quarta-feira, 2 de maio de 2018

Palavra de Vida de Maio 2018

Palavra de Vida de Maio 2018

Fonte: www.focolare.org
27 de abril de 2018
“O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.” (Gl 5,22)

O apóstolo Paulo escreve aos cristãos da região da Galácia. Eles tinham acolhido por meio dele o anúncio do Evangelho, mas agora ele os recrimina por não terem compreendido o significado da liberdade cristã.
Para o povo de Israel a liberdade foi um dom de Deus: Ele o arrancou da escravidão no Egito, conduziu-o rumo a uma nova terra e estabeleceu com ele um pacto de fidelidade recíproca.
Paulo afirma com força que, assim como a liberdade foi um dom de Deus, a liberdade cristã é um dom de Jesus.
Com efeito, é Ele que nos doa a possibilidade de nos tornarmos, Nele e como Ele, filhos de Deus, que é Amor. Também nós, imitando o Pai como Jesus nos ensinou e mostrou com a sua vida, podemos aprender a mesma atitude de misericórdia para com todos, colocando-nos a serviço dos outros.
Para Paulo, essa aparente contradição da “liberdade de servir” é possível devido ao Espírito, o dom que Jesus fez à humanidade com a sua morte na cruz.
Realmente, é o Espírito Santo que nos dá a força de sair da prisão do nosso egoísmo – com a sua carga de divisões, injustiças, traições, violência – e nos guia para a verdadeira liberdade.

O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.
A liberdade cristã, além de ser um dom, é também um compromisso. Antes de mais nada, é o compromisso de acolher o Espírito Santo no nosso coração, abrindo espaço para Ele e reconhecendo no nosso íntimo a sua voz.
Chiara Lubich escrevia: […] Antes de tudo, devemos nos tornar cada vez mais conscientes da presença do Espírito Santo em nós. Carregamos no nosso íntimo um imenso tesouro, mas não nos damos conta disso suficientemente. […] E ainda, para que possamos ouvir e seguir a sua voz, devemos dizer “não” […] às tentações, cortando sem hesitar as sugestões que elas trazem; “sim” aos deveres que Deus nos confiou; “sim” ao amor para com todos os próximos; “sim” às provações e dificuldades que encontramos… Se agirmos assim, o Espírito Santo nos guiará, dando à nossa vida cristã aquele sabor, aquele vigor, aquela força de atração, aquela luminosidade que ela não pode deixar de ter se for autêntica. Então também quem está ao nosso lado vai perceber que não somos somente filhos de nossa família humana, mas filhos de Deus.
De fato: o Espírito Santo nos convoca a deixarmos de fazer de nós mesmos o centro das nossas preocupações, para sabermos acolher, escutar, compartilhar os bens materiais e espirituais, perdoar, ou ainda, cuidarmos das pessoas mais diversas na variedade de situações que vivemos todos os dias.
E essa atitude nos faz experimentar o típico fruto do Espírito Santo: o crescimento da nossa própria humanidade rumo à verdadeira liberdade. Com efeito, faz vir à tona e florescer em nós capacidades e recursos que, se vivermos fechados em nós mesmos, ficarão para sempre sepultados e desconhecidos.
Portanto, cada ação nossa é uma ocasião, que não pode ser desperdiçada, para dizer “não” à escravidão do egoísmo e “sim” à liberdade do amor.

O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.
Quem acolhe no coração a ação do Espírito Santo contribui também para a construção de relações humanas positivas, por meio de todas as suas atividades do dia a dia, tanto familiares como sociais.
Carlo Colombino, empresário, marido e pai, tem uma empresa no norte da Itália . Dos sessenta funcionários, cerca de quinze não são italianos e alguns deles têm um histórico de experiências dramáticas. Numa entrevista, ele contou ao jornalista: “Também o emprego pode e deve favorecer a integração. Eu trabalho em processos de coleta e reciclagem de materiais de construção; tenho responsabilidade para com o meio ambiente, o território no qual vivo. Alguns anos atrás, a crise bateu duro. O que fazer: salvar a empresa ou as pessoas? Tivemos de dispensar alguns funcionários, falamos com eles, procuramos as soluções menos dolorosas, mas foi dramático, coisa de tirar o sono. É um trabalho que posso fazer bem feito ou pela metade; eu tento fazê-lo do melhor modo possível. Acredito que as ideias contagiam positivamente. Uma empresa que pensa só no faturamento, nas contas, tem pouca chance de futuro, porque no centro de toda atividade deve estar o homem. Sou uma pessoa de fé e tenho a convicção de que não é uma utopia fazer a síntese entre empresa e solidariedade”.
Portanto, somos convidados a atuar com coragem o nosso chamado pessoal para a liberdade, no ambiente em que vivemos e trabalhamos.
Desse modo o Espírito Santo poderá atingir e renovar também a vida de muitas outras pessoas ao nosso redor, conduzindo a história para horizontes de “alegria, paz, paciência, amabilidade…”.

Letizia Magri

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha


Maio é o mês dos jovens
28 Abril 2018
Inicia-se no dia 1° de maio, com o esperado encontro dos jovens em Loppiano, a “Semana mundo unido” que este ano será dedicada no mundo inteiro ao tema “Geração Fome Zero”. A Semana será concluída com a corrida anual mundial “Run for unity”.
 
Um zoom nos jovens. Também este ano terá início em Loppiano, a cidadela dos Focolares, o tradicional evento intitulado “Semana mundo unido”: uma rede mundial de ações baseadas num espírito de fraternidade entre povos e culturas. Há mais de 20 anos a Semana é o centro das iniciativas dos jovens dos Focolares, que querem testemunhar a todos, não apenas aos jovens mas também as mais altas instituições, que um mundo unido não é um sonho perdido entre ventos de guerra ou enterrado pelo peso das dificuldades sociais, mas uma realidade possível. Principalmente, se as novas gerações, formadas por uma cultura de paz, tomarem as rédeas da sociedade.
No dia 1° de maio, a cidadela italiana dos Focolares hospedará uma das muitas etapas “nacionais” rumo ao Genfest de Manila, nas Filipinas (“Beyond all borders”, julho de 2018), reunindo 6 mil jovens de todas as partes da Itália. Será um festival para falar do limite mais difícil de superar para ira o encontro dos outros: o próprio eu. “Beyond me”, em Loppiano, vai contar as histórias de quem quis realizar antes de tudo em si mesmo uma profunda mudança, saindo da própria “área de conforto” para abrir-se aos valores da solidariedade e para as necessidades de quem está ao seu lado. Para muitos dos jovens presentes esta experiência de abertura está enraizada num encontro pessoal com Deus, que transformou as suas vidas e permitiu que vencessem o medo. Para outros, tratou-se da superação de uma doença ou de uma deficiência, para outros ainda a tomada de consciência de uma dificuldade. Também estará presente, em nome de uma amizade já comprovada, e em preparação da visita do Papa as duas cidadelas vizinhas, no dia 10 de maio, um numeroso grupo de jovens de Nomadelfia.

A “Semana mundo unido” (United World Week), que será iniciada imediatamente depois, será um único grande evento, deslocado em vários pontos do mundo. Uma expo internacional – parte integrante do United World Project – que há mais de 20 anos (a primeira edição foi em maio de 1995) volta a esta época do ano para criar, em vários pontos do planeta, mas principalmente onde existe solidão, pobreza, marginalização, relacionamentos de convivência pacífica entre povos e culturas diferentes. Nestes anos, a “Semana Mundo Unido” abriu espaço na opinião pública, através dos meios de comunicação e nas redes sociais, levando as ações de fraternidade à atenção das instituições locais, nacionais e internacionais, mas também de personalidades do mundo da cultura, do desporto, da sociedade civil e religiosa.
A edição de 2018 terá como fio condutor o tema “Geração Fome zero”, um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda aprovada pelos Estados membros das Nações Unidas, a serem alcançados até o ano de 2030. Os adolescentes e os jovens do Movimento dos Focolares comprometeram-se, há algum tempo, a contribuir no importante projeto da FAO (Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura) em relação aos temas da subnutrição, do desperdício de alimentos, do respeito da natureza, com iniciativas pessoais e coletivas em prol do uso responsável dos recursos da terra. Portanto, a “Semana” será uma ocasião para mostrar os frutos dessa colaboração e envolver um número crescente de jovens, cidadãos e instituições para a realização deste objetivo.
Na conclusão da “Semana”, com o “epicentro” no domingo, 6 de maio, voltará a “Run for Unity”, corrida desportiva realizada por centenas de milhares de jovens de nacionalidades, religiões, culturas, etnias diferentes que cobrirão a terra, transmitindo-se idealmente um testemunho de “fraternidade”, de leste a oeste. Em cada etapa, percorrida a pé, em bicicleta, caminhando, ou fazendo correr um pensamento de paz, a corrida mais contra a correnteza que existe será enriquecida por eventos desportivos, de jogos, de ações de solidariedade e de tudo que pode servir para testemunhar que o sonho de um mundo unido continua vivo, a pesar das tensões e dos sinais contrários. Talvez serão os jovens os protagonistas deste mundo.

Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

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