terça-feira, 29 de agosto de 2017

Festa e Círio 2017 de Nossa S. de Nazaré em Belém e Outros Lugares

Festa e Círio 2017 de Nossa Senhora de Nazaré em Belém e Outros Lugares
Espiritualidade, Instantâneos, Reportagens, Eventos, Procissões e Outras Informações

Visitas da Imagem Peregrina
Fonte abaixo: Anette Brabo
Dia especial no trabalho.
Visita da imagem peregrina de N. Sra. Nazaré.
Agradecimentos e renovações de bençãos.

Espiritualidade
Fonte abaixo: www.focolare.org
Clique nas palavras em azul acima


Ana Cristina Rocha via Basílica Santuário de Nazaré

Basílica Santuário de Nazaré
"Oh, Maria, ensina-me a ser assim
Como filho, em Deus tudo esperar
Mãe querida, vem comigo caminhar
Oh, Maria, roga a Jesus por mim”


Maria: a cristã perfeita
No dia em que a tradição da Igreja católica celebra a Assunção da Virgem ao céu, publicamos uma resposta sobre como amá-la, dada por Chiara Lubich a uma jovem, em 1976.



«Só pensar em falar de Maria me faz estremecer a alma e bater o coração. Este é um assunto tal que supera qualquer capacidade nossa, e no lugar da palavra ficaria melhor o silêncio.
Maria! A extraordinária entre todas as criaturas, a excelsa até ser investida pelo título e pela realidade de Mãe de Deus e, portanto, a Imaculada, a Assunta, a Rainha, a Mãe da Igreja. Maria é mais próxima de Deus do que do homem, no entanto é criatura como nós criaturas, e assim está diante do Criador. Daqui a possibilidade, para ela, de ser para nós como um plano inclinado que toca céu e terra e, por conseguinte, embora no seu ser extraordinário: menina, jovenzinha, noiva, mãe, esposa, viúva… como nós que, cada um na própria idade e condição, podemos encontrar uma ligação com ela e, portanto, um modelo».
[…]
«Com relação a possuir uma verdadeira devoção a ela – embora magnificando as várias devoções que  floresceram nos séculos, para dar ao povo cristão o sentido de um amor materno seguro, que pensa em todos os pequenos e grandes problemas que a vida traz consigo – eu aconselharia um caminho que faz nascer no coração um amor por Maria semelhante e do tipo daquele que Jesus tem por ela.
Pois bem, se Maria tem todas aquelas magníficas e extraordinárias qualidades que você sabe, ela é também “a cristã perfeita”.
E é assim porque, como se pode deduzir pelo Evangelho, ela não vive a própria vida, mas deixa que a lei de Deus viva nela. É aquela que pode dizer, melhor do que todos: “não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). Maria é a Palavra de Deus vivida.
Portanto, se você quer amá-la verdadeiramente, “imite-a”.
Seja, também você, Palavra de Deus viva!
Imitá-la faz com que você seja semelhante a ela e a leva a amá-la, porque, se diz um ditado: “o amor ou encontra semelhantes, ou torna semelhantes”, é verdade também que os semelhantes se amam.
[…]
«Imitemos Maria, portanto, tornemo-nos semelhantes a ela, e nascerá espontaneamente no nosso coração o amor por ela».
Chiara Lubich
“Diálogo aberto”. Publicado em Città Nuova, 1976, n. 9, p. 33.

Festa de Nossa S. de Nazaré em Abaetetuba

Ancelmo Ferreira
CÍRIO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ EM ABAETETUBA...
TRANSMISSÃO COMPLETA DO CÍRIO PELA TV CANAL 42 E PELA RÁDIO CONCEIÇÃO 106.1 FM...
Segue
Blog do Ademir Rocha

Palavra de Vida - Setembro 2017

Palavra de Vida – Setembro de 2017


Fonte abaixo: www.focolare.org
28 Agosto 2017
“Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (Mt 16,24)

Jesus está em plena vida pública, anunciando abertamente que o Reino de Deus está próximo, e se prepara para ir a Jerusalém. Seus discípulos, que intuíram a grandeza da sua missão e reconheceram nele o Enviado de Deus esperado por todo o povo de Israel, não veem a hora de se libertar da dominação romana, e sonham com a aurora de um mundo melhor, de paz e de prosperidade.
Mas Jesus não quer alimentar essas ilusões: diz claramente que a sua ida a Jerusalém não o levará ao triunfo, mas, pelo contrário, à rejeição, ao sofrimento e à morte. Revela também que ao terceiro dia ressuscitará. São palavras difíceis de compreender e de aceitar. Tanto que Pedro reage e se opõe abertamente a um projeto tão absurdo; pelo contrário, procura convencer Jesus a mudar de ideia.
Depois de repreender Pedro severamente, Jesus se dirige a todos os discípulos com um convite assombroso:
“Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”
Mas o que é que Jesus pede aos seus discípulos de ontem e de hoje, com essas palavras? Será que Ele quer que desprezemos a nós mesmos? Que nos dediquemos inteiramente a uma vida ascética? Que procuremos o sofrimento para agradar mais a Deus?
Mais que isso: esta Palavra de Vida nos exorta a caminharmos nos passos de Jesus, acolhendo os valores e as exigências do Evangelho para ficarmos cada vez mais semelhantes a Ele. E isso significa viver a vida com plenitude, integralmente, como Ele fez, mesmo quando no caminho aparece a sombra da cruz.
“Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”
Não podemos negar o fato de que cada um tem a sua cruz: a dor, nas suas múltiplas formas, faz parte da vida humana, mas para nós se mostra incompreensível, contrária ao nosso desejo de felicidade. No entanto, é exatamente ali que Jesus nos ensina a descobrir uma luz inesperada. Como acontece às vezes quando, entrando em certas igrejas, descobrimos como  são maravilhosos e luminosos os seus vitrais que,  vistos de fora, parecem escuros e sem beleza.
Se quisermos seguir Jesus, Ele pede que façamos uma completa reviravolta nos nossos valores, deixando de nos colocar no centro do mundo e rejeitando a lógica da busca do interesse pessoal. Ele propõe que prestemos mais atenção às exigências dos outros do que às nossas; que saibamos empenhar as nossas energias para que os outros sejam felizes, fazendo como Ele, que não perdeu ocasião para confortar e dar esperança àqueles com quem se encontrou. Desse modo, libertando-nos do egoísmo, pode começar para nós um crescimento em humanidade, a conquista de uma liberdade que realiza plenamente a nossa personalidade.
“Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”
Jesus nos convida a sermos testemunhas do Evangelho, mesmo quando essa fidelidade é colocada à prova pelas pequenas ou grandes incompreensões do ambiente social em que vivemos. Jesus está conosco e quer que estejamos com Ele nessa aventura de arriscar a vida pelo ideal mais audacioso: a fraternidade universal, a civilização do amor.
Esse radicalismo no amor é uma exigência profunda do coração humano, como testemunham também personalidades de tradições religiosas não cristãs que seguiram a voz da consciência até as últimas consequências. Gandhi, por exemplo, escreve: “Se alguém me matar e eu morrer com uma oração pelo meu assassino nos lábios, e com a lembrança de Deus e a consciência da sua presença viva no santuário do meu coração, só então se poderá dizer que tenho a não-violência dos fortes”.1
Chiara Lubich encontrou no mistério de Jesus crucificado e abandonado o remédio para sanar toda ferida pessoal e toda falta de unidade entre pessoas, grupos e povos, e compartilhou essa descoberta com muitos. Em 2007, por ocasião de uma manifestação de Movimentos e Comunidades de diversas Igrejas em Stuttgart, na Alemanha, escreveu:
“Também cada um de nós, na vida, sofre dores ao menos parecidas com as suas. (…) Quando sentirmos (…) essas dores, lembremo-nos Dele que as assumiu como próprias: são como que uma sua presença, uma participação na sua dor. Façamos como Jesus, que não ficou estarrecido, mas, acrescentando àquele grito as palavras: ‘Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito’ (Lc 23,46), abandonou-se novamente ao Pai. Como Ele, também nós podemos ir para além da dor e superar a provação dizendo-lhe: ‘Nela, eu te amo, Jesus Abandonado; amo a ti, ela me faz recordar-te, é uma expressão tua, um semblante teu’. E se, no momento seguinte, nos lançarmos a amar o irmão e a irmã e a atuar aquilo que  Deus quer, experimentaremos, na maioria das  vezes, que  a dor  se transforma em alegria (…). Os pequenos grupos em que vivemos (…) podem conhecer pequenas ou grandes divisões. Também nessa dor podemos ver o Seu semblante, superar aquela dor em nós e fazer de tudo para recompor a fraternidade com os outros. (…) A cultura da comunhão tem como caminho e modelo Jesus crucificado e abandonado.”2
Letizia Magri
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  1. K. Gandhi, Antiche come le montagne, Ed. di Comunità, Milão 1965, pp. 95-96.
  2. Lubich, Por uma cultura de comunhão – Encontro Internacional “Juntos pela Europa” – Stuttgart (Alemanha), 12 de maio de 2007 – http://www.together4europe.org/ .
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha


Fonte abaixo: www.focolare.org
Terra Santa: uma amiga judia do outro lado do muro
7 Junho 2016
Vera Baboun, prefeita cristã de Belém, fala do seu compromisso em política, motivado por uma forte carga espiritual pelo bem do seu povo.

«Conheci Bella, uma mulher judia, num centro dos Focolares em Jerusalém. Contei-lhe a história do meu marido torturado numa prisão israelense. Ela me escutou, embora eu tenha notado um certo conflito interior. Estava diante de uma encruzilhada. Ser israelense e por isso rejeitar tudo o que eu lhe contava, ou sentir compaixão dos fatos que me aconteceram. Num primeiro momento ela não conseguiu me aceitar e saiu da sala onde estávamos nos encontrando. Eu a segui e lhe disse que sentia muito tê-la ofendido. Bella me explicou que não era minha culpa, mas do sistema. Então lhe pedi que voltasse atrás (se emociona, ndr). Assim nasceu a nossa amizade. Um muro separa a minha cidade, Belém, da sua, Jerusalém. Mas, entre nós duas, muros não existem mais. Rezo a fim de que muitos judeus de Israel possam olhar para a nossa amizade. Bella vive o espírito dos Focolares, no sentido de que somos todos filhos de Deus e é só o amor e a compaixão que nos leva a viver juntos. Nós, homens, construímos o muro ao redor de Belém, não se pode construir sozinho. Deus nos deu a liberdade de construí-lo ou de abatê-lo. Inclusive dentro de nós».
Assim responde Vera Baboun, primeira mulher e primeira cristã católica a se tornar prefeita de Belém, à pergunta se seria possível instaurar uma verdadeira amizade entre palestinos e israelenses. A ocasião para encontrá-la é dada pela outorga do 7º “Prêmio Chiara Lubich, Manfredônia, cidade pela fraternidade universal”, em março de 2016.

Belém é uma Cidade da Cisjordânia, do Governatorato de Belém da Autoridade Nacional Palestina. Quarenta habitantes, dos quais 28% cristãos, 72% muçulmanos. É a cidade onde nasceu Jesus, a cerca de 10 km ao sul de Jerusalém. A igreja da Natividade, em Belém, é uma das mais antigas do mundo. Todavia «o muro condiciona inclusive a nossa fé, porque desde crianças estávamos habituados a visitar os lugares originários de Jesus. Existe toda uma geração de jovens palestinos cristãos que nunca rezou no Santo sepulcro de Jerusalém», declara ainda Vera Baboun. «Somos a capital da natividade, celebramos e enviamos ao mundo uma mensagem de paz, enquanto em Belém falta justamente a paz. Após 40% de cancelamentos deste ano, decidimos com o conselho municipal, diminuir as taxas em 80%, sobre as licenças e sobre as propriedades para quem vive e trabalha na área turística. Fizemos isto para sustentá-los, mesmo se isto significa um empobrecimento de recursos para o município. Mas a nós, quem nos sustenta? Quem sustenta a nossa dupla identidade? Aquela cristã universal e a palestina».
Mas quem a permite agir assim? «Só o amor de Deus. Percebo isto de modo muito forte. Não me importa nada o poder, a fama; para mim, exercer o trabalho de prefeita é um peso que me custa não pouco. Após a morte do meu marido e depois de ter trabalhado toda a vida na educação, decidi tomar o lugar do meu marido porque ele se comprometera politicamente pela libertação da Palestina».
Frequentemente a senhora declarou: «Será que o mundo poderá viver em paz enquanto a cidade da paz estiver murada?»… «Enquanto a cidade de Belém estiver murada, haverá um muro ao redor da paz. Estamos sob assédio. E para o mundo é melhor trabalhar para libertar a paz, não só para Belém, mas para nos libertar do sentido do mal, do uso da religião como máscara para cobrir perversidades e guerra».
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Palavra de Vida de Agosto de 2017

Palavra de Vida de Agosto de 2017

Em 28 Julho 2017
“O Senhor é bom para com todos, compassivo com todas as suas criaturas.” (Sl 144[145],9)
Este salmo é um cântico de glória para celebrar a realeza do Senhor que domina toda a história: é eterna e majestosa, mas se exprime na justiça e na bondade e se assemelha mais à proximidade de um pai do que à potência de um soberano.
O protagonista desse hino é Deus, que revela a sua ternura, superabundante como a ternura materna: Ele é misericordioso, compassivo, lento para a cólera, grande no amor, bom para com todos…
A bondade de Deus se manifestou para com o povo de Israel, mas se estende a tudo o que saiu de suas mãos criadoras, a cada pessoa e a toda a criação.
No final do salmo, o autor convida todos os viventes a se juntarem a esse cântico, para fazê-lo ressoar ainda mais, num harmonioso coral de muitas vozes:
“O Senhor é bom para com todos, compassivo com todas as suas criaturas.”
O próprio Deus confiou a criação às mãos trabalhadoras do homem e da mulher, como “livro” aberto  no  qual  está  escrita  a  sua  bondade.  Eles  são  chamados  a  colaborar  na  obra  do  Criador,
acrescentando páginas de justiça e de paz, caminhando de acordo com o Seu projeto de amor.
Infelizmente, porém, o que vemos ao nosso redor são as inúmeras feridas infligidas a pessoas muitas vezes indefesas e ao ambiente natural. Isso por causa da indiferença de muitos e devido ao egoísmo e à avidez de quem explora as grandes riquezas do ambiente só em função dos próprios interesses, em prejuízo do bem comum.
Nos últimos anos foi ganhando espaço na comunidade cristã uma nova consciência e sensibilidade quanto ao respeito pela criação. Nessa perspectiva podemos recordar os muitos apelos de pessoas abalizadas que promovem a redescoberta da natureza como espelho da bondade divina e patrimônio de toda a humanidade.
Assim se exprimiu o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, na sua Mensagem para a Jornada da Criação, do ano passado: “Exige-se uma vigilância contínua, formação e instrução, de modo que fique clara a relação da atual crise ecológica com as paixões humanas (…) cujo (…) resultado e fruto é a crise ambiental que estamos vivendo. Constitui-se, portanto, como única saída o retorno à beleza antiga (…) da moderação e da ascese, que podem conduzir à sábia gestão do ambiente natural. De modo especial, a avidez em satisfazer as necessidades materiais leva com certeza à pobreza espiritual do homem, a qual implica a destruição do ambiente natural”.1
E o Papa Francisco, no documento Laudato si’, escreveu: “O cuidado da natureza faz parte dum estilo de vida que implica capacidade de viver juntos e de comunhão. Jesus lembrou-nos que temos Deus como nosso Pai comum e que isto nos torna irmãos. O amor fraterno só pode ser gratuito (…). Esta mesma gratuidade leva-nos a amar e aceitar o vento, o sol ou as nuvens, embora não se submetam ao nosso controle. (…) É necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para como os outros e o mundo, que vale a pena ser bons e honestos”.2
Aproveitemos então os momentos livres dos compromissos de trabalho, ou todas as ocasiões que temos durante o dia, para dirigir o olhar à profundidade do céu, aos majestosos cumes das montanhas e à
imensidão do mar, ou mesmo só ao pequeno fio de erva que germinou na beira da estrada. Isso nos
ajudará a reconhecer a grandeza do Criador “que ama a vida” e a reencontrar a raiz da nossa esperança na sua infinita bondade, que envolve e acompanha todas as coisas.
Adotemos para nós mesmos e para a nossa família um estilo de vida sóbrio, que respeita o ambiente e considera as necessidades dos outros, para nos enriquecermos de amor. Vamos compartilhar os bens da terra e do trabalho com os irmãos mais pobres e testemunhemos essa plenitude de vida e de alegria, tornando-nos portadores de ternura, benevolência e reconciliação no nosso ambiente.
Letizia Magri
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  1. Cf. Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, Mensagem para a Jornada da Criação, 1º de setembro de 2016
  2. Cf. Papa Francisco, Carta Encíclica Laudato si’, 24 de maio de 2015 (nº 228-229).
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha
Economia de Comunhão

EdC no antigo Império Inca

9 Dezembro 2016
Um Instituto nas periferias de Lima (Peru), que trabalha com crianças de rua, adere ao projeto da Economia de Comunhão, com o apoio da Solidarpole e da Associação por um Mundo Unido (AMU) de Luxemburgo.
Na periferia de Lima, surge um bairro, que assume o nome do Santuário pré-Inca Pachacamac (Deus criador da Terra, em lingua quechua).”Viemos aqui com o objetivo de desenvolver uma atividade produtiva, definida de acordo com as práticas da Economia de Comunhão (EdC), cujos lucros são capazes de sustentar um centro de reabilitação para crianças de rua e com problemas de drogas”, conta-nos Germán Jorge, um empresário da EdC na Argentina.
Atualmente, o Instituto Mundo Libre é o único que trata de tais situações no Peru. Premiado internacionalmente pela seriedade com que realiza seu trabalho, apesar de terem a capacidade de acomodar 100 crianças, por falta de recursos, é possível ajudar apenas um número restrito di 40 crianças.
Marilú Gonzalez Posada, fundadora do projeto, há 32 anos, vive por esse objetivo. Sua grande preocupação é a sustentabilidade do Instituto, um problema comum a todas as obras sociais que não podem sobreviver apenas por altruísmo e pela cooperação internacional. Um dos laboratórios de Mundo Libre é a produção de um chocolate peruano típico: o “chocoteja”.
“Ao redor deste projeto estamos trabalhando para implementar um plano empresárial até o final de 2017, junto com Solidarpole (que promove diferentes projetos econômicos solidários e sugeriu que um deles, fosse o projeto da EdC) e da AMU de Luxemburgo (que ofereceu os recursos para reestruturar um celeiro e para a aquisição de novos equipamentos). Trata-se agora de coordenar esses recursos. A EdC tem muito a oferecer para o enfrentamento desse desafio: uma comunhão que não é ¨implementada¨, mas ¨gerada¨ em resposta a um ato de generosidade. É o que nós tentamos fazer com cada pessoa que encontramos”.
Quando os espanhóis chegaram a estas terras a cavalo, carregando suas armaduras para conquistar o Totem Pachacamac (símbolo sagrado adotado como emblema por tribos ou clãs), os índios que nunca tinham visto os cavalos acreditaram que eram deuses que tinham chegado para tomar o lugar do deus em quem acreditavam e não se opuseram.
A história deixa sua marca em traços culturais, ¨observavamos devido às dificuldades de relacionamentos¨. Portanto, o nosso principal empenho, era dar espaço a todos, esforçando-nos para romper a lógica do europeu “conquistador” (ou seus descendentes) e do Aborígene passivo e submisso. Com o passar dos dias e apoiando-nos em relações de confiança que, gradualmente, amadureceram, começamos a superar estas dinâmicas de relacionamentos seculares e a construir novas relações de reciprocidade”.
“A formação sobre “Diretrizes para a gestão da empresa” ajudou-nos a trabalhar colocando as pessoas no centro da atividade econômica, sem negligenciar o profissionalismo e a eficiência necessária para atingir tais objetivos. Depois desses dias de convivência, nossos interlocutores do Instituto Mundo Libre disseram-nos que já se sentem parte do projeto da EdC, que, de certo modo, já tinham vivenciado tal experiência sem o saber. Agora eles querem oferecer a mesma formação aos seus dependentes e também formar os jovens a esses princípios. “É o nosso desafio para 2017″».
Os cavalos não originários do Peru tiveram que desenvolver a capacidade de caminhar nas areias destas áreas desérticas. Nesses 500 anos, desenvolveu-se uma raça equina que tem um passo característico em círculos concêntricos, que lhes permitem mover-se bem nestas regiões.
Nós somos como os primeiros cavalos e fazemos um grande esforço para aprender a viver em comunhão, segundo a “cultura do dar”. Mas, se tentarmos desenvolver esta capacidade, gradualmente, haverá muitas outras pessoas, em tantas partes do planeta, que levarão esta nova cultura no sangue e seremos capazes de transformar o mundo”.
Gustavo Clariá
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha