Réquiem Pelas Misticas Samaumeiras de Abaetetuba?
Leia Sobre a
Importância da Mística Árvore Samaumeira
Samaúma - a rainha da floresta
by Elma
Carneiro 13:02
Manifesto: clique no selo
"Se
houver clareza na alma,
haverá beleza na pessoa.
Se houver beleza na pessoa,
haverá harmonia na casa.
Se houver harmonia na casa,
haverá ordem na nação.
Se houver ordem na nação,
haverá paz no mundo."
Provérbio Chinês
Samaúma - a rainha da floresta
- Pertence às famílias bombacáceas. (Ceiba Pentandra Gaertn).
Samaúma ou Sumaúma (Ceiba
pentranda) é uma árvore encontrada na Amazônia. É considerada sagrada para ao
antigos povos “maia” e os que habitam as florestas. A palavra samaúma é usada
para descrever a fibra obtida dos seus frutos. A planta é conhecida também por
algodoeiro. Cresce entre 60–70 m de altura e o seu tronco é muito volumoso, até
3 m de diâmetro com contrafortes. Alguns exemplares chegam a atingir os 90m de
altura, sendo, por isso, uma das maiores árvores da flora mundial.
Essa árvore consegue retirar a água das profundezas do solo amazônico e trazer não apenas para abastecer a si mesma, mas também pra repartir com outras espécies. De crescimento relativamente rápido, pode alcançar os 40 metros de altura.
Essa árvore consegue retirar a água das profundezas do solo amazônico e trazer não apenas para abastecer a si mesma, mas também pra repartir com outras espécies. De crescimento relativamente rápido, pode alcançar os 40 metros de altura.
Em
determinadas épocas "estrondam" irrigando toda a área em torno
dela e o reino vegetal que a circunda.
A samaumeira é tipicamente amazônica, conhecida como a “árvore da vida” ou “escada do céu”. Os indígenas consideram-na “a mãe” de todas as árvores. Suas raízes são chamadas de sapobemba. Estas raízes são usadas na comunicação pela floresta, que é feita através de batidas em tais estruturas. Possui uma copa frondosa, aberta e horizontal.
Além disso, a árvore apresenta propriedades medicinais e é considerada pelos povos da floresta, uma árvore com poderes mágicos, protegendo inclusive as demais árvores e os habitantes da floresta.
A samaumeira é tipicamente amazônica, conhecida como a “árvore da vida” ou “escada do céu”. Os indígenas consideram-na “a mãe” de todas as árvores. Suas raízes são chamadas de sapobemba. Estas raízes são usadas na comunicação pela floresta, que é feita através de batidas em tais estruturas. Possui uma copa frondosa, aberta e horizontal.
Além disso, a árvore apresenta propriedades medicinais e é considerada pelos povos da floresta, uma árvore com poderes mágicos, protegendo inclusive as demais árvores e os habitantes da floresta.
flores da samaúma
Frutos
Fotos:-flor
e frutos: Wiki - árvore:Octavio Campos Salles
SAMAÚMA, o que significa?
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Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha, de
Abaetetuba/PA
03 setembro 2008
A Grande Samaumeira dos Índios Ticunas
Samaumeira é o nome desta grande árvore que fotografei
apenas por encantamento. Se conhecesse a história, talvez tivesse feito fotos
melhores... ou me perdido por lá. A grande samaumeira dos índios ticunas é parte
de uma lenda belíssima que fala de resistência e imortalidade. Para os índios,
as árvores desepenhavam papel fundamental no universo. Os galhos fortes da
gigantesca samaumeira, por exemplo, sustentavam o céu com todos os seus astros
. A lenda sobre essa árvore soberba pode ser lida numa obra de 1985, escrita
pelos próprios ticunas e publicada pelo Museu Nacional (RJ) . O livro, chamado
Nosso Povo, narra a lenda que conta como apareceu o
dia e a história do coração da samaumeira. Quase ninguém com quem falei aqui em
Belém sabia sequer o nome da árvore, que dirá a história mítica e linda que ela
guarda. Alguns ainda disseram: " é uma árvore centenária que todo mundo
diz que tem coração". Como fomos aprender tanto sobre minotauros e medéias
e não conhecíamos o coração da samaumeira que sustenta o firmamento e que ainda
hoje nos contempla em sua altivez, no meio de uma floresta que o mundo inteiro
conhece? Precisamos descobrir o Brasil, antes que os aventureiros lancem mão. E
faço a minha pequena parte, postando o resultado da pesquisa para saber que
árvore maravilhosa era aquela.
Lendas desconhecidas de uma terra chamada Brasil
Como apareceu o dia. Naquele tempo era sempre noite. Os galhos da samaumeira cobriam o mundo, escurecendo tudo. Os irmãos Yoi e Ipi tentaram abrir um buraco na copa da árvore, jogando-lhe caroços de araratucupi, mas sem resultado. Chamaram o pica-pau, que tentou cortar o tronco com o bico, mas não conseguiu. Resolveram então tirar o machado da cutia. Ipi colou penas em todo o corpo e ficou deitado de boca aberta no caminho da cutia. A cutia estranhou a figura que encontrou no caminho e começou a fazer-lhe perguntas. Como Ipi não respondesse, ameaçou urinar na boca dele, cortar-lhe a língua, até que ele respondeu, dizendo que podia arrancá-la. Ela se aproximou e Ipi arrancou-lhe a paleta, a perna de trás, que era o seu machado. A cutia perseguiu Ipi mancando e gritou-lhe que, quando fizesse roça, não dissesse o nome dela, e que ela iria cobrar-lhe o roubo, furtando nas roças que fizesse. É o que a cutia faz até hoje. A cutia não pode mais plantar. Só cutia pequena ainda tem o machado. De posse do machado, Ipi começou a cortar a árvore. Mas o corte se tornava a fechar. Yoi então tentou cortar e, onde ele batia, o corte se mantinha aberto. Quando se cansou, entregou o machado a Ipi, que continuou a cortar, mas agora o corte não se fechava mais. Apesar de o tronco estar bem fino, a árvore não caía. Olhando para cima, viram que era uma preguiça que a segurava. O quatipuru, convidado para subir e tirar a mão da perguiça do galho, foi até a metade e desceu, com medo da altura. O quatipuru pequeno aceitou subir com formigas de fogo para jogar nos olhos da preguiça. Ele subiu e conseguiu atingir os olhos da preguiça. Deu então um pulo para trás e caiu, machucando o rabo no machado. Por isso o quatipuruzinho tem o rabo dobrado nas costas. A samaumeira caiu, e daí por diante se pôde ver o sol, o céu, as estrelas. Como recompensa, Yoi e Ipoi deram sua irmã para casar com o quatipuruzinho.
O
coração da samaumeira. Depois de algum tempo, Ipi foi até a
árvore derrubada para ver se já tinha apodrecido. Mas ela estava viva e tinha
começado a brotar de novo. Ipi ouviu batidas de coração e resolveu
tirá-lo. E começou a cortar com o machado. Ipi e Yoi disputavam o
machado, cada qual querendo a tarefa de tirar o coração da samaumeira.
Finalmente um golpe de Yoi fez o coração pular fora. Um calango o engoliu
e ele ficou parado na garganta. Ipi encostou um tição na garganta do
calango e o coração pulou fora. Mas uma grande borboleta azul engoliu o
coração. Ipi queimou a asa da borboleta com o mesmo tição e ela vomitou.
Por isso as borboletas azuis de hoje têm manchas na asa. O coração caiu num
buraco muito apertado. Yoi então mandou a cotia roer o coração pelo lado
direito, trazer o caroço e plantar no terreiro. Passado algum tempo, daí nasceu
a árvore de umari.
O mito da grande samaumeira e o de seu coração também
estão divulgados em O Livro das Árvores (Benjamin Constant: OGPTB, 1997), um
volume escrito e ilustrado pelos professores indígenas ticunas, que trata da
importância das árvores na vida e cultura de seu povo. Entre as suas muitas
ilustrações, há um desenho da árvore Tchaparane, que produzia terçados. Ela
ficava em Cujaru, um lugar perto do rio Jacurapá, e as pessoas iam até lá e
esperavam que caíssem no chão.
Fonte:
http://www.geocities.com/RainForest/Jungle/6885/mitos/m08arvor.htm
Sobre os Ticunas
Os Ticunas constituem, hoje, a maior nação indígena do
Brasil com mais de 32 mil pessoas. Eles são encontrados também na Colômbia e no
Peru. No Brasil, estão localizados no estado do Amazonas, ao longo do rio
Solimões, em terras dos municípios de Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo
de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Fonte Boa, Anamã e Beruri. Os
Ticunas falam uma língua considerada isolada, que não mantém semelhança com
nenhuma outra língua indígena. Sua característica principal é o uso de diferentes
alturas na voz, peculiaridade que a classifica como uma língua tonal. Os Ticuna
estão organizados em clãs, ou "nações", agrupados em metades, que
regulam os casamentos. Membros de uma metade devem casar-se com pessoas da
metade oposta, e seus filhos herdam o clã do pai. Numa das metades agrupam-se
os clãs com nomes de aves: mutum, maguari, arara, japó etc. Na outra metade
estão os clãs que possuem nomes de plantas e de animais, como o buriti,
jenipapo, avaí, onça, saúva.
O texto completo sobre os índios ticuna pode ser visto no site
http://www.rosanevolpatto.trd.br/ticuna1.htm
Samaumeira
22/03/2014
às 14:03
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FOTOS
QUE SÃO OBRA-PRIMA: Fotógrafo José Pinto transforma em livro 30 anos de
trabalho e de paixão pela Amazônia
Clique na legenda acima e veja textos e fotos
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Folhagem
que assumiu a forma de uma borboleta. Lago do Parque Zoobotânico anexo ao Museu
Emílio Goeldi, Belém (PA)
Publicado
originalmente em 26 de novembro de 2013
Não foi certamente por puro acaso
que a primeira imagem a revelar-se diante dos olhos daquele menino de 4 anos,
na penumbra mágica do laboratório fotográfico em que entrava pela primeira vez,
tivesse sido a de uma árvore.
“Extasiado”,
como ele próprio se descreve, ao debruçar-se várias décadas depois sobre essa
lembrança, o menino José Pinto veria naquele momento traçados sua vocação e seu
destino profissional — ser repórter fotográfico, tal qual o pai, os irmãos e
mais tarde os filhos e vários outros parentes — e teria uma espécie de
antevisão do que seria seu grande sonho: registrar, com minúcia, carinho e
competência, a natureza, a gente e os problemas de sua Amazônia natal.
Este
livro esplêndido, resultado de mais de 80 mil quilômetros percorridos no
interior da maior floresta tropical do planeta em mais de três décadas de
trabalho paciente e primoroso de José Pinto e seu irmão Pedro, é o desfecho
natural daquele momento especialíssimo, vivido há mais de 70 anos. Constitui,
desde já, um patrimônio do fotojornalismo brasileiro, à altura do colosso que
eles tão fielmente retratam.
José Pinto está
radicado em São Paulo desde 1952, mas nunca deixou de levar seu Pará no coração
e nem de tê-lo na sua objetiva, ao lado dos demais Estados da região
Amazônica. Entre outros veículos da imprensa, trabalhou nas extintas
revistas O Cruzeiro e Manchete, teve passagem pela TV como
câmera, atuou no extinto jornal Última Hora, em O Estado de S.Paulo e
em diferentes revistas da Editora Abril.
O trabalho
sobre a Amazônia, a ser transformado num livro de 900 páginas — a obra, ainda
sem título definitivo, está sendo negociada com editoras –, é uma realização
pessoal, bancada pelo próprio bolso, realizado em férias e intervalos entre
empregos, e para cujo financiamento Zé Pinto, como o chamam os amigos, chegou a
vender propriedades e um carro. “Nele, procuro mostrar a região sob o prisma do
povo amazônico, seu cotidiano e o esforço para conjugar a preservação da
floresta com o desenvolvimento sustentado”, diz o fotógrafo.
Embora
seja um livro de fotos, José Pinto colheu para a obra mais de 250 depoimentos
sobre a região, entre poetas, cientistas, escritores, jornalistas,
ambientalistas, militares e dirigentes políticos, entre os quais o antropólogo
Darcy Ribeiro, o geógrafo Aziz Ab’Szaber, o escritor Rubem Braga, os
sertanistas Orlando, Cláudio e Leonardo Villas-Bôas, o bibliófilo José Mindlin,
os ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso e a
presidente Dilma Rousseff.
Desfrutem
algumas das fotos magníficas que constarão do livro, selecionadas pela editora
de Fotografia de VEJA, Gilda Castral, que confessa: “Sofri muito para escolher
algumas em meio a tantas fotos primorosas”.
Não deixe
de visitar o belo blog do fotógrafo clicando aqui.
Clique para ver belas fotos na linha acima
Clique para ver belas fotos na linha acima
Samaumeira,
conhecida como a Árvore Sagrada da Amazônia, Macapá (AP)
-
Cipós
retorcidos — o poder da metamorfose amazônica. Em algum ponto do Estado do
Amazonas
-
Mangueira,
quintal de uma residência, Belém (PA)
-
Samaumeira:
com 60 metros de altura, 3,5m de diâmetro, a árvore torna pequena a figura do
caboclo que escala sua base
-
Tracajá
repousa sobre um jacaré, lago do Parque Zoobotânico anexo ao Museu Emílio
Goeldi, Belém
-
Ribeirinha
com filhos gêmeos, feliz por escapar da cheia do Rio Amazonas e conseguir
abrigo, Bragança (PA)
-
Teia de
aranha na Floresta Amazônica, em algum ponto do Estado do Acre
-
A chuva
das três da tarde e o Teatro da Paz, Belém
-
Mercado
Ver-o-Peso, entreposto pesqueiro e ponto turístico, Belém
-
Trecho do
Rio Amazonas, rumo ao Amapá
-
Ossatura
do peixe gurijuba. Sua bexiga natatória possui propriedades medicinais e
aplicações industriais. Ele é tido pelos ribeirinhos como sacramento
da presença de Deus Pai nas águas do rio, pois seus ossos lembram Jesus
crucificado
-
O homem
amazônico: catador de caranguejos saindo de um manguezal próximo a Belém. Na
sua boca, uma “parranga”, ou “porronga” – um cigarro de maconha do tamanho
de um charuto
-
Casa de
ribeirinhos às margens do Rio Amazonas, cercanias de Macapá
-
Sítio de
mineração desativado. O homem passou por aqui, e deixou veias abertas. Serra do
Manganês (AP) (Foto: José Pinto)
-
O
sertanista Orlando Villas-Bôas, em sua casa em São Paulo, em 2001. Orlando
e seus irmãos Cláudio e Leonardo, segundo José Pinto, “estão eternizados nos
murmúrios dos rios, das cachoeiras, na generosidade das chuvas”
-
Mãe
indígena amamenta o filho, São Gabriel da Cachoeira (AM)
-
A cabocla
e os filhos sorriem depois de recolher doações lançadas pelos viajantes do
barco “Bom Jesus”, navegando pelo rio Salvadorzinho entre Belém e
Macapá
-
O
mimetismo é a forma de proteção da borboleta contra os predadores. Cercanias
de Manaus
-
Vitória-Régia,
Manaus
-
Festa
folclórica do Boi-Galheiro, cercanias de Vigia (PA)
-
Família
de ribeirinhos, liderada pela matriarca Gregória, chegam à sua residência,
Ananindeua (PA)
-
A
ribeirinha Gregória e a família em sua residência, Ananindeua
-
Uma
das filhas da matriarca Gregória, grávida do garoto Douglas, rio
Caraparu (PA)
-
O garoto
Douglas, agora com 6 anos, puxa a canoa, rio Caraparu
-
Garoto guarani
em algum ponto do Pará
-
A Floresta
em Chamas. Uma fusão digital de imagens que mostra um jacaré consumido pelo
fogo. A criação do artista não rivaliza com a realidade
Tags: Acre, Amapá, Amazonas, Amazônia, Ananindeua,
Belém, Boi-Galheiro,
Bragança,
Cipós
retorcidos, fotos,
jacaré, José Pinto,
Macapá, Mangueira,
manguezal,
Mercado
Ver-o-Peso, mimetismo,
Museu
Emílio Goeldi, Orlando
Villas Bôas, Ossatura
do peixe Gurijuba, Pará, Parranga, Rio
Amazonas, Samaumeira,
São
Gabriel da Cachoeira, Serra
do Manganez, Teatro da
Paz, Tracajá,
Vigia, Vitória-Régia
Reproduzido pelo Blog do
Ademir Rocha, de Abaetetuba/PA
A VISAGEM DA SAMAUMEIRA
Na
frente da casa do Sr. Ataíde, no local Poção, que fica na embocadura de
dois braços de rios, o Furo Ciriaco e Rio Caripetuba, existia uma
grande árvore samaumeira. No início dos trabalhos dos padres xaverianos
nessa localidade, essa árvore apresentava um grande mistério,
inexplicável até os dias atuais e que causava medo e pavor em todos os
que ouviam o fenômeno, que acontecia periodicamente, e sempre à
tardinha. Era o barulho de algum peso desproporcional, caindo e fazendo
muito barulho de galhos quebrados e com forte impacto no chão, a terra
tremia e com um estrondo ainda mais assustador. Esse fenômeno foi ouvido
por muitas pessoas e durante muito tempo e que espantava todos os
moradores do lugar. Quando, pela manhã, ia-se verificar o acontecido,
não se encontrava vestígios de nada de anormal, como se nada tivesse
acontecido na noite anterior, e a árvore ali estava inteira e sem
buracos perto do seu tronco. Os moradores da localidade foram se
aconselhar com o padre católico que dava assistência à comunidade e o
mesmo recomendou que se fizesse, por 3 vezes a seguinte oração no
momento do fenômeno: “Deus te salve”. E disse ainda que são fenômenos
causados por almas perdidas que vivem no espaço. Tatá, Dalgisa e Bejoca,
chegaram a assistir ao fenômeno e eles fizeram conforme a orientação do
padre e ainda se podou a árvore até o tronco e o fenômeno parou de
acontecer. Porém, o tronco da árvore emitiu vários brotos de samaumeira,
que já estão bem crescidos e o autor do Blog viu esses brotos no
quintal da casa do Sr. Ataíde e o mesmo vai deixar os brotos crescerem.
Será que o fenômeno voltará a acontecer, com a árvore novamente
crescida? É ver para crer ou para assustar novamente!
A CORRENTE DO MALATO
Malato é uma localidade da Ilha do Marajó, município de Ponta de Pedras e situada em frente à região das Ilhas de Abaetetuba, onde residem algumas pessoas conhecidas da população do Rio Caripetuba, Ilha do Capim e arredores. No Malato existe uma grande árvore de samaumeira (para o ribeirinho é uma árvore mística, perto da qual acontecem os fenômenos sobrenaturais, como aparecimento do curupira, fantasmas, pretinhos) onde estava presa e pendurada uma antiga e grande corrente que as pessoas pensavam que tinham sido os revoltosos da Cabanagem que a deixaram pendurada na grande árvore. Muito tempo depois é que os ribeirinhos descobriam que tinha sido uma tropa militar do governo imperial que armara a grande corrente na árvore, para prender, pendurar e matar de fome e sede ou à tiros, os rebeldes cabanos e fazia o mesmo com os ribeirinhos simpatizantes dos cabanos, que ajudavam ou davam abrigo ou protegiam os revoltosos cabanos do Pará. Esse castigo, imposto pelos governantes imperiais, deveria servir de exemplo para todos os que tentassem ajudar os revoltosos, como aconteceu na morte do mártir Tiradentes em Minas Gerais. Os revoltosos cabanos e seus amigos ribeirinhos simpatizantes, muitas das vezes, eram obrigados a vestir pesadas roupas de couro cru e assim eram pendurados na grande corrente, ficando expostos ao forte calor do sol e quando a roupa de couro ia secando,começava a apertar o corpo dos torturados, que morriam de fome, sede e asfixiados pelo aperto da roupa de couro seco. Uma coisa é muito verdadeira nessa história: a revolução cabana teve um de seus maiores focos de resistência nas regiões do Marajó e na região do Baixo Tocantins e centenas de pessoas morreram, de ambos os lados, nas lutas que se desenrolaram nas matas e águas do Marajó, Cametá, Abaeté, Igarapé-Miri, Moju, Capim e Guamá.
Blog do Ademir Rocha, de Abaetetuba/PA
A CORRENTE DO MALATO
Malato é uma localidade da Ilha do Marajó, município de Ponta de Pedras e situada em frente à região das Ilhas de Abaetetuba, onde residem algumas pessoas conhecidas da população do Rio Caripetuba, Ilha do Capim e arredores. No Malato existe uma grande árvore de samaumeira (para o ribeirinho é uma árvore mística, perto da qual acontecem os fenômenos sobrenaturais, como aparecimento do curupira, fantasmas, pretinhos) onde estava presa e pendurada uma antiga e grande corrente que as pessoas pensavam que tinham sido os revoltosos da Cabanagem que a deixaram pendurada na grande árvore. Muito tempo depois é que os ribeirinhos descobriam que tinha sido uma tropa militar do governo imperial que armara a grande corrente na árvore, para prender, pendurar e matar de fome e sede ou à tiros, os rebeldes cabanos e fazia o mesmo com os ribeirinhos simpatizantes dos cabanos, que ajudavam ou davam abrigo ou protegiam os revoltosos cabanos do Pará. Esse castigo, imposto pelos governantes imperiais, deveria servir de exemplo para todos os que tentassem ajudar os revoltosos, como aconteceu na morte do mártir Tiradentes em Minas Gerais. Os revoltosos cabanos e seus amigos ribeirinhos simpatizantes, muitas das vezes, eram obrigados a vestir pesadas roupas de couro cru e assim eram pendurados na grande corrente, ficando expostos ao forte calor do sol e quando a roupa de couro ia secando,começava a apertar o corpo dos torturados, que morriam de fome, sede e asfixiados pelo aperto da roupa de couro seco. Uma coisa é muito verdadeira nessa história: a revolução cabana teve um de seus maiores focos de resistência nas regiões do Marajó e na região do Baixo Tocantins e centenas de pessoas morreram, de ambos os lados, nas lutas que se desenrolaram nas matas e águas do Marajó, Cametá, Abaeté, Igarapé-Miri, Moju, Capim e Guamá.
Blog do Ademir Rocha, de Abaetetuba/PA
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