segunda-feira, 30 de maio de 2011

ECONOMIA DE COMUNHÃO

NOTÍCIAS DA ECONOMIA DE COMUNHÃO



Empresas brasileiras dão exemplo de economia baseada na comunhão
Nicole Melhado
Enviada especial a São Paulo

Dalla Strada

Baseada nos princípios de Economia de Comunhão, a empresa Dalla Strada emprega jovens em situação de risco.


Rompendo paradigmas, empresas brasileiras são exemplos de uma nova forma de economia baseada na comunhão, repartindo seus lucros em três partes: uma é destinada aos jovens, a segunda à formação de homens novos e, por fim, outra parte é destinada ao desenvolvimento da própria empresa.

A chamada Economia de Comunhão (EdC) foi uma inspiração da fundadora do Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, em sua visita ao Brasil em 1991. Hoje, tal modelo de economia é implantado em empresas de outros 39 países.

Mais de 1650 empresários e estudiosos vindos de 37 países estiveram presentes na Jornada Internacional de Economia de Comunhão, realizada no memorial da América Latina em São Paulo, neste domingo, 29. A Jornada fez uma síntese desses 20 anos de EdC e lançou uma perspectiva para os próximos anos.

“A disparidade entre ricos e pobres é a pior chaga social do Brasil”, disse Chiara Lubich em 1991, ao instituir a EdC. Para ela, a distribuição harmoniosa de renda é o melhor caminho para o desenvolvimento da sociedade.

Segundo a fundadora do Movimento dos Focolares, deveriam surgir empresas administradas por pessoas competentes que colaborassem para o bem comum. Atendendo a esse pedido, empresários como Armando Tortelli dedicaram seus esforços para a constituição dessa realidade.

“No mundo empresarial, parecia-me incompatível colocar em prática esses valores éticos e morais do cristianismo. Quando Chiara veio ao Brasil em 1991, foi como se ela nos dissesse que Economia de Comunhão nada mais é que viver o amor na atividade econômica, buscar diariamente aquela luz, algo em que você pode e deve acreditar, pois é verdadeiro. Acreditar que você pode sim produzir riquezas colocando o homem no centro das atividades, sendo amor para com todos e em cada ação que se desenvolve”, esclarece Tortelli.

O empresário explica que a partilha do lucro é feita na liberdade, de acordo com as necessidades e características da própria empresa. Em sua particular experiência, ele estipula por ano uma meta que deve ser alcançada para que a empresa possa ajudar os pobres.

“Independentemente de ter esse dinheiro em caixa ou não, nós buscamos atingir essa meta, pois como dizia Ginetta Calliari [cofundadora do Movimento dos Focolares, que o trouxe ao Brasil], os pobres não podem esperar”, conta o empresário.

Longe de acreditar na perfeição do sistema estipulado para sua empresa, Tortelli explica que o empresário de EdC deve buscar sempre um equilíbrio, deve estar desapegado na sua pessoa física quanto ao lucro da empresa. “Por lei, o empresário pode retirar do lucro uma parte já tributada e ser remunerado pelo capital que investiu. Procuramos viver dignamente, mas não ter esse acúmulo na pessoa física”, destaca.

Ecológica e socialmente sustentável


Mais que uma empresa socialmente sustentável, a empresária Eunice de Lima buscava algo mais. Já na formação da empresa queria ter presente aqueles que desejava atender: os pobres.

A empresária trouxe para São Paulo a ideia de um padre de Recife, que ensinava jovens em situação de risco a confeccionar bolsas feitas com lonas de caminhão.

“Tanto os jovens quanto o material usado nas bolsas são recuperados 'da rua'. Quando vi essa experiência, vi que era algo pelo que valia a pena dar a minha vida e ali investi minhas economias”, conta.

A Dalla Strada, nome italiano que significa "vindo da rua", emprega 10 jovens, provas vivas de amor e superação. No centro das atividades da empresa está o ser humano, por isso o empreendimento preocupa-se com cada um. Nas reuniões, Eunice explica que é feita sempre a 'hora da verdade', onde se ressalta o que há de bom em cada um e o que é preciso melhorar.

A iniciativa é uma das empresas de Economia de Comunhão localizada no Pólo Industrial Spartaco. No Brasil, existem ainda dois pólos: o Pólo Ginetta, no município de Igarassu, em Pernambuco (PE), e o Pólo Industrial Phillip Naveaux, próximo à cidade de Belém (PA), no município de Benevi.

Veja mais na reportagem de Fernanda Postigo

Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha

sexta-feira, 27 de maio de 2011

NOTÍCIAS DOS FOCOLARES


NOTÍCIAS: MOVIMENTO DOS FOCOLARES

1ª NOTÍCIA:

Movimento dos Focolares realiza Jornada para refletir sobre a Vontade de Deus

Sex, 27 de Maio de 2011 09:09
Evento


Com o tema “Seja feita a Tua vontade” será realizada no próximo domingo, dia 29 de maio, a Jornada do Movimento dos Focolares. O evento acontecerá das 8h30 às 17h, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), localizado na Avenida Canal, bairro José Pinheiro, nas proximidades do Açude Velho, em Campina Grande.


A Jornada será aberta ao público com idade a partir de 17 anos. Segundo a focolarina Simone Veríssimo, uma das coordenadoras do evento, a iniciativa tem o objetivo de “suscitar no coração das pessoas uma clareza sobre a importância de viver profundamente a Vontade de Deus”, frisou.


A programação conta com apresentações artísticas, vídeos e partilhas de experiências sobre como é possível viver a Vontade de Deus na contemporaneidade. O evento será encerrado com uma missa presidida pelo bispo diocesano de Campina Grande, Dom Jaime Vieira Rocha.


A Jornada terá a colaboração de membros do Movimento dos Focolares de toda a Paraíba. As inscrições custam R$ 5 e podem ser feitas no próprio auditório da FIEP, no dia do evento. Para os interessados em almoçar no local, a refeição será comercializada por R$ 7.


Mais informações podem ser obtidas através dos fones: (83) 8726-5370/ 8703-1348/ 8853-8087
Movimento dos Focolares


O Movimento dos Focolares, difundido em 182 países nos cinco continentes, tem a fisionomia de um pequeno povo composto por pessoas de várias raças, culturas e categorias sociais. O seu objetivo é contribuir para a realização do Testamento de Jesus “Pai que todos sejam um”, construindo pontes de diálogo e de fraternidade em toda a família humana.


Nessa linha, os Focolares desenvolvem iniciativas que favorecem o diálogo e a comunhão na Igreja Católica, entre todas as Igrejas cristãs, entre as diversas religiões e com pessoas sem um referencial religioso. O Movimento desenvolve também iniciativas para difundir a cultura da fraternidade nos mais diversos âmbitos da sociedade: no campo da cultura, da política, da economia, da comunicação, da arte e da ciência. Os membros dos Focolares são 140 mil em todo o mundo e mais de dois milhões de pessoas aderem aos seus princípios.


Segundo o portal oficial do Movimento, ele nasceu em Trento, na Itália, no dia 7 de dezembro de 1943, data em que Chiara Lubich – a sua fundadora, então com 23 anos –, consagrou a sua vida a Deus, como resposta à descoberta fulgurante do amor divino que se revelou precisamente no clima de ódio da Segunda Guerra Mundial. Chiara Lubich faleceu em 2008. Hoje o Movimento é presidido pela focolarina Maria Voce e tem sede em Rocca de Papa, Itália.
Assessoria de Imprensa - Jornada do Movimento dos Focolares


Na foto: Chiara Lubich, Fundadora do Movimento Focolares, ao lado do Papa João Paulo II


2ª NOTÍCIA:


ARCEBISPO DE LUANDA NO ENCONTRO SOBRE O MOVIMENTO CRISTÃO NO QUÊNIA


Luanda – O arcebispo de Luanda, dom Damião Franklin, partiu terça-feira para a cidade de Nairobi (Quénia), onde vai participar, até 26 deste mês, no encontro de troca de experiências e refrescamento do Movimento dos Focolares (Mariápolis).

Em declarações à Angop, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, dom Damião Franklin explicou que o Movimento dos Focolares (movimento religioso de inspiração cristã fundado em 1943, em Trento, Itália, por Chiara Lubich) procura a construção de um mundo unido, baseado no amor evangélico.

“Sabe-se que a guerra destrói, por isso, Chiara Lubich, para mostrar uma visão diferente por altura da segunda guerra mundial, congregava pessoas crentes de diferentes visões e ideologias para, no esquecimento das tensões humanas, fazerem troca de experiências espiritual “, argumentou o arcebispo.

Segundo a autoridade católica, o Movimento dos Focolares visa a partilha de experiências espirituais, a união, convívio com os outros, e está difundido em quase todo o mundo.

“Desta vez foram convidados todos os bispos a nível de África para reverem e aprofundarem alguns aspectos da espiritualidade dos focolares”, avançou.

O movimento é conhecido também pelo seu intenso trabalho de promoção humana e social em dezenas de iniciativas em comunidades de pobres, além da forte espiritualidade cristã-católica voltada à vivência do Evangelho e à construção da unidade dele emanada.

No caso de Luanda, a entidade religiosa fez saber que já existe uma direcção de pessoas consagradas que fazem votos de obediência e castidade para esse fim.

A Mariápolis, cidade de Maria, é um modelo de encontro típico do Movimento dos Focolares, que teve início no verão de 1943, em Trento, no Norte de Itália, e que, actualmente conta com cerca de cinco milhões de participantes de quase 200 nações.
Fonte: Angop :: 25-05-2011 Enviar Amigo Imprimir
Reproduzido pelo Blog de Ademir Rocha.

terça-feira, 24 de maio de 2011

ECONOMIA DE COMUNHÃO 3

ECONOMIA DE COMUNHÃO: ASSEMBLÉIA INTERNACIONAL



24/05/2011
Vargem Grande Paulista sediará Assembléia Internacional em comemoração aos 20 anos de Economia de Comunhão

Assessoria de Imprensa

Projeto oferece uma contribuição concreta para reduzir os problemas econômicos atuais

A cidade de Vargem Grande Paulista (SP) sediará entre os dias 25 a 28 de maio, a Assembléia Internacional da Economia de Comunhão (EdC), que reunirá 600 pessoas envolvidas diretamente no projeto. A jornada será realizada no Centro Mariápolis Gineta (Rua José Coelho Casas, 25 – Jardim Margarida) e abordará assuntos específicos como: “Empresário e empresa”, “Pobreza e desenvolvimento”, “Aspectos institucionais e dimensão cultural”, seguidos por apresentações de experiências concretas.

Além de realizar um balanço sobre o que foram os primeiros 20 anos da EdC, a Jornada Internacional pretende olhar para o futuro, para aqueles que serão os próximos 20 anos do projeto. Já se inscreveram para participar do evento 34 países dos cinco continentes, tais como: Brasil, Canadá, França, Polônia, Coréia, Itália, Estados Unidos, Eslováquia, Argentina, Bolívia, Costa do Marfim, Congo e Peru.

Durante os quatro dias da Assembléia serão formados grupos de trabalho, diálogo e mesas redondas, em que os participantes também farão uma visita ao Pólo Empresarial Spartaco, localizado em Cotia (SP), composto por empresas da EdC.

O encerramento da Jornada acontecerá no dia 29 de maio, no Auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina, em São Paulo, que será o palco para apresentação e discussão de um caminho alternativo no esforço de superação da pobreza e da construção de uma sociedade mais fraterna. No local será realizada a Jornada Internacional “A profecia torna-se realidade: 20 anos de Economia de Comunhão”, reunindo empresários, trabalhadores, estudiosos, pesquisadores e agentes sociais de diversos países.

Entre os palestrantes já estão confirmados: o Prof. Dr. Stefano Zamagni, docente de Economia na Universidade de Bolonha, Itália, professor de Economia Internacional na “The Paul Nitze School of Advanced International Studies, da Johns Hopkins University”, “Fellow” da “Academy of Sciences of Milan”, da “Academy of Sciences of Bologna”, da “Academy of Sciences of Modena” e da “New York Academy of Sciences; e a Prof.ª Vera Araújo, socióloga brasileira, professora da Universidade Sophia em Loppiano (Itália).

“Este é um evento muito importante para Vargem Grande Paulista, pois este movimento nasceu aqui e com isso nossa cidade se tornou conhecida no mundo todo”, comentou o prefeito Roberto Rocha, que participará da abertura da Jornada juntamente como vice-prefeito professor Carlos.

O evento está sendo promovido pela Comissão Internacional de Economia de Comunhão que tem sua sede em Rocca di Papa (Roma) e conta com o apoio da Prefeitura de Vargem Grande Paulista.

Economia de Comunhão

A Economia de Comunhão (EdC) – projeto lançado no dia 29 de maio de 1991 pela fundadora do Movimento dos Focolares e vencedora do Prêmio Unesco 1996 para a Educação à Paz, a italiana Chiara Lubich, em visita ao Brasil – sugere uma alternativa para responder à grande disparidade entre ricos e pobres. Com uma nova proposta de agir econômico, as empresas da EdC (atualmente quase 800 empresas dos cinco continentes) dividem o lucro destinando uma parte para os pobres.

A Economia de Comunhão (EdC) é um movimento internacional que congrega empresários, empresas, associações, instituições econômicas, funcionários, diretores, clientes, financistas, estudiosos, agentes econômicos, pessoas necessitadas, simples cidadãos, famílias. O eixo central da EdC é constituído por empresas e outras organizações produtivas comprometidas em erradicar a miséria e a injustiça social, a fim de contribuir na construção de um sistema econômico e uma sociedade de comunhão.

A novidade - Os empresários que livremente aderem ao projeto decidem dividir o lucro da empresa segundo três finalidades de igual relevância:

- ajudar as pessoas em dificuldade financeira, suprimindo suas necessidades elementares, e criando novos postos de trabalho;

- difundir a "cultura da partilha", sem a qual é impossível realizar uma Economia de Comunhão

- desenvolver a empresa, que deve ser eficiente, favorecendo também a capacitação e promoção humana de seus funcionários.

A EdC nasce de uma espiritualidade de comunhão, aplicada na vida civil; conjuga eficiência e solidariedade; acredita que a cultura da partilha pode transformar o comportamento econômico; considera que os pobres estão no mesmo plano de dignidade, respeito, reciprocidade e comunhão.

EdC - Reconhecimentos institucionais e acadêmicos: em 1998, o Governo Brasileiro concedeu a Chiara Lubich a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, reconhecendo na EdC “uma forma inovadora e eficaz de lutar contra a pobreza e a exclusão”. Chiara também foi condecorada com a Grande Cruz ao Mérito pelo presidente da Alemanha, Joannes Rau (2003). Recebeu, ainda, doutorados honoris causa de universidades de na Polônia, Brasil, Argentina e Itália.

Para saber mais: www.edc-online.org
Reproduzido pelo Blog Ademir Rocha

ECONOMIA DE COMUNHÃO 2

ECONOMIA DE COMUNHÃO: ENCONTRO INTERNACIONAL



Terça-feira, 17 de maio de 2011, 13h42
Movimento dos Focolares propõe solução para desigualdade social
Nicole Melhado
Da Redação


Movimento dos Focolares

O projeto da Ecomomia de Comunhão veio de uma inspiração de Chiara Lubich em sua visitar ao Brasil em 1991.
O projeto que busca responder à grave disparidade entre ricos e pobres, inspirado pela fundadora do Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, completa 20 anos. E para comemorar será realizada, no dia 29 de maio, a Jornada Internacional da Economia de Comunhão (EdC), no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Entre os temas que serão abordados no encontro estão "Empresários e Empresas no Século XXI", "Pobreza e Desenvolvimento", e "Aspectos Institucionais e Dimensão Cultural da EdC".

Durante a jornada serão apresentadas a carta de identidade da EdC, suas linhas gerais de atuação e o manifesto São Paulo, com o qual a organização deseja dar uma concreta contribuição aos problemas econômicos atuais.

Segundo um dos responsáveis pela EdC no mundo, professor Luigino Bruni, docente nas Universidades Milano-Bicocca e Sophia, na Itália, a jornada pretende ressaltar a prática e as ideias que fundamentam a Economia de Comunhão com o objetivo de abrir novas perspectivas de atuação e de diálogo com experiências afins.

Empresários provenientes de diversos países e de diferentes setores econômicos irão apresentar suas experiências relacionadas a implantação e desenvolvimento dos princípios de Economia de Comunhão.

Entre os palestrantes já confirmados, estão o professor de economia na Universidade de Bolonha, Itália e da The Paul Nitze School of Advanced International Studies, da Johns Hopkins University, Stefano Zamagni, e da socióloga brasileira, professora na Universidade Sophia, Itália, Vera Araújo.

Economia de Comunhão

"Há vinte anos, sua Santidade João Paulo II publicava a sua encíclica Centesimus Annus, enriquecendo notavelmente o repertório da Doutrina Social Cristã. Após ter lido aquele maravilhoso documento, Chiara Lubich, ao visitar o Brasil, se surpreendeu com o contraste que se apresenta na nossa metrópole: arranha-céus circundados pela 'coroa de espinhos' de favelas", conta a responsável pelo Movimento dos Focolares em São Paulo, Glória Duarte.

A secretaria geral de EdC explica que, refletindo sobre essas duas realidades, os empresários brasileiros membros dos Focolares perceberam que o carisma deles poderia dar uma resposta, uma tentativa válida de solução para esse angustiante problema, através do princípio do amor recíproco.

"A tônica, então da proposta que ela fez, é de vivenciar a fraternidade em todos os níveis e nuanças do agir econômico, atuando dentro da economia de mercado, mas apontando o modo cristão de encarar a economia como caminho para a solução das distorções que o agir econômico tende a produzir e desenvolver, no aprofundamento da desigualdade entre as pessoas, os diversos segmentos sociais e os países em diferentes estágios de desenvolvimento", explica o responsável dos Focolares em São Paulo, Alan Correia.

Os interessados em participar da Jornada Internacional da Economia de Comunhão já podem se inscrever no site oficial da EdC no Brasil.

Leia mais
.: Católicos do mundo querem um novo sistema econômico

Tags: EdC Economia de Comunhão Movimento dos focolares Chiara Lubich São Paulo Economia pobreza empresários noticias cancaonova Canção Nova

Reproduzido pelo Blog de Ademir Rocha

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A PAIXÃO DE CHIARA PELA UNIDADE

A PAIXÃO DE CHIARA PELA UNIDADE



A paixão de Chiara Lubich pela unidade
12 de Março de 2011 às 00:02min
Chiara faleceu há três anos, na madrugada do dia 14 de março de 2008, nas proximidades de Roma, aos 88 anos. Na verdade, ela não morreu, mas voltou para casa, após ter vivido e ensinado a viver pela fraternidade universal, ideal de quem ama a unidade que aprecia a diversidade. Unidade para a qual a diversidade é um pressuposto obrigatório, permanente.

As bombas da Segunda Guerra Mundial a impediram de cursar a universidade. Uma de suas amigas perdeu o noivo na guerra. O sonho de Chiara, estudar, foi interrompido e o de sua amiga, casar, também. Elas, então, se perguntaram: “Será que não existe um ideal que as bombas sejam incapazes de destruir?”. Foi a partir de tal pergunta que começaram a receber o que podemos chamar de revelações na revelação: ideias muito simples, como são as do evangelho de Jesus Cristo, mas com a força de palavras recém saídas do forno da boca de Deus, com seu hálito suave e transformador.

Chiara reconheceu que tudo realmente passa, menos Deus e o seu amor. Consagrou-se a Deus. Mas não entrou num convento. Permaneceu leiga, no meio do mundo. Rapidamente aquela ragazza bela e inteligente de apenas 23 anos atraiu a atenção de muitas pessoas. Quem dela e suas primeiras companheiras se aproximava sentia a presença de um fogo, como se estivesse próximo a uma lareira. Em italiano, usa-se a palavra focolare para designar o aconchego familiar ao redor de uma lareira. Os trentinos usaram tal palavra para designar a nova comunidade cristã que nasceu em Trento, em 1943, ao redor de Chiara Lubich: meninas e rapazes que deixavam tudo para seguir Jesus no movimento que ficou conhecido como Movimento dos Focolares.

Durante as férias, esses jovens das primeiras comunidades de Trento organizavam períodos mais longos de convivência, as Mariápolis (cidade de Maria). Eram cidades governadas pela lei do amor e pela presença de Jesus entre eles, conforme a promessa do evangelho de Mateus: “Onde dois ou mais estiverem unidos no meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18, 20).

A partir das Mariápolis nas montanhas de Trento, o Movimento dos Focolares se espalhou pela Itália, Europa, América... Hoje, há comunidades do focolare em quase todos os países do mundo, nos cinco continentes.

Para Chiara, como para todos os cristãos, Deus é amor, mas um amor que se faz comunhão, unidade, comunidade viva. O testamento de Jesus: “Que todos sejam um” (João 17, 21) tornou-se a grande paixão de Chiara. Unidade entre os cristãos (ecumenismo); unidade entre os católicos; unidade entre as religiões; unidade na política (fraternidade); unidade na economia (comunhão de bens); unidade na família; unidade na escola; unidade entre as gerações; unidade entre os povos e nações.

O mundo, para ela, que via realisticamente os conflitos, tende à Unidade. O realismo maior de Chiara (cidade de Deus) não permitia que ela deixasse de viver pela unidade não obstante os tantos conflitos típicos da cidade terrestre.

Conversei pessoalmente com Chiara pela primeira vez em julho de 1987, no sul da Suíça. Olhar para os seus olhos foi como olhar para a eternidade, pois eles refletiam os horizontes infinitos do amor de Deus e sua cidade definitiva.

Chiara Lubich, mulher do diálogo com todos, de todas as culturas, de todos os continentes, mulher apaixonada pela unidade, mulher que soube sempre apreciar a diversidade cultural como riqueza que alimenta o coração da comunidade una e distinta como é a vida da Santíssima Trindade.
13/05/2011, 02:58min

Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha