Palavra de Vida de Janeiro de 2017
Fonte: www.focolare.org
28 Dezembro 2016
“O amor de Cristo nos impele” (Cf. 2Cor 5,14-20)
“Ontem à noite fui jantar fora, com mamãe e uma amiga dela. Pedi o prato principal com ervilhas, para depois comer o doce de que eu mais gostava. Mas a mamãe não deixou. Eu estava querendo ficar emburrada, mas me lembrei que Jesus estava bem ali, com a mamãe, e então dei um sorriso”. “Hoje, depois de um dia cansativo, voltei para casa. Comecei a ver televisão, mas meu irmão tirou de minhas mãos o controle remoto. Fiquei com muita raiva. Mas depois me acalmei e deixei que ele ficasse vendo a TV”. “Hoje meu pai me disse uma coisa e eu lhe respondi mal. Quando olhei para ele, vi que não estava feliz. Então pedi desculpas e ele me perdoou”.
São experiências sobre a Palavra de Vida contadas por crianças da quinta série, de uma escola de Roma. Pode ser que essas experiências não tenham uma ligação imediata com a Palavra que estavam vivendo naquele momento, mas o fruto do Evangelho vivido é justamente este: o impulso a amar. Qualquer que seja a Palavra de Vida que nos propomos a viver, os efeitos são sempre os mesmos: ela muda a nossa vida, coloca em nosso coração o impulso de ficarmos atentos às necessidades dos outros, faz com que nos disponhamos a servir os irmãos e as irmãs. E não poderia ser diferente: acolher e viver a Palavra faz nascer Jesus em nós e nos leva a agir como Ele. É o que Paulo dá a entender aqui, quando escreve aos coríntios.
O que impulsionava o apóstolo a anunciar o Evangelho e a empenhar-se pela unidade das suas comunidades era a profunda experiência que ele tinha feito de Jesus. Tinha se sentido amado, salvo por Ele. Jesus tinha penetrado na sua vida a tal ponto, que nada nem ninguém poderia jamais separá-lo dele: não era mais Paulo que vivia, porque era Jesus que vivia nele. Imaginar que o Senhor o tinha amado até o ponto de dar a vida era algo que o fazia enlouquecer, não o deixava em paz e o impelia com força irresistível a fazer o mesmo, e com o mesmo amor.
Será que o amor de Cristo impele também a nós com a mesma intensidade?
Se nós tivermos realmente experimentado o seu amor, também nós não poderemos deixar de amar e de nos embrenhar com coragem nos lugares onde existe divisão, conflito, ódio, para levar concórdia, paz, unidade. O amor nos dá as condições de lançar o coração para além do obstáculo, chegando a estabelecer um contato direto com as pessoas, na compreensão e na partilha, para juntos procurar a solução. Não se trata de uma ação opcional. A unidade deve ser procurada a todo custo, sem que nos deixemos impedir pela falsa prudência, por dificuldades ou possíveis desencontros.
Isso se mostra urgente, também em campo ecumênico. Esta Palavra de Vida foi escolhida para este mês no qual se celebra no Hemisfério Norte a Semana de Orações pela Unidade1, justamente para ser vivida em conjunto pelos cristãos das diversas Igrejas e comunidades, a fim de que todos se sintam impelidos pelo amor de Cristo a se aproximarem uns dos outros, tendo em vista a recomposição da unidade.
Na abertura da II Assembleia Ecumênica Europeia em Graz, na Áustria, no dia 23 de junho de 1997, Chiara Lubich afirmava: “Será autêntico cristão da reconciliação somente aquele que souber amar os outros com a mesma caridade de Deus, aquela caridade que faz ver Cristo em cada um, que é destinada a todos – pois Jesus morreu por toda a humanidade –; a caridade que toma sempre a iniciativa, que é a primeira a amar; aquela caridade que leva a amar a todos como a si mesmo, que se ‘faz um’ com os irmãos e as irmãs, nos sofrimentos e nas alegrias. E é preciso que também as Igrejas amem com esse amor”.
Vivamos também nós o radicalismo do amor com a simplicidade e a seriedade daquelas crianças da escola de Roma.
Fabio Ciardi
No Hemisfério Norte se celebra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos em janeiro. No Brasil, ela é celebrada entre a Ascensão e Pentecostes (em 2017 será de 25 de maio a 4 de junho).
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha
NATAL!
Natal Para o Ano Novo Inteiro
Fonte: Centro Chiara Lubich
24 Dezembro 2016
Um pensamento de Chiara Lubich, publicato na edição italiana de Cidade Nova em 1975.
Fonte: Centro Chiara Lubich
Natal, Natal, quantas vezes te festejamos com alegria pura e calor humano sem par!
Mas o nosso coração está de tal maneira endurecido pela indiferença do mundo que tu não conseguiste marcá-lo como seria preciso, com a tua misteriosa e incrível mensagem: sei riuscito a marcarlo come si doveva del tuo misterioso incredibile messaggio: DEUS NOS ama um por um e todos juntos.
O seu amor nos envolveu até o ponto de levar a Trindade a tomar a decisão de mandar entre nós o Filho de Deus feito homem para que o nosso breve caminho terrestre fosse iluminado desde agora pela Luz que não conhece ocaso, e o absurdo morrer nesta vida se transformasse em simples passagem para a vida mais plena e eterna!
Que pelo menos neste ano tu, Natal digas aos nossos corações o que pretendes dizer. Estaremos prontos para acolher a tua voz.
Fonte: www.focolare.org
Chiara Lubich: Epifania 2017
Os
evangelhos contam que os magos chegaram de longe, guiados por uma
estrela, para adorar o Senhor. A oração de Chiara Lubich para que,
“fulgure” para todos, aquela estrela que leva a Deus.
Neste Natal, Senhor, te recomendamos os “distantes”: os muitos que eram “próximos” e que agora não são mais porque os males, os demasiados males do mundo, os afastaram de Ti; aqueles que não te conhecem, mas te buscam com coração puro e sincero, e que não sabem ainda que um dia, um suavíssimo dia, Tu apareceste criança na terra.
Neste Natal, Senhor, te recomendamos sobretudo aqueles que são sem uma fé. Nós os recomendamos a Ti para que, sobre o pano de fundo da não rara boa vontade deles, faça brecha um raio da tua luz, fulgure por um instante a estrela que guia a ti e possam experimentar, pelo menos por alguns momentos, quão plena é a alegria de quem te reconhece e te ama.
Nós te recomendamos os “distantes”, Senhor, porque sabemos que é sobretudo para eles que um dia te fizeste criança.
Chiara Lubich, E torna Natale …, Ed. Città Nuova, Roma 2007, XI edizione, pag 59-60.
Reproduzido pelo Blog do Ademir Rocha