. Não digo de ter encontrado a fé, mas o verdadeiro respeito por Monique criou um novo espaço dentro de mim.
J. M. – França
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

Os mil rostos da pobreza
21 Novembro 2017
Ao apelo do “I Dia mundial dos Pobres”, convocado pelo Papa Francisco no dia 19 de novembro passado, também o Movimento dos Focolares respondeu. Um focus sobre o empenho de Norte a 
Sul da Itália: projetos e novas iniciativas.

 
A notícia, anunciada no dia 13 de junho passado pelo Papa Francisco, de querer dedicar aos pobres um Dia Internacional logo se demonstrou em linha com um pontificado particularmente atento às exigências das pessoas mais vulneráveis e descartadas da sociedade.
Surpreendente a adesão de associações, movimentos, instituições e a multiplicação de iniciativas, de pessoas individualmente ou em grupos, em resposta a tal apelo.
Também o Movimento dos Focolares na Itália assumiu para si o convite a “criar momentos de encontro e de amizade, de solidariedade e de ajuda concreta”, para amar “não com palavras, mas com os fatos”.
«Se dos pobres se pode aprender – dizem os responsáveis dos Focolares na Itália, Rosalba Poli e Andrea Goller –, não menos, quem tem mais é chamado a dar. Não a esmola, não um gesto vez ou outra para deixar em paz a consciência. O convite é para sair das nossas certezas e comodidades, como diz o Papa, para ir ao encontro dos mil rostos da pobreza».
Também na Itália é um fenômeno de proporções preocupantes. Quase 5 milhões de pessoas, segundo um recente Relatório (dados ISTAT relativos ao ano de 2016), estão em condição de “pobreza absoluta”. Já 8 milhões e meio sofrem de “pobreza relativa”. É uma pobreza dos mil rostos: marginalização, desemprego, violência, falta de meios de subsistência. E sobretudo isolamento, porque ser pobres significa antes de tudo ser excluídos.
«Este dia nos remete ao primeiro aspecto da espiritualidade dos Focolares, a comunhão dos bens», explicam Poli e Goller. Uma prática que levou, durante os anos, ao nascimento de numerosas obras e ações sociais, inspiradas pelo desejo de repetir um costume das primeiras comunidades cristãs, nas quais não havia nenhum indigente. Entre estes, a Associação Arco-íris, ativa em Milão há mais de 30 anos, o Centro La Pira para jovens estrangeiros em Florença, o Projeto sempre pessoa para a reinserção dos prisioneiros e a assistência às suas famílias. Ou, ainda, o Projeto Abramo-nos da associação cultural do Trentino More, os projetos para menores não acompanhados, como Criar sistema além da acolhida, ou para as famílias, como Vivamos um lar juntos. Outras se ocupam de redistribuição de alimentos, como a Associação Solidariedade em Régio Emília, B&F em Áscoli, em Gênova a Associação Cidade Fraterna e o Comitê Humanidade Nova. Entre as ações com os sem teto, RomAmoR está ativa há anos na estação de Roma Ostiense, enquanto outras se ocupam de acolhida aos migrantes em Lampedusa e Ventimiglia. Em Pomigliano d’Arco, a associação Elos de solidariedade, num contexto fortemente marcado pelo desemprego, redescobriu o sentido do mutualismo e da partilha. Após o terremoto na Itália Central, se constituíram alguns GAS (Grupos de Aquisição Solidária) do projeto RImPRESA para o apoio in loco às atividades econômicas danificadas pelo abalo sísmico. Entre as últimas nascidas, o PAS (Polo de Acolhida Solidariedade) de Áscoli Piceno. Muitos empresários na Itália, reunidos na Aipec, se inspiram nos princípios da Economia de Comunhão, para que a cultura da partilha se torne práxis empresarial.
Ao lado de projetos consolidados, outras iniciativas floresceram do Norte ao Sul do país, frequentemente “em rede” com instituições ou associações que operam no social. A intenção é a de se tornar formas estáveis de sustento à pobreza.
De Milão a Scicli, de Messina a Údine, Bancos Alimentares, Centros de escuta, refeitórios, iniciativas de combate aos desperdícios. Inclusive uma casa para pais separados, às portas de Cagliari (na Sardenha).
Entretanto, a poucos dias da sua ativação, já tem cerca de mil inscritos o App Fag8, evolução tecnológica do costume de pôr em comum os próprios bens, objetos, mas também talentos e ideias, no rastro da gratuidade. Baixando o app, é possível compartilhar, também por conta de outros (talvez de pobres que se conheça), um “objeto”, um “projeto” ou o próprio tempo. Um instrumento próximo às redes locais, mas também de amplitude nacional, que consente verificar em breve tempo a disponibilidade daquilo que busco, ou a necessidade para outros daquilo que ofereço.
(ver também www.focolaritalia.it).
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

Pensamentos Espirituais 2 - Chiara Lubich


segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Ray Cardoso - Ambientalismo, Artes e Espiritualidade em Ação

Ray Cardoso - Ambientalismo, Artes e Espiritualidade em Ação
RAIMUNDO RODRIGUES CARDOSO
Experiências de Raimundo Rodrigues Cardoso em publicações
dos professores Miguel Caripuna (Sociologia) e Ademir Rocha
(Ciências Biológicas)
Rai Cardoso - Espiritualidade, Ambientalismo e Artes Plásticas
Vide fotos das Ações Educativas Ambientais do Movimento
Ecológico, do qual Rai Cardoso foi presidente por muitos anos das
 Décadas de 1980, 1990 e 2000.
 
 
 

Nas fotos acima e abaixo estão algumas obras
e atividades do artista Rai Cardoso
Artesanato de Miriti
 Acima a índia Yara, das Lendas Amazônicas
Recentemente, em 2017, visitamos nosso velho amigo de tantas lutas e em variados segmentos da sociedade abaetetubense, RAIMUNDO RODRIGUES CARDOSO/Rai Cardoso, junto com tantos outros amigos, que também militaram conosco em causas sociais, educacionais, culturais, políticas, ambientais, humanitárias, cristãs e outras lutas (inclusive com o saudoso membro do MECA, Ari Lobato, de agradável recordação e já falecido, do qual estamos colhendo dados para uma futura publicação, lutas em favor da promoção do homem e da sociedade abaetetubense e da região). E ontem (11/01/2018) recebemos a agradável visita do Rai Cardoso, que veio nos avisar do encontro da Comunidade Focolares de Abaetetuba (Rai Cardoso é o mais antigo membro do Movimento dos Focolares em Abaetetuba, com 49 anos como membro desse Movimento), e que veio nos pedir o favor de preparar um resumo de suas atividades como membro da Igreja, do Focolares, artista e ainda defensor das causas do Meio Ambiente. Recentemente, nos fins do ano de 2017, pelo seu profundo conhecimento dos aspectos do Meio Ambiente, ele foi, novamente, chamado para fazer parte da Secretaria do Meio Ambiente de Abaetetuba/SEMEIA, devido o seu enorme cabedal de conhecimentos e ações ambientaisde, facilidades de articulação, ou ajudas em outras ações a favor de projetos ambientalistas de terceiros, que beneficiaram diferentes segmentos sociais e localidades de Abaetetuba e sua região. Antes, Rai Cardoso exerceu o cargo de Secretário da pasta do Meio Ambiente e, posteriormente, com a mudança de governo, passou a outro nível na mesma secretaria em Abaetetuba.
Abaixo temos o grande paneiro aqui chamado "aturá"
usado antigamente no transporte dos produtos de roçados
de Abaetetuba
 
Foto de Clóvis Figueiredo

RAIMUNDO RODRIGUES CARDOSO/Rai Cardoso, nasceu em 06/08/1949, às margens do Igararapé Ypixuna (seus ascendentes eram moradores da localidade Miritizal, esta um pouco distante do mesmo Igarapé Ypixuna, tudo na área das antigas colônias, Zona Rural de Abaetetuba/PA), filho de Jofre Rodrigues Cardoso e Dona Júlia Rodrigues Cardoso, um casal humilde, de simples colonos, e Ray Cardoso muito se orgulha de sua humilde origem e de sua ascendência,  que é uma mistura de índio, negro e branco português, e com alguns ancestrais oriundos de imigrantes cearenses ‘fugidos da seca nordestina” dos fins do século 19, constituindo-se uma  verdadeira família de caboclos amazônicos, condição a qual ele se refere sempre. E, sendo de Abaetetuba, Rai Cardoso é um verdadeiro “homem forte e valente” conforme se traduz do antigo nome indígena Abaeté, antes da cidade mudar o nome para Abaetetuba, este nome que também na linguagem tupi significa ‘homem verdadeiro” que Rai Cardoso é, e ainda é depositário de um enorme consciência e conhecimentos ambientais e ainda é depositário de conhecimentos da cultura paraense e amazônica, que ele faz questão de falar nos encontros com os amigos e comunidades.

Família e Espiritualidade Cristã
Rai Cardoso (como o tratamos) é casado com Edilena Negrão Cardoso, esta vinda de tradicional família de Abaetetuba e com os filhos: RaíssaRadi e Raoni, e que agora, são avós de duas lindas gêmeas idênticas, filhas de Radi.
Na fase de casado, Ray e esposa paticipavam ativamente dos encontros do Movimento Focolarino e por isso já tinham na vida familiar a imagem espiritual-cristã de uma verdadeira família unitária, baseada na figura de DEUS PAI (que é Amor), na figura de DEUS TRINO (Pai, Filho e Espírito Santo, que vivem em Harmonia Eterna, como uma Família Divina), e na FAMÍLIA DE NAZARÉ (José, Maria e Jesus), onde JOSÉ era o pai zeloso e justo; MARIA como Modelo de Vida Cristã e fiel cumpridora dos deveres religiosos de sua época, mesmo antes de Jesus, quando deu o seu SIM a Deus no episódio da Anunciação do Anjo, e depois, com seu filho JESUS, onde continuou no serviço e amor ao próximo, com preocupação social. E foi, baseado nestes modelo de “Família Divina” que Rai Cardoso e sua esposa Edilena procuraram viver e educar seus filhos RaissaRadi e Raoni e, agora,  seus netos, como tesouros preciosos e, como membros da ‘Família-Humana-Divina’, pois eles não se fecharam para o mundo, e continuam a contribuir na divulgação desse modelo de família no seio da sociedade local, e da ‘Natureza’ como “Dom de Deus” para o homem e claro, dentro daquelas limitações que o ser humano possui, mas em contínuo aperfeiçoamento no decorrer de todos esses anos em contato com a Espiritualidade da Unidade, de Chiara Lubich.
Os pais de Rai, Jofre e Júlia, com luta e tenacidade, conseguiram superar os inumeráveis obstáculos que a vida lhes apresentava, incluindo a falta de recursos financeiros, mas venceram, pois seus filhos, inclusive Rai, se firmaram na sociedade abaetetubense como trabalhadores, operários, técnicos e professores.
Rai Cardoso tem carinho especial pelos seus pais, irmãos, parentes e amigos e, como cidadão abaetetubense, de “homem verdadeiro” goza de um largo círculo de amizades amealhadas em suas inumeráveis atividades e lutas em favor da melhoria da vida, em todas as suas dimensões, e a favor de toda a sociedade de Abaetetuba e região, conforme comprovam sua luta e atividades no meio social, educacional, cultural e ambiental. E também ele possui amigos espalhados por Belém e outros lugares do Brasil, amigos adquiridos nos seus encontros e ações em favor de uma sociedade mais justa e fraterna e das suas lutas pelo meio ambiente, e outros amigos adquiridos em outras atividades especificadas nestes escritos. 
 
O então jovem Rai Cardoso, um operário católico na construção da Igreja e do Focolares
As lutas de Rai Cardoso começaram com 20 anos de idade, e em favor de sua comunidade rural do Abaetézinho, junto ao então recém-chegado Padre Diego Arroyos Silva, na então  Prelazia de Abaeté do Tocantins, este também jovem e idealista padre, de origem espanhola, que juntos começaram a mobilizar os católicos dessa localidade no início da década de 1970, para a participação na comunidade eclesial católica, quando também aconteceu a  Missa na referida área rural, situada nas margens de um ramal de estradas chamado Abaetezinho, cujo nome veio de um igarapé de mesmo nome. E também, na mesma época, um poquinho antes, em 1968, já tinha chegado à Abaetetuba a Espiritualidade da Unidade, que contagiou Rai Cardoso e outros jovens, adolescentes e até adultos e famílias, tornando-se um forte movimento religioso e espiritual em Abaetetuba,  com os seus primeiros  encontros da “Palavra de Vida”, congressos, jornadas e reuniões de aprofundamentos e ações evangélicas, que também entrou em contato com as primeiras ações de uma nova Teologia que surgia na Igreja, preconizada em documentos eclesiais, que tratava da “escolha preferencial pelos pobres,  jovens e oprimidos da América Latina”, que o ativo Padre Diego pregava, e que assim já veio da Europa e com alguns conhecimentos da nova Espiritualidade da Unidade que rapidamente estava se espalhando pela Europa e mundo. Assim a comunidade do Abaetezinho e os jovens do Movimento dos Focolares foram se firmando no seio da Igreja Católica, e até os dias atuais de 2018.
Fato interessante das atividades de Rai Cardoso, como membro da Igreja Católica e do Movimento Gen (Geração Nova, do Movimento dos Focolares), ainda nos seus albores em Abaetetuba, foi sua influência na vida de seu cético primo Edir, este já falecido, para a sua entrada para o seio da Igreja, e no seu posterior despertar para a vocação sacerdotal, fato que levou esse jovem sacerdote, oriundo da mesma zona rural de Rai, a ter destacada atuação em uma cidade de Minas Gerais e no próprio Pará, com atuação no município de São Caetano de Odivelas. Nesses primeiros tempos da vida Gen em Abaetetuba, muitos jovens, dos setores masculino e feminino, foram despertados para inúmeras outras vocações eclesiais e focolarinas.
 Um grupo de focolarinos/as, vindos de Belém, em foto com alguns antigos
membros do Focolares em Abaetetuba, inclusive Rai Cardoso e família
 Um focolarino e uma antiga família focolarina reunida para um evento
 Um encontro da Palavra de Vida em Abaetetuba
 Fotos de antigos encontros do Movimento Gen-Geração Nova

 A Fazenda da Esperança, que se dedica a recuperação de pessoas
do mundo dos vícios e drogas, iniciou em Abaetetuba através do
Movimento Gen, em uma casa em um Ramal de estrada. No caso,
eram recuperandos do grupo masculino, que depois, no tempo do Bispo d. Ângelo Frosi,
 trocou para feminino. Vide fotos abaixo

 A grande mentora da Espiritualidade da Unidade, Chiara Lubich. abaixo,
e suas primeiras companheiras, que também trouxeram essa nova espiritualidade
para o Brasil, Pará e Abaetetuba.

Ainda Rai Cardoso e o Movimento dos Focolares
Os esforços de Rai Cardoso e primeiros companheiros, junto ao Movimento Gen, começou através do seu encontro com os membros  do Centro Zonal do Movimento dos Focolares de  Belém, que começaram a vir para Abaetetuba lá pelo distantes anos de 1968 e 1969, sob a coordenação do focolarino Heleno e sua comitiva, que foram recepcionados justamente pelo Padre Diego e Rai Cardoso. Também o setor feminino do Focolares em Belém, através de sua responsável e focolarina Inês e outras focolarinas, iniciaram suas vindas à Abaetetuba, fato que enriqueceu na constituição de uma animada comunidade de jovens em Abaetetuba, com o nome GEN-Geração Nova, tendo Rai como um de seus primeiros membros e dirigente do setor masculino dessa obra e Jandira e Edilena como responsáveis pelo setor feminino. Hoje, em 01/2018, Rai ainda faz parte do Focolares em Abaetetuba, como membro do grupo dos “Voluntários de Deus
Rai Cardoso ajudava o Pe. Diego na catequese dos jovens católicos, ao mesmo tempo que organizava seu grupo dos Focolares. Pode-se dizer, então, que foi através de Rai Cardoso e seus antigos companheiros de grupo e do antigo setor feminino da “Obra de Maria” (nome oficial do Focolares junto ao Vaticano), que o mesmo Movimento dos Focolares surgiu e cresceu em Abaetetuba e, com a vinda constante dos focolarinos e, posteriormente, das  focolarinas, onde Abaetetuba foi crescendo na vivência da Espiritualidade da Unidade, nos encontros da Palavra de Vida  no município, e encontros em Belém, que arrastou muitos jovens, na experiência comunitária da vivência da vocação focolarina. Se contarmos o ano de 1968 como o início dos Focolares em Abaetetuba, (data bem próxima da chegada dos Focolarinos em Belém) estamos perto dos 50  anos da presença do Movimento dos Focolares em nossas terras de Abaetetuba, incluindo alguns municípios vizinhos ao nosso. Por conta de suas atividades como católico e do Movimento Gen, e do posterior Grupo dos Voluntários de Deus, dos setores masculino e feminino, podemos afirmar que muitos jovens, adultos e casais foram arrastados para o  seio da Igreja, e do Movimento dos Focolares, do ambientalismo e até para as vocações sacerdotais e focolarinas, graças também aos empenhos  de Rai Cardoso, sua esposa Edilena e seus antigos membros de então. E Rai Cardoso, também vai completar em breve os seus 50 anos na vivência da Espiritualidade da Unidade, pensamos que esse fato é significativo e deve ser comemorado à altura da fidelidade de Rai e outros seus antigos companheiros no seio da Igreja Católica e aos “Ideais Focolarinos”.

Obras em miriti de Rai Cardoso sempre fiel na
tarefa artística das motivações e lendas amazônicas

 Cobra grande, saci estilizado, imagens de santos e
um Cristo Crucificado e Abandonado em miriti

. Rai Cardoso, como CRISTÃO CATÓLICO praticante, fiel cumpridor das normas católicas e membro co-fundador do MOVIMENTO DOS FOCOLARES, este Movimento com quase 50  anos em Abaetetuba, entidade católica internacional que também abrange e está aberto a outras confissões e filosofias de vida em fraternidade, fundada por Chiara Lubich em 1943, que procura desenvolver o “Ideal da Unidade” no mundo inteiro e com ramificação em todos os segmentos da sociedade, na clarificação desses ambientes. E Rai Cardoso trabalha, junto com seus amigos do Movimento em favor desse ideal de Vida, que procura sempre ver no próximo um irmão que precisa ser amado, conforme a essência de Deus como Amor e se espelhando no Amor concreto de Jesus, que nos diz sempre: “Amai-vos uns aos outros, conforme Eu vos amei”, conforme a máxima cristã: Amor com Amor se paga, isto é, se Deus nos amou ao ponto de, por Amor, ter dado seu Filho para a Redenção do mundo, nós devemos pagar o Amor de Deus com o amor ao próximo, onde se encontra outro Jesus, especialmente nos pobres e marginalizados do: “Tive fome, tive sede, estava nu, estava preso, estava doente, etc”. Com essa visão, Rai procurava desenvolver algumas atividades no social, como: visita sistemática aos presos da cadeia pública de Abaetetuba, acolhendo, aconselhado, distribuindo a Palavra de Deus e cortando gratuitamente o cabelo dos presos dessa cadeia. E, conforme o Ideal de Unidade de Chiara, Rai procura viver a “Arte de Amar” em seus ambientes de trabalho, casa e em todas as situações em que estava envolvido, como: Amar a todos, Amar Sempre, Ser o primeiro a amar (não esperando a iniciativa do outro), Amar os inimigos; Fazer-se Um (nas alegrias e sofrimentos do próximo).
Quem pensar, com tudo o que falamos de Rai e companheiros, que eles já são santos em vida, dizemos que sim e não, mas estão em constante busca da santidade, em meio às dificuldades e fraquezas humanas, que são inerentes ao ser humano, enquanto estiver nesta dimensão terrena. A dialética da santidade consiste em amar sempre, porque quem pratica um ato de amor já é santo naquele momento e, nas inevitáveis quedas e erros, não se deixar levar pelas fraquezas (como diz a B[iblia: o homem velho em contraposição ao Homem Novo) e levantar logo do fracasso e recomeçar com maior empenho na Arte de Amar. E quem quiser ouvir o testemunho que aqui apresentamos do Rai Cardoso, pode se dirigir a ele que o mesmo não se furtará a dar seu testemunho de cristão e cidadão, não para mostrar “orgulho espiritual e de sabedoria”, mas mostrar seu testemunho para dizer que amar com o Amor que vem de Deus, é possível a todos. Rai também possui memória privilegiada e é depositário de parte da memória histórica, ambiental e cultural de Abaetetuba e é um dos informantes do Blog do  Ademir Rocha.
O autor do Blog, Ademir Rocha e outros, como antigo amigo e companheiro de muitas lutas de Rai  em vários segmentos de ações, conforme especificados acima, pode, a partir da longa amizade com Rai e família, fazer um pequeno apanhado de algumas atividades desempenhadas por ele e companheiros, e mostrar que, o que move as ações de Rai, é muito mais que simples ativismo, mas na visão que ele absorveu da Espiritualidade da Unidade – Movimento dos Focolares, vinculado à Igreja Católica, do qual é um dos co-fundadores em terras de Abaetetuba no ano de 1968, em espiritualidade que também, através de Abaetetuba, se espalhou por outras cidades vizinhas como Moju, Barcarena e Igarapé-Miri, tendo Rai e esposa contribuído nessa difusão.
Eis algumas facetas e atividades de Rai Cardoso no decorrer de sua vida:
Rai Cardoso, como Gari, função que ele assumiu logo que veio do meio rural para a cidade de Abaetetuba, contribuindo na limpeza pública da cidade e, para o Rai Cardoso, ter exercido essa função, não foi e não é demérito algum, pois sempre que conta suas experiências no seio da Igreja Católica e do Movimento dos Focolares, ele enfatiza esse aspecto de sua vida profissional e com muito orgulho.
Rai Cardoso, como ex-funcionário da CELPA-Centrais Elétricas do Pará, na sua juventude, exercia sua atividade já com a visão de que o trabalho é como uma oração, que devia ser desempenhado com solenidade e na dimensão de que tudo deve ser bem feito, com tensão à Unidade e à Santidade e dentro dos parâmetros éticos e morais da espiritualidade cristã, conforme documentos sociais da Igreja Católica sobre o trabalho e economia e na vivência da Espiritualidade da Unidade, do Movimento dos Focolares.
Rai Cardoso, como ex-funcionário da SAGRI-Secretaria de Agricultura do Pará, no município de Abaetetuba, procedia conforme acima e já também com a visão de ambientalista, que ele trouxe dos anos que morou na localidade Ypixuna e no Miritizal, às margens do Igarapé Ypixuna, em Abaetetuba/Pa, onde aprendeu com o seu amado Pai Jofre,  alguns segredos da Natureza e muitos aspectos da flora e dá fauna, que entende como ninguém e com a visão espiritual-cristã especificada no item abaixo do Ambientalismo.
Rai Cardoso, como CABELEREIRO, já trouxe essa profissão como algo inato em sua vida, atividade aprofundada conforme sua visão espiritual-cristã, que deveria exercer bem essa atividade como amor e serviço ao irmão. E aí está a razão pela qual viajou várias vezes para São Paulo/SP, para fazer inúmeros cursos relacionados a essa atividade, conforme nos mostram os inúmeros certificados que possui em seu salão de cabeleireiro. Nessa profissão Rai Cardoso também emprega a visão cristã de que toda a pessoa deve ser amada, conforme Deus nos ama e, logo, cada cliente, deve ser como um irmão, um próximo, que deve receber toda atenção e relevância de Filho de Deus e, portanto, uma pessoa que está ali para ser amado, como em um verdadeiro serviço de apostolado no “Fazer aos outros aquilo de bom que gostaria que fosse feito a você”. Ray hoje possui renome na profissão de cabeleireiro, do qual nunca se afastou, mesmo quando ocupou recente função pública, como Secretário Municipal do Meio Ambiente, em Abaetetuba.

O Ambientalistas Rai Cardoso, um protetor do Meio Ambiente
A Natureza como Dom de Deus, em concepção da Igreja e Movimento Focolarino
Rai Cardoso, como AMBIENTALISTA, paixão que, conforme dito acima, trouxe dos anos em que morava no seio da mata, no meio das espécies da flora e fauna amazônica, cercado de rios, igarapés e campos minerais de areias e outros aspectos naturais, que ele conhece como ninguém. Rai Cardoso, ainda garotinho, gostava de se embrenhar pelas matas, correr e brincar em meio das árvores e rios de sua localidade, na área do Igarapé Ypixuna e seus arredores. Aprendeu com seu pai, a quem amava e dedicava muita atenção, a conhecer os segredos da Natureza, o nome das espécies animais e vegetais e os métodos de criação de animais e plantio de árvores, conforme veremos mais adiante. Por essa sua faceta de ambientalista, Rai Cardoso foi reconhecido e agraciado com inúmeros prêmios, reportagens de jornais e revistas e participação em eventos locais, regionais, nacionais e até internacionais, como foi o caso de sua viagem aos EUA em passado não muito distante.
Com o reforço da visão da Espiritualidade da Unidade sobre a Criação de Deus, Rai entendeu que tudo o que existe na Natureza é fruto dessa Obra Criadora de Deus e se tudo veio de Deus, em tudo está o seu Amor, pois, Deus é Amor e tudo o que Ele criou, criou por Amor e no Amor, conforme nos diz as Escrituras Sagradas no capítulo da Criação do Mundo. E com essa visão de que Deus criou os animais, os vegetais, a água, o vento, enfim, toda a Natureza, e também criou o Mundo, o Universo, e que tudo foi criado em verdadeiro Equilíbrio e Harmonia, e que nada existe por acaso na Natureza, no Mundo e no Cosmos, pois Deus também é Harmonia, conforme nos mostra a Trindade de Deus, em Pai, Filho e Espírito Santo, que convivem em perfeita Harmonia, como o Uno de Deus, e que, portanto, toda Obra Criadora de Deus, inclusive o homem, saiu do Seio da Trindade de Deus, e que, um dia, tudo deve retornar ao seio da mesma Trindade, devidamente transformado e sem a mácula do pecado, que ora  assola a nossa vida e a Natureza.
O pecado do homem adquire toda forma de violência, inclusive contra a Natureza, conforme nos diz as Sagradas Escrituras: “A Natureza chora e geme as dores do parto”, que quer nos dizer que a Natureza sofre a ação do pecado do homem quando este pratica o desmatamento irracional, extingue as espécies animais e vegetais, polui e contamina os rios, ar e solos, destrói irracionalmente os recursos naturais e os meios ambientes de milhares de seres vivos, enfim, quando agride e destrói a Natureza.
E a Natureza, atingida pelas ações irracionais do homem, se volta contra o próprio homem, conforme se nota pelo aquecimento global, que provoca o desequilíbrio dos elementos naturais e esse desequilíbrio desencadeia uma série de catástrofes naturais e agora desproporcionais, em relação aos desastres do passado, como os vulcões fora dos parâmetros de liberação de energia e emissão de larvas; maremotos, terremotos, temporais,  acompanhados de chuvas torrenciais e devastadoras, deslizamentos de terras e morros, que atualmente estão acontecendo em muitos pontos do Planeta Terra, com muita destruição e mortes; derretimentos de neve e geleiras que antes eram eternas, de modo incomum e com a conseqüente quebra daquele equilíbrio do meio ambiente e que resulta em elevação dos níveis das águas oceânicas, que também provocará efeitos devastadores nas cidades costeiras do Planeta; e tantos outros efeitos, fruto do desequilíbrio da Natureza, que Deus criou para existir em perfeita harmonia consigo e com o homem, onde este deveria atuar dentro das normas da racionalidade, conforme nos diz as Sagradas Escrituras, com o “Dominai os seres terrestres” no bom sentido, nas naturais ações de sobrevivência do homem no uso dos limitados recursos naturais do Planeta. E não é culpa de Deus os desequilíbrios que estão acontecendo mundo afora, como alguns apregoam, e sim as ações do homem, movidas pelas suas desmedidas ambições. É na visão espiritual-cristã da Criação do Mundo do Equilíbrio e Harmonia, que Rai Cardoso e seus amigos dos Focolares acreditam e,  baseado nisso é que foi criada a entidade MECA-Movimento Ecológico e Cultural de Abaetetuba, ONG que surgiu para lutar a favor de um bom Meio Ambiente em todas as suas formas e em favor da cultura, também em todas as suas formas, e do homem em todas as suas necessidades sociais, comunitárias e econômicas, conforme abaixo especificado.
Tudo isso era visto, analisado e discutidos semanalmente nas reuniões do Movimento Gen e, posteriormente, no grupo dos “Voluntários de Deus” em Abaetetuba e Belém e nas reuniões do Movimento Ecológico, este fundado por Rai Cardoso e antigos companheiros ambientalistas.

MOVIMENTO ECOLÓGICO E CULTURAL DE ABAETETUBA/MECA
Com essa visão sobre o Meio Ambiente, Rai, junto com outros amigos, foi fundador do MECA-Movimento Ecológico e Cultural de Abaetetuba, onde exerceu sua presidência por longos anos e com muitas ações desenvolvidas em Abaetetuba e municípios vizinhos (vide abaixo algumas dessas ações). O “cultural” ao lado do “ecológico” se deve aos argumentos de que, não só o Meio Ambiente, como também a Cultura, deveriam merecer a atenção da ONG criada, porque aquilo que deveria resultar das ações do movimento ambiental, também, um dia, se transformaria em algo cultural e a própria cultura já existente, especialmente no meio ribeirinho e rural, deveria merecer atenção para a sua preservação, como a cultura da pesca, do artesanato, da culinária, da música, das danças e artes que estão paulatinamente desaparecendo do meio cultural de Abaetetuba e região .

Algumas Ações e Atividades Desenvolvidas Pelo MECA, Tendo Rai Cardoso e Ari Lobato na Direção:
PARTICIPAÇÃO de Rai e dos membros do MECA em inúmeros Encontros, Eventos, Debates sobre Educação, Cultura, Cidadania, Meio Ambiente, Qualidade de Vida, Segurança e tantos outros assuntos de interesse da população.
Ações em PARCERIAS ou COVÊNIOS em inúmeras ações e eventos com a Prefeitura Municipal, Secretaria da Agricultura do Pará-SAGRI, FASE, UFPA, entidades filantrópicas (Lyons, Rotary, etc), Judiciário, Igrejas, Legislativo, Grupos Ecológicos locais e Nacionais, Museu Emílio Goeldi, FUNVERDE e tantas outras entidades.
. Criação de Rai e companheiros de Viveiros de mudas de várias espécies de plantas em extinção ou vias de extinção.
EXCURSÕES á inúmeras localidades, tanto pela destruição dos variados ecossistemas, como:
. No RECONHECIMENTO de Áreas Para Preservação Cultural, estas até então em estado selvagem.
VISITAS à Cachoeira do Rio Abaeté (em situação de degradação ambiental pela retirada das pedras para a construção civil); visita ao Túnel vegetal do Rio Camotim e de outros igarapés e furos de Abaetetuba (em estado de degradação ambiental); visita ao Poço da Moça Bonita (ainda intato na década de 1990 e hoje já degradado); visitas aos Bosques ribeirinhos e de terra firme na Vila de Beja (hoje invadidos por “sem terras” e já degradados; visitas às Praias de Beja e do Guajará, onde a de Beja já estava totalmente habitada, degradada e contaminada por lixo e coliformes fecais e a de Guajará, era preservada pelos próprios ribeirinhos, que é fato raro); visitas aos Campos Naturais de Abaetetuba (já totalmente degradados pela retirada de areia para a construção civil e industrial, sem as devidas preocupações ambientais - vide mapa de Abaetetuba no Google, na visão do satélite, para constatar essa destruição); e tantas outras visitas.

AÇÕES do MECA com Rai Cardoso e Ari Lobato e Companheiros junto à Promotoria Pública local, para solucionar questões:
• Ações Fundiárias contra os que estavam prejudicando o livre acesso de colonos de diversas localidades, em pontos que também estavam sofrendo altas agressões de parte dos “pseudo-donos dessas terras”.
• Ações contra a Poluição em geral de Abaetetuba: Sonora, Visual, Trânsito constantemente congestionado e sem controle.
• Ações contra a Poluição e construções inadequadas na orla marítima da Praia de Beja.
• Ações contra a Extração de piçarra em agressão ambiental no Ramal das Andorinhas e conseqüente obstrução desse ramal no deslocamento de seus moradores.
• Denúncias nas áreas da Saúde e Saneamento de ruas e feiras com alto de contaminações.
• Ações contra o Lixão da cidade que estava contaminando e degradando solos, rios e sua mudança para local mais adequado do município;
• Ações contra o Matadouro Municipal, situado em local inadequado e com alto índice de contaminação, poluição e fedentina constante e atraindo variados tipos de animais transmissores de doenças variadas e cobras.

Continuação das Atividades do MECA:
VISITAS a inúmeras comunidades e escolas de Abaetetuba em eventos culturais e ecológicos e para as conscientizações ambientais e participação com palestras e mostras de cunho ecológico em feiras e eventos variados.
. Atividades de PLANTIO E REPLANTIO de árvores da flora local em terrenos de escolas, órgãos, entidades e ruas de Abaetetuba. Algumas ruas com plantio ou replantio: Rua 7 de Setembro (cujas árvores já crescidas foram destruídas pela ação de vândalos e descaso das autoridades); Rua Barão do Rio Branco (onde algumas árvores ainda existem até os dias atuais- trecho que vai da Av 15 de Agosto até a Av. Pedro Rodrigues); Praça Francisco de Azevedo Monteiro (onde sobreviveram algumas árvores); Praça de Nossa S. da Conceição (onde várias árvores foram plantadas e duas dessas, que são as grandes sumaumeiras, que servirão para que Abaetetuba sempre se lembre de Rai e do saudoso Ari Lobato); terreno do prédio do Hospital de Santa Rosa, da Fundação SESP de Abaetetuba (onde foram plantadas várias espécies, inclusive as grandes sumaumeiras que ali ainda se encontram); Avenida Pedro Rodrigues (com muitas árvores plantadas); Av. D. Pedro II e Rodovia Dr. João Miranda (com muitas plantas que ainda estão ali crescendo);
PASSEIOS DE LAZER com os membros do MECA, simpatizantes das causas ecológicas e familiares dos membros da ONG a lugares turísticos do município;
DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS DE PLANTAS em CONVÊNIOS com vários órgãos do Estado do Pará e com a ONG do grande ambientalista do Pará, Dr Camilo Viana e Prefeitura de Abaetetuba.
MANIFESTAÇÕES em datas cívicas, sociais ou do calendário ecológico e cultural para mostrar a importância da preservação ambiental e as mazelas da poluição, contaminação, desmatamentos, valor das espécies e elementos da Natureza.
DIFUSÃO das ações do MECA na imprensa local e nacional e difusão dos princípios da ONG em outros municípios vizinhos que desejavam criar ONGs semelhantes como MOJU e outras cidades.
O autor do Blog do Ademir Rocha já plantou muitas árvores no município de Abaetetuba e hoje, com muita pena, vê que nossos gestores não se preocupam com esse aspecto do urbanismo de nossa cidade. Mas o Rai Cardoso continua a plantar as suas árvores no seu 'Sítio Radini' ou “Pomar de Abaeté”, conforme definiu uma reportagem em uma revista de Belém, em plantio através de seus convidados, que são levados para o hoje chamado 'Pomar de Abaeté" para plantar algumas árvores frutíferas exóticas e outras em fase de extinção (vide fotos). O mesmo convidou o autor do Blog, Ademir Rocha e o seu antigo amigos dos tempos do trabalho na antiga Celpa, Sr. Miguel Alves, para que os mesmos fossem plantar suas espécies de árvores no referido sítio. O “Sítio Radini” ou Pomar de Abaeté, como foi definido em uma reportagem de revista, foi criado na década de 1980, que corresponde a uma área de 34 hectares na Zona Rural de Abaetetuba, onde foram plantadas diversas espécies de árvores frutíferas típicas de nossa região e outras árvores em risco iminente de extinção, sítio que hoje serve espaço de lazer e pesquisas, visitas dos amantes do meio ambiente amazônico. Muitas personalidades do Pará já estiveram nesse sítio, e plantaram mudas como um ato de solidariedade à preservação da floresta, entre elas: o Arcebispo Emérito de Belém, Dom Vicente Zico (in memória); a atriz Dira Paes; o cantor Nilson Chaves; o violonista Salomão Habib e muitas outras personalidades e gente simples do povo.

O “Sítio Radini” ou o agora também chamado “Pomar de Abaeté”
Pela visão de Rai Cardoso de que o Meio Ambiente é um Dom de Deus e que precisa ser preservado, e como ele veio de uma comunidade rural e como também herdou um grande terreno com vegetação secundária, ele iniciou o plantio de árvores frutíferas da Amazônia, onde atualmente já possui mais de 150 espécies plantadas, junto com a vegetação nativa restante do lugar. Cada pessoa de renome nas artes, cultura, ambientalismo, religião, política que visitava Abaetetuba, em todos esses anos de atividades em favor do Meio Ambiente, Rai convidava para plantar uma espécie de árvore frutífera, ou espécie exótica ou em vias de extinção e são dezenas de nomes espalhados nas plaquetas desse tipo de Parque Botânico. Por conta dessa atividade, o Sítio Radini (nome oficial do sítio do Rai), teve implantado, através da ajuda de funcionários do Museu Goeldi, de Belém, um pequeno acervo de insetos e outros pequenos animais desse terreno. 
Veja as fotos de um plantio e do 'Pomar de Abaeté' com os
familiares do Sr. Miguel Alves, este de origem
cametaense e memória viva da cultura de seu
município de origem.
O plantio de mudas segue todo um cerimonial


A família do Sr. Miguel Alves a caminho no plantio no “Pomar de Abaeté”

 O Sr. Miguel Alves plantando a sua muda, com tudo já
organizado: cova, terra adubada, plaqueta de identificação
da espécie frutífera

 O autor do Blog do Ademir Rocha plantando a sua
muda de ginja
 Muda em desenvolvimento e o 'Pomar de Abaeté"

 Uma espécie exótica de fruta no "Pomar de Abaeté"

Além de ser um horto, o Sítio Radini, hoje Pomar de Abaeté, se constitui
num aprazível lugar de lazer, onde desde os seus primeiros tempos, na década
de 1980, famílias inteiras, grupos variados de pessoas e até religiosos em
"retiro" e encontros dos Focolares, que usavam o local para esses fins.
Rai Cardoso com renome no meio ambiental
E Rai Cardoso, por conta de suas atividades no Meio Ambiente, já foi agraciado e homenageado por várias entidades do Pará e Brasil. Pelo Museu Goeldi, o parque botânico de Rai Cardoso, foi anexado simbolicamente ao mesmo Museu Goeldi, e que agora o Horto de Plantas Frutíferas da Amazônia, do Sítio Radini, faz parte oficialmente da Rede Botânica Brasileira, desde 2012. E Rai Cardoso já foi por dois anos consecutivos, 2012 e 2013, homenageado pelo mesmo Museu como um dos destaques do Meio Ambiente do Pará.

A Radio Educadora Conceição
Na foto acima temos o nosso Ex-Bispo Diocesano D. Flávio
Giovenale, o deputado federal Nicias Ribeiro e no meio
Rai Cardoso e atrás de Rai, o saudoso Ari Lobato, na
entrega dos documentos de concessão da Rádio Educativa
para a Diocese de Abaetetuba
. Rai Cardoso e Ari Lobato e antigos companheiros foram ativos defensores na criação da RÁDIO EDUCADORA em Abaetetuba, que foi luta do Movimento Ecológico e Cultural de Abaetetuba-MECA a partir de 1992, rádio que serviria para programas educativos e culturais, conscientização ecológica e cultural, serviços às comunidades, momentos de entretenimentos educativos e culturais, conscientização cristã e outras finalidades, e tudo a favor da população local e região. A luta pela criação da rádio foi renhida e demorada, com a elaboração de projetos completos e complexos, com exigências variadas para a criação e estruturação dessa  rádio, e assinaturas e mais assinaturas de uma grande  quantidade de papelada burocrática,  de vários Ministérios (eram cinco que na época exigiam papelada burocrática) e com apoio de simpatizantes do MECA moradores em Brasília, para o andamento do pleito e solução de questões de ordem burocrática, assinaturas de papeladas em Brasília, contatos, etc. O certo é que tudo ficou pronto para a cessão do “canal de rádio” para Abaetetuba, porém faltava uma única assinatura, que dependia do Ministro das Telecomunicações da época. E, com tudo já resolvido em termos de documentação, duas outras barreiras se apresentavam: força política de apoio ao projeto de alguma entidade respeitada e de políticos influentes e verbas para viabilização da rádio em termos práticos, isto é, a compra de materiais e equipamentos para também viabilizar na prática a implantação da rádio.
Nesse ponto o MECA, através de seus membros, procurou a adesão da Diocese de Abaetetuba, através do Bispo D. Flávio Giovenale, do pároco da Igreja de Nossa S. da Conceição da época, Pe. João Alves e da Pastoral da Comunicação-PASCOM, em aliança com o MECA e as lideranças e comunidades católicas(S. José, Cristo Redentor e outras), Clube de Ciência, Ordem Franciscana Secular (tendo à frente o advogado Dr. Antonio Benedito Quaresma), AIPAMA e outras pessoase entidades interessadas, cujos nomes constam das atas e anotações da época, aliança que resultou na formação da Fundação Nossa S. da Conceição, que deveria ser a entidade a gerir as últimas negociações da cessão do canal de rádio, a aquisição dos materiais e equipamentos radiofônicos e gerir, no futuro, o funcionamento da própria rádio. Com força e união desse grupo em 28/11/2002, através da Portaria nº 2.645, do Ministro das Comunicações, o Sr. Juarez Quadros do Nascimento, outorgou à Fundação Nossa S. da Conceição, para realizar os serviços de radiodifusão sonora em freqüência modulada em Abaetetuba, fato efetivado em 5/7/2004, através do então Deputado Federal Nicias Ribeiro, que nessa data entregou o documento final da outorga do canal de rádio para Abaetetuba, que passaria a denominar-se “Rádio Conceição”, que até os dias atuais funciona normalmente em favor do povo abaetetubense e sua região. Ao tempo em que se ultimavam a cessão do canal de rádio, a Diocese, através do Bispo D. Flávio Giovenale e pároco João Alves, conseguiram, antes mesmo da cessão do canal de rádio, a cessão de um canal de TV,  repetidora da Fundação Nazaré de Comunicação, da Arquidiocese de Belém, que também é gerida pela Fundação Nossa S. da Conceição, com o nome de TV Conceição. Nos dias atuais de 01/2018 o Rai Cardoso, tem um horário na referida Radio Educativa Conceição FM 106.1, onde enfatiza a questão ambiental e questões culturais, junto às comunidades locais e da Região.

Rai Cardoso, como POLÍTICO, opção que ele tomou, tendo em vista a criação do Diretório Municipal do Partido Verde, em Abaetetuba, com a visão política de que eram muitas as necessidades do povo e que nas ações políticas faltava uma visão de amor ao próximo e que nessas ações as pessoas só pensavam em si mesmas e que essas ações poderiam mudar, se nelas existisse a união e o amor, em verdadeiros serviços prestados à comunidade. Além do mais, Rai e companheiros do grupo de amigos do Movimento dos Focolares e da Igreja Católica, já vinham discutindo há muito tempo as questões sociais através dos “Documentos Sociais da Igreja”, que tratam dessas questões e que, à frente das ações políticas do mundo,  deveriam estar pessoas preparadas, para assim desenvolver essas ações, inclusive na participação política partidária. E o ideal da Unidade incentivava o engajamento dos membros do Movimento dos Focolares nas questões políticas, inclusive ocupando cargos públicos.
Com essa visão Ray Cardoso se engajou na política, através do Partido Verde e se candidatou em alguns pleitos eleitorais, não conseguindo se eleger, devido usar de metodologias de campanhas diferente das usuais em Abaetetuba. Mas ele ficava contente assim mesmo e continuava seu engajamento político-partidário, pensando em ultrapassar as barreiras das divisões partidárias e usar a Fraternidade na política e a serviço do bem comum, conforme as diretrizes do recém criado Movimento Político pela Unidade, fundado por Chiara Lubich e de grande sucesso no mundo e até no Brasil. Rai acreditava e ainda acredita no valor do homem, conforme aprendeu através da frase evangélica “O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus”, porém a semelhança com Deus é quando o outro está no Amor de Deus e quando se desvia desse caminho, vêm as inevitáveis falhas humanas, e no caso de Rai as mazelas políticas do meio onde tentava viver a Fraternidade como modelo político, se tornaram barreiras para que ele pudesse implementar as suas tão sonhadas ações de meio ambiente, que se fazem urgentes e necessárias em Abaetetuba. Porém Ray não se desfez de seus sonhos ambientalistas e do bem comum político e continuará lutando, com seus atuais meios, para a implantação dos ideais do “Movimento Político Pela Unidade”, como abaixo:
Visão Espiritual-Cristã da política do bem comum e guiado pelo Ideal da Unidade de Chiara Lubich, através do Movimento Político Pela Unidade, que deve se constituir um laboratório de políticos e cidadãos, em cada município, estado ou país, para perceber as vicissitudes sociais e de infra-estrutura das localidades, que na posse dos cargos políticos, devem atuar a fraternidade como categoria política, junto com políticos de outras tendências, que almejam também o serviço do bem comum, criando bons relacionamentos, ultrapassando barreiras e divisões de partido em todo o mundo.
Rai sabe que essa visão política existe e está dando bons resultados no mundo inteiro, inclusive em muitos estados e cidades brasileiras, e só pedimos a ele que não desanime e conte sempre com o apoio de seus antigos e fiéis amigos do Movimento dos Focolares.

O Multi-artista Rai Cardoso
Abaixo temos o grupo "Olhar Fotográfico" ao "Pomar de Abaeté",
com Rai Cardoso e com serviços de reportagem e fotográficos no dito pomar

 Acima uma das fotos do grupo Olhar Fotográfico em
arte de alto relevo em madeira: Colono colhendo produtos
de roçados com árvores cercando o colono.
. Rai Cardoso, como MULTI-ARTISTA, através de desenhos, esculturas, alto relevo, artesanato variado em madeira, cipós, cimento e miriti, artes plásticas, cujo talento já criou centenas de pequenas e grandes peças, entalhadas ou criadas e montadas pela sua visão artística, que já circulam em igrejas, entidades de Abaetetuba, estados brasileiros e alguns países do mundo, através de peças entregues como brindes de Abaetetuba a personalidades nacionais e internacionais. E qualquer Mostra de Artes que se faça em Abaetetuba, não pode prescindir das peças da criatividade de Rai Cardoso. A sua visão artística também é inata e que foi desenvolvida através da visão Espiritual-Cristã que diz: Deus é Amor, Justiça, Paz, mas que também é Beleza e Harmonia e tantos outros atributos. E se Deus é Beleza, essa beleza deve transparecer das mãos dos artistas cristãos em verdadeiras obras que também devem transmitir a Beleza de Deus na forma de músicas, danças, pinturas e esculturas belas e harmoniosas, que possam levar as pessoas àquela sensação de Beleza, Paz e Harmonia de Deus, e que são repassados ao homem através de dons maravilhosos, não só da música e dança, como de outras formas artísticas como: a pintura, a escultura, o artesanato, a poesia, o canto e tantas formas em que o homem pode manifestar a Beleza e a Harmonia que vêm de Deus. Todas essas questões também perpassaram pelas reuniões e encontros dos membros do Movimento dos Focolares, em Abaetetuba, tudo feito com a devida unidade entre seus membros e também no Movimento Ecológico.
Abaixo o Curupira, das lendas amazônicas, em trabalho
de miriti
 A imagem de Nossa S. da Conceição, Padroeira de Abaetetuba,
esculpida em madeira

Rai Cardoso, em sua arte, procura retratar a cultura geral de Abaetetuba, especialmente a cultura religiosa e a rural. Rai não desperdiça peças em madeira, troncos e raízes retorcidas, cipós, madeiras e varas de miriti e outros materiais, que quando os vê, logo imagina a forma que esses materiais vão tomar, em figuras variadas de animais, humanas, cenas do cotidiano e não só nas figuras comuns, mas também estilizadas.

Algumas peças da arte de Rai Cardoso: 
Na ESCULTURA:
Imagens esculpidas em madeira e tamanho natural:
. Imagem de Nossa S. de Nazaré, de Barcarena
Vide mais acima a imagem de Nossa Senhora da Conceição
. Imagem de Nossa Sda Conceição (réplica da imagem peregrina dessa Santa, guardada na casa desse artista e que já a disponibizou à Paróquia da Conceição para que pudesse ser utilizada nas celebrações e festejos da Padroeira de Abaetetuba).
Acima foto da imagem de Nossa S. da Conceição,
Padroeira de Abaetetuba, esculpida em madeira
por Rai Cardoso
. Imagem de Nossa Sde Guadalupe;
Figura em madeira de Lampião, o Rei do Cangaço;
Grandes quadros esculpidos em alto relevo em madeira mostrando paisagens, atividades culturais locais, do cotidiano rural (Casa de Farinha, trabalho com tipiti, Aturá, árvores e palmeiras estilizadas) e portas e janelas trabalhadas em alto relevo em madeira;
Várias obras em concreto, como o famoso “Plantador de Cana Verde” (em concreto estilizado-vide figura acima e comentários abaixo).

Obras em Concreto:
Abaixo temos a 1ª escultura em concreto de Rai Cardoso,
misteriosamente desaparecida das margens do Rio Maratauíra
frente da cidade, onde estava assentada, denominada "Plantador 
de cana verde"

O Plantador de Cana-Verde:
Sobre o Monumento do “Plantador de Cana-Verde”, obra em concreto criada por Rai Cardoso na década de 1990, para homenagear o “Ciclo Canavieiro de Abaetetuba”, para lembrar os trabalhadores braçais dos canaviais de Abaetetuba e sua região, os quais, com o seu trabalho, contribuíram para a cultura dos ‘engenhos de açúcar e cachaça, os quais tiveram destaque na história econômica de Abaetetuba e Igarapé-Miri. Essa obra em concreto, que foi colocada à beira-rio, em frente da cidade de Abaetetuba, às margens do Rio Maratauíra, que apresentava um homem com um feixe de cana na cabeça, cujo formato com a parte interna vazada, e que pelo alvorecer e no pôr-do-sol, criava um efeito belíssimo, junto com as luzes do nascente e poente. Essa peça, ficou conhecidíssima, que foi registrada duas vezes em reportagens de jornais, que falavam de Abaetetuba, a primeira vez em 2002 na revista ‘Ver-o-Pará’ e a segunda em 2016 na revista ‘PZZ’, sabe-se lá e por que razões foi retirada do local em que estava e, desde aí, desapareceu sem nenhuma explicação plausível de parte dos administradores de então do município de Abaetetuba.
Como esse antigo Monumento do Plantador de Cana-Verde, que era a peça artística mais representativa do Ciclo Canavieiro de Abaetetuba, desaparecida misteriosamente, com grande prejuízo para as artes e história do ciclo canavieiro de Abaetetuba. Os então inconformados com esse desaparecimento, o Coordenador do Campus Universário de Abaetetuba (2013), junto com seus pares da mesma entidade, e por estudantes, que procuram resgatar a História-Memória de Abaetetuba e, em especial a História-Memória do Ciclo Canavieiro de Abaetetuba, convidaram o multi-artista Rai Cardoso para executar outra obra em concreto, que pudesse resgatar essa importante parte de nossa Cultura, peça a ser montada em uma Praça que está sendo implantada nesse importante Campus. Rai não se fez de rogado e executou outro importante Monumento do Plantador de Cana-Verde, que foi solenemente inaugurado em 04/04/2013, com a presença de convidados especiais, TV Record, Professor e escritor Jorge Machado, Professor Garibaldi Parente, demais professores, alunos e tantos outros convidados para essa inauguração. Foram momentos de palestras, poesias e valiosas informações partidas de Jorge Machado e outros convidados desse verdadeiro Ato Cultural.  Esse novo monumento, no nascente e no poente, ou outras quaisquer horas do dia e da noite, causa os belos efeitos visuais do anterior, ou até mais expressivos que aquele. Um novo monumento foi encomendado pelo Coordenador do Campus, e na imaginação do artista Rai Cardoso, será um monumento com 3 varas de cana entrecortados, sustentando uma fraqueira (garrafão) de 15 litros, isto é, o maior dos antigos garrafões, e esse garrafão jorrando "pinga", para também ser implantado no Campus, como parte da História-Memória do Ciclo Canavieiro de Abaeteuba. O belo verso abaixo, publicado pelo cantor e poeta Adenaldo Santos Cardoso, na página Xarão Cultural, poesia do poeta João de Jesus Paes Loureiro, foi recitada no dia da inauguração do novo Monumento ao Plantador de Cana Verde, obra de Rai Cardoso.
Adenaldo Santos Cardoso, publicou a poesia do poeta conterrâneo J. J. Paes Loureiro
CANTO ANGUSTIADO AOS PLANTADORES DE CANA
Autoria: João de Jesus Paes Loureiro.
Plantador de Cana Verde,
das terras de Abaetetuba,
por que só tu quem trabalha,
por que teu filho não estuda?
Plantador de cana verde,
das terras de Abaetetuba.

Teus braços plantam doçuras,
colhem braçadas de dor,
o sol que te cresta a pele,
doura a praia do senhor.
Teus braços colhem doçuras,
colhem braçadas de dor.

Tuas mãos acendem esperanças
de um certo verde esplendor.
É um verde mar que propagas,
um doce mar plantador.
Tuas mãos acendem esperanças
de um certo verde esplendor.

Não vês, porém, que esta cana
é cano cruel que aponta
o lucro do teu patrão
para o teu lar que não janta?
Não vês. porém, que esta cana
é cano cruel que aponta?
Acaso foste a uma escola
que teu patrão te mandasse?
Acaso teu filho estuda
na escola que não estudaste?
Acaso foste a uma escola
que teu patrão te mandasse?
Teu filho acaso não nasce
como nasce o do patrão?
Por que só o dele é doutor
e o teu não tem instrução?
Teu filho acaso não nasce
como nasce o do patrão?

Não há ninguém que nascesse
para aprender, outros não...
Teu filho merece escola
como o filho do patrão.
Não há ninguém que nascesse
para aprender, outros não...

Trabalhas luas e sóis,
vai teu patrão ao Senado
votar as leis que te fazem
viver mais escravizado.
Trabalhas luas e sóis,
vai teu patrão ao Senado.

Quantos filhos já tivestes?
Quantos deles já morreram?
Uma cruz de cana verde
foi o quanto que tiveram.
Quantos filhos já tiveste?
Quantos deles já morreram?

Quantos filhos na moenda
perderam o braço e a infância?
que plantar cana e moê-la
é seu brinquedo e folgança?
Quantos filhos na moenda
perdaram o braço e a infância?

Deu-lhe o patrão outro braço?
Deu-lhe o patrão outra infância?
Em vez de matar no pólen
a sua flor de esperança?
Deu-lhe o patrão outro braço?
Deu-lhe o patrão outra infância?
Não deu porque de teu filho
só quer a mão que trabalha.
A mente que pensa e cria
envolve em metal mortalha.
Não deu porque de teu filho
só quer a mão que trabalha.

Só quer que a sua cartilha
seja da cana cortada.
Mas essa cana arrebenta
os sulcos de tua alvorada.
Só quer que a sua cartilha
seja o da cana cortada.

Que verde alvorada verde
há de brotar de tua mão,
plantador de cana verde
ao som de voz: hoje não!
Que verde alvorada verde
há de brotar de tua mão.

Teus braços farão rolar
os canaviais da injustiça.
pondo final nesta infâmia
pondo final nesta liça.
Teus braços farão rolar
os canaviais da injustiça.

Então vais viver decente
da cana que tu plantaste.
Então vais comer o açúcar
da cana que tu plantaste.
Então vais vestir a roupa
da cana que tu plantaste.
Então vais tomar remédio
da cana que tu plantaste.
Então vais jantar a carne
da cana que tu plantaste.
Então vais educar teu filho
da cana que tu plantaste.
Então vais plantar tua casa
da cana que tu plantaste.
Então vais morrer como homem
da cana que tu plantaste.

Plantador de cana verde
das terras de Abaetetuba,
a liberdade é mais doce
que a cana nova e polpuda!
Plantador de cana verde
das terras de Abaetetuba! 
(Acima Poesia extraída do livro "João de Jesus Paes Loureiro, o meu irmão",
autoria de Raimundo Nonato Paes Loureiro)
Abaixo fotos, feitas por Eliomar Azevedo e Laércio Costa,
sobre a criação de Rai Cardoso no
Campus Universitário de Abaetetuba/UFPA, com
o novo “Monumento do Plantador de Cana Verde”

O novo Monumento do Plantador de Cana Verde,
do artista Rai Cardoso, no Campus Universitário de Abaetetuba,
que junto com a poesia de João de Jesus Paes Loureiro, compõem
"memória viva" da Era Canavieira de Abaetetuba e Igarapé-Miri.
Não só o monumento do Plantador de Cana Verde, como o cenário
formado, no decorrer das horas do dia e do fundo de luz e cenários,
por trás do mesmo monumento, mostram a beleza composta por
todos esses elementos e tons da Natureza.

“O Plantador de mandioca” e seu aturá
Abaixo temos o grande paneiro aqui chamado "aturá"
usado antigamente no transporte dos produtos de roçados
de Abaetetuba
Repare na presilha que o colono coloca na cabeça, 
que já está devidamente presa ao grande paneiro


Foto de Clóvis Figueiredo
Repare nos pés do paneiro aturá, para sustentação
no chão. Ao lado um aturazinho
 
 Famosa obra de alto relevo em madeira de Rai Cardoso
que mostra o colono recolhendo produtos do roçado com
o seu aturá nas costas e a mata circundante
Mais recentemente, no ano de 2017, Rai Cardoso voltou a homenagear outra cultura importante da nossa região: a produção de farinha de mandioca. Desta vez produziu uma estátua em concreto do ‘plantador de mandioca’ e a instalou na sua comunidade rural de origem, o Ypixuna, dado que Abaetetuba era grande produtora de farinha de mandioca, sendo os próprios ancestrais de Rai Cardoso produtores de farinha. A estátua do plantador de mandioca traz um colono e seu aturá nas costas. Aturá era um grande paneiro com pés e um dispositivo preso ao mesmo paneiro que era colocado na testa do produtor e o paneiro nas costas, onde os antigos colonos carregavam seus produtos, inclusive para venda na cidade e vindo a pé dessas colônias.

Rai Cardoso no rol dos Artistas Brasileiros
No ano de 2007, o Senado Brasileiro publicou o livro “Artistas Brasileiros: Novos Talentos, Esculturas”, com representações de todos os Estados do Brasil. O Pará foi representado pelo artista Rai Cardoso, com a escultura “Mitos Amazônicos: Matinta Pereira”.

ARTESANATO EM MIRITI
O boto em miriti, das lendas amazônicas

ARTESANATO, em miriti, cipós e madeira, com inúmeras peças, grande ou pequenas (vide fotos acima e amplie). Esse artesanato ganhou grande força e expressão em todo o Pará e Brasil, ao ponto de constituir um dos grandes símbolos do Círio de Nazaré, em Belém, onde, com os devidos aperfeiçoamento, esse artesanato produz peças com motivações amazônicas, paraenses, brasileiras e até da cultura conteporânea mundial. Rai Cardoso, não poderia ficar de fora desse segmento das artes e já produziu inúmeras peças dos mitos amazônicos em miriti. Miriti é polpa macia extraídas dos caules das grandes folhas do miritizeiro, que é uma grande palmeira amazônica. Vide fotos em miriti acima.
Acima estão algumas fotos da obra artística de Rai Cardoso, que estão de modo agrupado, mas nós acrescentaremos as fotos individuais de algumas obras de Rai nesta mesma postagem.
Acima falamos da experiência de Rai Cardoso nos aspectos do Ambientalismo, das Artes Plásticas, do Artesanato, do Cristianismo Engajado, do Político, das ações desenvolvidas nesses campos e do movimento pela criação de um Canal de Rádio FM para divulgação das atividades do antigo Movimento Ecológico e Cultural de Abaetetuba/MECA, hoje Rádio Conceição FM e da participação de todas essas ações junto com Rai Cardoso, Ari Lobato e muitos outros idealistas das causas ambientais, culturais e educacionais em Abaetetuba, principalmente nas décadas de 1980, 1990. Rai Cardoso continua a cuidar de seu "Sítio Radini", onde ele continua a chamar vultos locais, regionais e nacionais para plantar mudas de plantas exóticas e outras expressivas plantas da Flora Amazônica, onde ele convida o autor do Blog do Ademir Rocha para plantar uma dessas mudas no dito e conhecido "Pomar de Abaeté" e ele continua também a desenvolver suas atividades de multi-artista e a fazer sua programação radiofônica diária na Rádio Conceição FM, pela manhãzinha. E ele continua a receber convites para palestras, recebimentos de comendas, prêmios e parcerias com outros órgãos e vultos ambientais e culturais do Pará e Brasil.

Rai Cardoso na Imprensa
As ações de Rai Cardoso, especialmente nos aspectos ambiental e cultural chamaram a atenção de rádios, jornais, revistas, TVs no âmbito regional e nacional e agora no âmbito internacional, onde esteve recentemente nos Estados Unidos da América, convidado que foi pela sua grande bagagem ambiental e cultural. Abaixo publicamos algumas fotos com essas atividades de Ray Cardoso e cópias de revistas com matéria de suas atividades.
As Irmãs Xaverianas, pelo seu grande trabalho no aspecto da saúde, desde a década de 1960 e até os dias atuais, onde contribuíram na expressiva queda da mortalidade infantil em Abaetetuba, como da assistência e educação  nutricional às crianças e mães pobres da região da Diocese de Abaetetuba, como pela grande atuação pastoral em Abaetetuba e região, foram convidadas a imortalizar esses grandes serviços com o plantio de mudas no "Sítio Radini". 
 Muitos religiosos, padres, freiras, bispos já estiveram plantando
mudas de árvores frutíferas no "Pomar de Abaeté"

Acima a Irmã Dora plantando sua muda de planta frutífera da Amazônia
Abaixo a saudosa Irmã Eliza e a Irmã Antonieta, plantando uma muda
de planta frutífera da Amazônia


Reportagem em revista regional sobre o trabalho ambientalista de Ray Cardoso



 Tradução em português da reportagem acima sobre
o multiartista Rai Cardoso


No ano de 2015, a Revista “Amazônia Viva”, publicou uma matéria destacando o “Sítio Radini” e a importância da iniciativa de Rai Cardoso para a preservação ambiental da região. No mesmo ano veio um reconhecimento nacional por meio da divulgação do sítio no site “G1” e um reconhecimento internacional na Revista dos Focolares “LivingCity”, nos EUA, que destacava os nomes de Rai Cardoso e sua esposa Edilene e a proposta de envolver as famílias locais no chamado “Projeto Amazônia”, que também visa a proteção da biodiversidade amazônica. Vide fotos abaixo.
Vide nomes de algumas plantas frutíferas da Amazônia
Grandes nomes regionais e nacionais que deixaram suas obras imortalizadas
com plantios de mudas de plantas frutíferas amazônicas.
Frutas e plantas exóticas já devidamente desenvolvidas e frutificadas
no "Pomar de Abaeté".
Nas fotos acima matéria com Rai Cardoso sobre suas atividades ambientais e culturais
publicada em revista dos Estados Unidos.
Blog do Ademir Rocha