Palavra de Vida de Março 2016
Foto de Manoel Justino Jr,
Preservar a Obra de Deus
Fonte:
www.focolares.org
26
Fevereiro 2016
“O Reino
de Deus já chegou até vós.” (Lc 11,20)
Era isso que o povo hebreu do tempo de Jesus estava esperando. Foi
isso que Ele começou a anunciar logo no início de sua caminhada pelos
povoados e cidades: “O Reino de Deus está próximo” (cf. Lc 10,9). E pouco depois: “O Reino de Deus já chegou até vós”; “O Reino de Deus está no meio de vós” (Lc
17,21). Na pessoa de Jesus, era o próprio Deus que vinha para o meio de
seu povo e retomava em mãos a história, com decisão e com força, para
conduzi-la à sua meta. Os milagres realizados por Jesus eram os sinais
disso.
No trecho do Evangelho em que se encontra esta Palavra de
Vida, Ele acabara de curar um homem mudo, libertando-o do demônio que o
mantinha aprisionado. Era a demonstração de que Ele viera para vencer o
mal, todo mal, e para instaurar finalmente o Reino de Deus.
Na
linguagem hebraica, esta locução “Reino de Deus” indicava a ação de Deus
em favor de Israel, libertando-o de toda forma de escravidão e de todo
mal, guiando-o rumo à justiça e à paz, inundando-o de alegria e de bem;
aquele Deus que Jesus revela como “Pai” misericordioso, amoroso e cheio
de compaixão, sensível às necessidades e aos sofrimentos de cada um de
seus filhos.
Também nós temos necessidade de escutar o anúncio de Jesus:
“O Reino de Deus já chegou até vós”.
Olhando
ao nosso redor, muitas vezes temos a impressão de que o mundo está
dominado pelo mal, de que os violentos e os corruptos acabam
prevalecendo. Às vezes nos sentimos à mercê de forças contrárias, de
eventos ameaçadores que nos sobrepujam. Sentimo-nos impotentes diante de
guerras e catástrofes ambientais, de massacres e mudanças climáticas,
de migrações e de crises econômicas e financeiras.
Justamente aqui
situa-se o anúncio de Jesus, convidando-nos a crer que Ele, desde já,
está vencendo o mal e estabelecendo um mundo novo.
No mês de março de 25 anos atrás, falando a milhares de jovens, Chiara Lubich
confiava a eles o seu sonho: “Tornar o mundo melhor, como se fosse uma
única família, como se pertencesse a uma única pátria, a um mundo
solidário, ou melhor, a um mundo unido”. Naquele tempo isso parecia uma
utopia – como parece até hoje. Mas, para fazer o sonho se tornar
realidade, Chiara convidava os jovens a viver o amor mútuo, na certeza
de que agindo assim eles haveriam de ter entre eles “o próprio Cristo, o
Todo-poderoso. E Dele vocês poderão esperar tudo”.
Sim, é Ele o Reino de Deus.
E
qual a nossa parte? Fazer com que Ele esteja sempre entre nós. Então,
continuava Chiara, “será Ele mesmo que trabalhará com vocês nos seus
países de origem, porque Ele voltará de algum modo ao mundo, a todos os
lugares em que vocês se encontrarem, tendo-se tornado presente por meio
do amor recíproco entre vocês, da unidade de vocês. E Ele os iluminará a
respeito de tudo o que tiverem de fazer, Ele os orientará e sustentará,
será a sua força, o seu ardor, a sua alegria. Por meio Dele o mundo ao
redor de vocês se converterá à concórdia, toda divisão será recomposta.
(…) Portanto: amor entre vocês e amor semeado em muitos cantos da terra,
entre os indivíduos, entre os grupos, entre os países, com todos os
meios, para que se torne realidade a invasão de amor da qual hoje tanto
se fala, e cresça em consistência, inclusive pela atuação de vocês, a
civilização do amor que todos esperamos. É a isso que vocês são
chamados. E verão coisas grandes”[1].
Colaboração de Fabio Ciardi[1] IV Festival internacional dos “Jovens por um mundo unido” (Genfest), Roma (Palaeur), 31 de março de 1990.
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Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha