quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Palavra de Vida de Janeiro 2018

Palavra de Vida – Janeiro de 2018
Fonte: www.focolare.org
28 Dezembro 2016
“O amor de Cristo nos impele” (Cf. 2Cor 5,14-20)

“Ontem à noite fui jantar fora, com mamãe e uma amiga dela. Pedi o prato principal com ervilhas, para depois comer o doce de que eu mais gostava. Mas a mamãe não deixou. Eu estava querendo ficar emburrada, mas me lembrei que Jesus estava bem ali, com a mamãe, e então dei um sorriso”. “Hoje, depois de um dia cansativo, voltei para casa. Comecei a ver televisão, mas meu irmão tirou de minhas mãos o controle remoto. Fiquei com muita raiva. Mas depois me acalmei e deixei que ele ficasse vendo a TV”. “Hoje meu pai me disse uma coisa e eu lhe respondi mal. Quando olhei para ele, vi que não estava feliz. Então pedi desculpas e ele me perdoou”.
São experiências sobre a Palavra de Vida contadas por crianças da quinta série, de uma escola de Roma. Pode ser que essas experiências não tenham uma ligação imediata com a Palavra que estavam vivendo naquele momento, mas o fruto do Evangelho vivido é justamente este: o impulso a amar. Qualquer que seja a Palavra de Vida que nos propomos a viver, os efeitos são sempre os mesmos: ela muda a nossa vida, coloca em nosso coração o impulso de ficarmos atentos às necessidades dos outros, faz com que nos disponhamos a servir os irmãos e as irmãs. E não poderia ser diferente: acolher e viver a Palavra faz nascer Jesus em nós e nos leva a agir como Ele. É o que Paulo dá a entender aqui, quando escreve aos coríntios.
O que impulsionava o apóstolo a anunciar o Evangelho e a empenhar-se pela unidade das suas comunidades era a profunda experiência que ele tinha feito de Jesus. Tinha se sentido amado, salvo por Ele. Jesus tinha penetrado na sua vida a tal ponto, que nada nem ninguém poderia jamais separá-lo dele: não era mais Paulo que vivia, porque era Jesus que vivia nele. Imaginar que o Senhor o tinha amado até o ponto de dar a vida era algo que o fazia enlouquecer, não o deixava em paz e o impelia com força irresistível a fazer o mesmo, e com o mesmo amor.
Será que o amor de Cristo impele também a nós com a mesma intensidade?
Se nós tivermos realmente experimentado o seu amor, também nós não poderemos deixar de amar e de nos embrenhar com coragem nos lugares onde existe divisão, conflito, ódio, para levar concórdia, paz, unidade. O amor nos dá as condições de lançar o coração para além do obstáculo, chegando a estabelecer um contato direto com as pessoas, na compreensão e na partilha, para juntos procurar a solução. Não se trata de uma ação opcional. A unidade deve ser procurada a todo custo, sem que nos deixemos impedir pela falsa prudência, por dificuldades ou possíveis desencontros.
Isso se mostra urgente, também em campo ecumênico. Esta Palavra de Vida foi escolhida para este mês no qual se celebra no Hemisfério Norte a Semana de Orações pela Unidade1, justamente para ser vivida em conjunto pelos cristãos das diversas Igrejas e comunidades, a fim de que todos se sintam impelidos pelo amor de Cristo a se aproximarem uns dos outros, tendo em vista a recomposição da unidade.
Na abertura da II Assembleia Ecumênica Europeia em Graz, na Áustria, no dia 23 de junho de 1997, Chiara Lubich afirmava: “Será autêntico cristão da reconciliação somente aquele que souber amar os outros com a mesma caridade de Deus, aquela caridade que faz ver Cristo em cada um, que é destinada a todos – pois Jesus morreu por toda a humanidade –; a caridade que toma sempre a iniciativa, que é a primeira a amar; aquela caridade que leva a amar a todos como a si mesmo, que se ‘faz um’ com os irmãos e as irmãs, nos sofrimentos e nas alegrias. E é preciso que também as Igrejas amem com esse amor”.
Vivamos também nós o radicalismo do amor com a simplicidade e a seriedade daquelas crianças da escola de Roma.
Fabio Ciardi
No Hemisfério Norte se celebra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos em janeiro. No Brasil, ela é celebrada entre a Ascensão e Pentecostes (em 2017 será de 25 de maio a 4 de junho).
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

Fonte: www.focolare.org
Igrejas Cristãs
Cristãos de cerca 350 Igrejas e comunidades eclesiais, pessoas firmemente ancoradas à própria Igreja e ao mesmo tempo capazes de criar vínculos entre cristãos de Igrejas diferentes. Assim o Movimento vive o ecumenismo.
A finalidade. O Movimento deseja dar a própria contribuição para que caiam os muros que separam as Igrejas, abatendo preconceitos e construindo espaços nos quais os vários tipos de diálogo possam frutificar. O “diálogo da vida” é um desses espaços, onde os cristãos podem testemunhar que é possível viver juntos.
O alicerce. Está no Evangelho vivido à luz da espiritualidade da unidade. Cristãos de várias denominações, vivendo esta espiritualidade, sentem o desejo de reconhecer e aprofundar o patrimônio comum, e valorizar as fontes de vida espiritual que se encontram nas diversas Igrejas. A novidade consiste em sentir-se parte de uma família, cujos laços remontam ao mandamento de Jesus: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei, assim amai-vos uns aos outros. Disto todos saberão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13,34). Estar unidos neste amor de Cristo é um requisito para ter a presença de Jesus entre os seus (cf. Mt 18,20), que se tornou característica da vida ecumênica do Movimento dos Focolares.
Um novo caminho ecumênico. Após 50 anos do início do trabalho ecumênico do Movimento, se delineou o “diálogo da vida”, vera e própria fisionomia da contribuição que o povo de Deus pode dar ao processo de aproximação, para ajudar a recompor a plena e visível comunhão entre as Igrejas. Chiara constatava: “Cada Igreja, com o passar dos séculos, de certo modo petrificou-se em si mesma, pelas ondas de indiferença, de incompreensão, se não de ódio recíproco. É necessário em cada uma, portanto, um suplemento de amor. Aliás, seria preciso que a cristandade fosse invadida por uma avalanche de amor” (Graz).
Os frutos. Multiplicaram-se no mundo e no tempo. Gradualmente o diálogo da vida tornou-se diálogo de povo. Hoje, no Movimento dos Focolares, contam-se cristãos de mais de 350 Igrejas e comunidades eclesiais. Entre estes estão também bispos, que todo ano reúnem-se para viver juntos o Evangelho e incrementar a comunhão em Cristo.
Surgiram “Escolas ecumênicas” ou cursos de formação ecumênica, na Europa, no Oriente Médio e nas Américas.
Em Ottmaring, nos arredores de Augsburg (Alemanha), ainda em 1968 nasceu uma Mariápolis permanente ecumênica, desejada pelo Movimento dos Focolares e pela “Fraternidade de vida em comum”, fraternidade evangélica que assumiu como própria a oração de Jesus pela unidade (cf. Jo 17). Atualmente cerca de 120 pessoas moram na Mariápolis. Seu objetivo é tornar visível a unidade e dizer a todos que esta realidade já é possível, entre cristãos de diversas Igrejas.
“Juntos pela Europa”. Em 1999 iniciou um caminho de comunhão entre Movimentos e comunidades de várias Igrejas, “Juntos pela Europa”. Está baseado sobre uma aliança de amor mútuo. Entre eles atua-se uma colaboração em favor do bem comum, do compromisso em defesa da vida, pela família, pela paz, pelos pobres, por uma economia justa e pela tutela ambiental, em resposta à mensagem final do congresso internacional que “Juntos pela Europa” realizou no dia 12 de maio de 2007 em Stuttgart, na Alemanha.
A história. Este diálogo tem suas origens em 1961, quando um grupo de evangélicos luteranos escutou pela primeira vez Chiara Lubich, em Darmstadt, na Alemanha. Ficaram tocados pela sua proposta, simples, mas radical, de uma vida alicerçada sobre a Palavra de Deus. Foi assim que, no mesmo ano, após numerosos contatos e encontros informais, foi fundada uma secretaria para o ecumenismo, chamada “Centro Uno”, em Roma. Igino Giordani foi o primeiro diretor e continuou neste cargo até a sua morte, em 1980.
Desde 1955, por meio de um arquiteto suíço, o Movimento se difundiu na Igreja reformada.
Os primeiros contatos com os anglicanos aconteceram antes do Concílio Vaticano II. Em 1966 Chiara Lubich encontrou o Primaz da Igreja da Inglaterra, Michael Ramsey. Todos os arcebispos de Cantuária, até o atual, Rowan Williams, encorajam a difusão da espiritualidade dos Focolares na Igreja anglicana.
Em 1967 ocorreu o primeiro encontro de Chiara com alguns dirigentes do Conselho ecumênico das Igrejas, em Genebra.
A história dos relacionamentos fraternos entre o Movimento dos Focolares e os ortodoxos tem suas raízes no encontro extraordinário entre Chiara Lubich e o patriarca de Constantinopla Atenágoras I. “Era o dia 13 de junho de 1967 – Chiara mesma conta –. Ele me recebeu como se sempre me tivesse conhecido. ‘A esperava!’, exclamou, e quis que lhe narrasse os contatos do Movimento com luteranos e anglicanos”. Foram um total de vinte e cinco as audiências de Chiara com Atenágoras I. Em seguida os relacionamentos continuaram com o Patriarca Demétrio I. E os contatos com o atual patriarca ecumênico, Bartolomeu I, prosseguem no mesmo espírito de estima e amizade. Entretanto a espiritualidade do Movimento foi acolhida por cristãos de outras Igrejas orientais, e o diálogo se desenvolveu com sírio-ortodoxos, coptas, etíopes, armênios e assírios.
Contatos:
Via Frascati, 306 – 00040-Rocca di Papa (Roma)
Telefono:Tel. 06794798-318
Fax: 06/94749320
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

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