Nossa Senhora da Conceição de Maria - Festa e Círio 2015
Praça e Igreja Catedral de Nossa S. da Conceição
em Abaetetuba
ALGUNS ASPECTOS DA ESPIRITUALIDADE E TEOLOGIA MARIANA
A
Espiritualidade e Teologia Mariana é bem antiga na Igreja Católica e outras
Igrejas do Rito Oriental, tendo se originado nos primeiros tempos do
Cristianismo e que teve seu ápice na Idade Média, quando da construção das
suntuosas e ricas igrejas construídas para louvar a Virgem Maria, Mãe de Jesus
e Mãe do Homem, em devoção que atravessou os séculos, com Maria recebendo mais de
120 denominações devido essa devoção milenar. A devoção popular à Maria perdura
com muita ênfase nos dias atuais, basta ver a festa do Círio de Nossa S. de
Nazaré em Belém, a festa de Nossa S. Aparecida, na cidade de Aparecida, em São
Paulo, a festa de Nossa S. de Fátima, em Portugal, a festa de Nossa S. de
Loudes, na França, a festa de Nossa S. de Guadalupe, no México e tantas outras
milhares de festas dedicadas à Maria que se repetem no Pará, no Brasil e pelo
Mundo inteiro e sempre com grande concorrência para render louvores à Maria,
como a Medianeira entre o Homem e seu Filho Jesus Cristo.
A pergunta
que fazemos é: Será somente o aspecto devocional que o cristão deve manifestar
em relação à Maria, aquela que foi escolhida pelo próprio Deus para ser a Mãe de
seu Filho Jesus, o Salvador e Redentor do Mundo, aquela que foi considerada
pelo próprio Deus como a Cheia de Graças, a Bem Aventurada entre as mulheres, a
Virgem Imaculada, aquela que intercedia, mesmo em vida, junto à Jesus em favor
dos mais simples, dos pobres, dos de Boa Vontade, aquela que foi Assunta ao Céu
em corpo e alma, pois não precisava morrer e ressuscitar dos mortos, porque foi
concebida sem o pecado original que afeta todos os demais homens e a própria
Criação de Deus que juntos devem ressurgir em Novas Terras e Novos Céus e Novos
Homens para estar diante de Deus rendendo Glórias pelo seu grande Amor pelo
Homem e toda a sua Criação?
Maria, a
Mãe de Jesus, também foi a Díscípula perfeita de Jesus, seu amado Filho, pois
seguia seus preceitos e ficou ao seu lado até à morte na Cruz. Maria também
foi a Mãe Perfeita, a Mãe de Deus, e por desejo de Jesus se tornou a Mãe da
Igreja e do Homem no colóquio final de Jesus com Maria e João Evangelista, seu
discípulo muito amado.
Maria, junto com José e Jesus constituíram a Família de
Nazaré, a Família Perfeita, como exemplo da Unidade da Trindade de Deus, em
Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, que devem servir de exemplo para as
famílias humanas, famílias religiosas, comunidades, conforme nos aponta o Livro
dos Atos dos Apóstolos que diz que os primeiros seguidores de Jesus tinham "Um
só Coração, Uma só alma, tinham tudo em comum, Dividiam entre si os seus bens,
não havendo necessitados entre eles, pois todos repartiam entre si os seus bens"
e Maria, a Mãe de Jesus, desfrutava entre os Apóstolos e os Díscipulos de
Jesus a mais alta consideração, não só por ser a Mãe de Jesus, mas porque Ela
era aquele Modelo Perfeito de Santidade, que todo cristão deve aspirar, para ser
como Maria, também merecedor da Vida Eterna junto à Deus Pai, Deus Filho, os
Santos Anjos do Senhor e os demais Santos do Paraíso, cujo início é aqui mesmo
nesta nossa vida terrena com a nossa imitação de Santidade de Maria, a Cheia de
Graças e Virtudes, diante dos Homens e de Deus.
Então,
como fazer para vivermos esses aspectos da Espiritualidade e Teologia Mariana?
É o que tentaremos colocar aqui neste espaço através de alguns aspectos dessa
espiritualidade. Para que nossa relação com Maria não seja apenas uma relação
de veneração e devoção à Mãe de Jesus, consideremos os seguintes aspectos da
vida de Maria:
Como
muitos outros mistérios da História de Salvação do Homem por Deus, Maria, como
Mãe de Jesus, é um mistério de nossa fé cristã, e que deve se tornar para nós, como todos os demais mistérios de Deus,
um ato de fé acreditar que Maria faz parte da Salvação do Homem. Conforme a
História de Salvação do Homem, a figura de Maria começa a se configurar no
Antigo Testamento e essa História de Salvação do Homem é fartamente esmiuçada
em diversas passagens dos Evangelhos, do livro dos Atos dos Apóstolos, das
Cartas de São Paulo e dos demais Apóstolos e vai culminar no Livro do
Apocalipse.
Vejamos a figura de Maria e do mistério que ela representa para
nós, através de alguns aspectos retirados dos livros acima mencionados.
Ser a
Mãe do Salvador é a culminância do mistério de Maria. Ser Mãe de Jesus,
significa ser Mãe de Deus, daí o enorme mistério que esse fato envolve e por
causa dessa Maternidade Divina, e em função dela, Maria foi conhecida de
antemão por Deus e, portanto, Maria foi predestinada, chamada, justificada,
santificada e glorificada conforme os Livros Sagrados acima citados e
enfatizam em Rm 8,28 a 30: “Ora, nós sabemos que Deus concorre em tudo para o
bem dos que O amam, daqueles que, segundo o seu desígnio, são eleitos” e Rm 29:
“Porque os que de antemão conheceu, também os predestinou para serem à imagem
de seu Filho, a fim de que Este fosse o Primogênito de muitos irmãos” Rm 30: “E
aos que predestinou, a estes também os chamou; e aos que chamou, a esses
justificou; e aqueles que justificou também os glorificou”.
Maria, portanto,
para ser a Mãe de Jesus, a Mãe de Deus, foi pelo Pai ornada de todos os dons e
carismas, conforme os Livros Sagrados citam: Cheia de Graça, Imaculada desde o
primeiro instante da sua concepção (Conceição de Maria) e, portanto, Preservada
do pecado original e de todo pecado, para ser a Mãe de Deus; Virgem, antes do
parto, durante o parto e depois do parto; Elevada ao Céu em corpo e alma,
porque Maria não estava sujeita ao pecado. E Maria, por ser a Mãe do Verbo
Encarnado e do Filho de Deus feito Homem (Jesus para nós é o ápice da
humanização do homem que cada um de nós deve almejar como cristão) e, portanto,
Mãe de Deus, como foi proclamada no Concílio de Éfeso, em 431, que é tua Graça
e tua Glória primordial nesse mistério do Amor de Deus pelo homem. Maria deve
ser proclamada como Mãe, que nos fala o Evangelho, quando no Calvário, seu
Filho Crucificado te entrega João como Mãe e te entrega João como como filho e
isto de Jesus Crucificado e Abandonado, de Jesus agonizante que entregou seu sangue e a vida, tudo, num gesto
final de seu Mandamento "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei", quando entrega a própria Mãe, como ato de entrega final a
todos os seus Díscipulos e Seguidores, até o fim do mundo e da história.
Portanto, Maria, se tornou também a Mãe dos homens seguidores de Cristo e,
portanto, a Mãe da Igreja de Jesus.
Maria, pela sua humildade, uma simples
mulher, vinda ao mundo por Adão e Eva, mas predestinada a ser, conforme os Evangelhos,
a “Bendita entre as mulheres” (Lc 1,42), a “Cheia de Graça”, aquela a “quem
todas as gerações chamam Bem-Aventurada”, portanto, a mais perfeita discípula
de Jesus e, por isso, modelo e exemplo para todos nós, que devemos ver em ti a
nossa Mãe e nós como teus filhos que te veneram, te prestam devoção, mas que,
acima de tudo, deve ser vista como nosso modelo de cristão e assim ser "imitada"
como o rosto do novo homem redimido por Jesus Cristo em sua plenitude. Quem ama
deve identificar-se com Maria. Só depois é que deve vir a veneração, junto com
a reverência, a admiração e o amor de todos os devotos, peregrinos de tua Festa
e Círio da Conceição. Maria, que disse “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”, e
meditava em seu coração os planos misericordiosos de Deus para com os Homens e
também meditava e guardava em seu coração os misteriosos desígnios de Deus para
si e para a humanidade, conforme segue abaixo e também aplicava essas lições no
amor e no serviço concreto aos irmãos, conforme “As bodas de Canâ”, quando
intercede pelo bom vinho dado aos irmãos e os serviços que foi prestar à sua
prima Isabel, conforme Lc 1, 39 a 56, com a visita à Isabel e quando esta
disse: “Bendita és tu entre as mulheres e Bendito é o fruto do teu Ventre”
entre outras coisas e onde Maria cantou o seu Cântico de Amor, o Magnificat,
onde, entre outras coisas diz: “A minha alma glorifica ao Senhor, e o meu
espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humilde
condição de sua serva. De fato, desde agora Todas as Gerações me hão de chamar
ditosa porque me fez grandes coisas o Onipotente. ...Derrubou os poderosos de
seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e aos ricos
despediu-os com as mãos vazias. ...”Maria ficou com Isabel cerca de três meses.
Depois regressou para casa”.
O que se poder deduzir do encontro de Maria com
sua prima Isabel? Maria não foi a Isabel para cantar o Magnificat, mas foi à
serviço do irmão e encontrou receptividade em Isabel, que reconheceu Maria como
Mãe de Jesus, portanto Mãe de Deus e, por isso, também cantou esse Canto de
Amor, que significa a Visão Social de Maria e os três meses com Isabel
significa que Maria meditava, glorificava à Deus e amava o irmão. Nós devemos
recorrer sempre a Maria devido as nossas limitações, ocasionadas pelo pecado
original e demais pecados e limitações humanas, pedir sempre a intercessão de
Maria por nós e nossos irmãos conforme o que diz o “rogai por nós pecadores,
agora e na hora de nossa morte” da nossa Ave-Maria.
13 Dezembro 2015
Giordani lê o Magnificat do ponto de vista da
misericórdia e evidencia a sua potência revolucionária: emergem “as diretrizes
em que social e politicamente, além de espiritualmente, se traduz o ideal
evangélico”.
No centro deste potente hino
que é o Magnificat,
onde se reúne o ardor dos profetas com a profecia da redenção, está inserida
uma menção à misericórdia divina, que pode parecer um acréscimo retórico. Ao
invés, me parece que aquela alusão àmisericórdia
do Pai, no centro do hino, tenha um valor capital, e contenha a
explicação daquela concisa, exuberante lista de fatos divinos, que dá à
improvisação poética da jovenzinha de quinze anos, que guardava e maturava
Jesus no ventre, uma beleza inaudita e uma imediação constante.
Na primeira parte, Maria exalta o «Poderoso que fez coisas grandiosas»
para a sua «serva»,
de modo que as gerações vindouras, todas, a declararão bem-aventurada. Deus fez
o milagre da encarnação do Verbo através de uma menina pobre, humilde, de uma
desconhecida aldeia de Israel; ato do qual virá a salvação para a humanidade de
todos os tempos. Então ela observa: «o seu nome é santo – e a sua
misericórdia (se estende) de geração em geração…».
Portanto, a redenção nasce de um ato de piedade
do Pai divino para com os homens. Se ele realizou aquele prodígio de amor, que
só um Deus podia realizar, de fazer com que nascesse o Filho na terra, de uma
jovenzinha do povo e de fazer com que ele morresse num patíbulo pelo bem da
humanidade, se deve a um ato de misericórdia, se deve a um milagre daquela
misericórdia, que é o amor elevado ao ápice.
Ele exige que se perdoe o irmão não até
sete vezes, mas até setenta vezes sete: em prática, sempre, infinitamente; que
se ame o irmão até dar a vida por ele.
Deus «socorreu Israel, seu servo, –
lembrando-se de sua misericórdia…».
Numa palavra, tudo, no governo divino, se
reconduz à misericórdia. E se verá isso confirmado e esclarecido na conduta
daquele Jesus, por cujo amor Maria fala, seja quando ele dará de comer às
multidões e curará enfermos, seja quando flagelará os mercantes no templo e
bramará vocábulos ásperos contra os fariseus e os soberbos.
É o hino da total revolução
cristã. Mas o aspecto mais revolucionário dela está justamente no que
é o seu princípio: a misericórdia. Por
ela não destrói, mas cria, porque o amor por Deus e pelo homem não produz senão
o bem.
O Magnificat especifica as diretrizes do
processo de evolução, transformação e renascimento, em que social e
politicamente, além de espiritualmente, se traduz o ideal evangélico. Uma
transformação que parte do amor, e se concretiza na misericórdia.
Um semelhante ideal assume hoje um
caráter de urgência e de atualidade nova. Irrompem de toda a parte ideologias e
contestações, guerrilhas e revoltas: urgem aspirações grandes e belas e se
introduzem programas destrutivos e de ódio. Maria ensina como orientar e
construir esta revolução. É uma mulher, a mãe de Deus, que ensina com a palavra
e a vida: a vida da mãe da misericórdia. O exemplo dela vale tanto mais, hoje,
quanto mais se revaloriza a feminilidade.
Maria nos ensina a estrada da
misericórdia.
A este ponto, já é evidente a inutilidade
e o absurdo das guerras, isto é, do ódio, e a necessidade de sistemas
racionais, feitos de tratativas, de diálogo e, sobretudo, de intervenções e
dons, por quem pode em favor de quem não pode. Vemos isso: o envio de armas e
de dinheiro em favor deste ou daquele povo serve para alimentar os conflitos,
nos quais as pessoas penam, agonizam e morrem; e para depositar germes de ódio
contra os próprios doadores. A perspectiva daquela jovenzinha, que entoava
entre gente pobre o Magnificat, ou seja, o método da
misericórdia, é uma perspectiva de inteligência divina e humana, a única capaz
de resolver o problema de um mundo ameaçado por uma última definitiva
catástrofe, provocada pela estupidez do ódio, droga de suicídio.
Para reaver a paz, afinal, com o
bem-estar, é preciso que nós tratemos das chagas materiais e morais de quem
sofre, tanto do lado de cá quanto de lá do Oceano, na Europa e na Ásia, na
América e na África, usando uma piedade, fruto de compreensão; uma caridade,
que não é fraqueza, mas remoção de injustiças e de egoísmos para fazer da
coexistência uma convivência, das nações uma família. Assim quer Jesus, o filho
de Maria, como garante também a sua Mãe.
Igino Giordani, em «Mater Ecclesiae» n. 4/1970
E quanto a imagem de Nossa
Senhora, que muitos criticam essa devoção, não devemos ver a louça, a madeira,
o vidro, o barro ou outro qualquer material inanimado da imagem de Maria, mas o
que está por trás, o que simboliza, conforme acima especificado. As imagens de
Maria apenas procuram viabilizar o invisível e tornar sensível o espiritual,
para melhor crescermos no Amor e na Misericórdia que o Filho de Maria, Jesus
Cristo nos ensinou, para também sermos outros Jesus na Terra, portanto, outros
filhos de Maria. Qual o filho que não tendo mais a presença física de sua mãe,
não guarda com carinho as suas lembranças: cartas, retratos, esculturas,
pinturas, objetos, jóias e demais lembranças?
Fonte: Círio da Imaculada Conceição
SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEÇÃO DE MARIA
Para ser
a Mãe de Cristo, Deus escolheu uma mulher santa e pura, cheia de graça. Para
ser mãe do Verbo, Deus preservou Maria do pecado original e a fez cheia de
graça, a fez a imaculada concebida sem pecado original. Maria foi imune de toda
mancha da culpa original desde o primeiro instante de sua concepção, em vista
dos méritos de Cristo, Nossa Senhora confirmava essa verdade. Aparecendo
Bernadete, na cidade de Lurdes, apresentou-se: Eu sou a Imaculada Conceição.
Nossa devoção deve sempre lembrar a moça que soube dizer Sim ao chamado para
ser mãe do salvador. Maria e a pessoa simples, pobre, que pertencia aos
excluídos de sua época. É a mulher firme na condução do Reino de Deus. Como e
bom saber que temos uma mãe carinhosa que sempre olha por nós, caminha conosco
pelas estradas da vida, guarda-nos sob seu manto de amor e conduz nossos passos
ao encontro de seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Nossa Senhora é a mãe que
nos ama mesmo quando nada fazemos para merecer o seu amor. Seguramente, é
nessas horas que dela nós mais precisamos. Cada vez que nos colocamos diante de
uma representação de Nossa Senhora, seja ela uma pequena imagem, ou uma
pintura, que nossos pensamento se eleva ao céu para contemplar aquela que deu a
luz a Jesus o nosso Salvador. Nos não adoramos nossa senhora mais sim prestamos
uma total veneração pela mulher que soube dar o seu Sim ao chamado de Deus,
Maria é a janela que nos faz louvar a Deus. Eis que Doravante todas as gerações
me chamarão de Bem Aventurada ( Lc 1, 48). São tantas graças alcançadas por ti
o Mãe eu mesmo fico grato pelas graças alcançadas em minha vida. Maria tu nos
ensina a vivência, tu nos ensina a orar, tu nos ensina a ter fé. E procurando a
tua proteção tudo em nossa vida vai ficando bem, tu vai passando a frente e vai
abrindo caminho porque tu és a mãe, tu és a intercessora, és a porta do Céu . E
hoje em que contemplamos Nossa Senhora da Conceição ousamos dizer: À vossa
proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em
nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem
gloriosa e bendita. Amém
Devemos, como Maria, ir ao encontro de nossos
irmãos mais necessitados, para serví-los em suas
mais prementes necessidades de todos os tipos,
como os bens materiais, mas também de outras
necessidades, para, assim, elevá-los à sua dignidade
de Filhos de Deus, portanto, irmãos nossos
A Irmã Elisa, falecida recentemente, soube muito bem
imitar Maria no amor e serviço ao irmão
A mesma deferência que o Papa Francisco dedica
aos poderosos, que podem ajudar a resolver as
problemáticas do mundo, especialmente a justa
distribuição das riquezas para os mais empobrecidos
do mundo, também, e muito mais, dedica aos mais
pobres de todas as partes
Fonte da foto: Adenaldo Santos Cardoso
Como Maria foi um Templo Vivo de Jesus,
o Filho de Deus e do Homem, nós também
devemos nos tornar templos vivos da morada
da Trindade de Deus em nós, amando a todos
com o mesmo Amor de Deus, sendo o próprio
Jesus e vendo-O em cada irmão que passa ao
nosso lado
Fonte da foto: Site Círio da Imaculada Conceição
"Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos,
a Mim o fazes", disse Jesus.
Logo, nossa veneração à Maria, a Mães de Deus,
deve se transformar em Amor Misericordoso a
todos, especialmente aos mais pobres, como fez e
testemunhou Maria no seu Cântico de Amor, o
Magnificat
Fonte: Círio da Imaculada Conceição
A nossa devoção à Maria deve ser expressa
em amor concreto ao irmão
Fonte da foto: Adenaldo dos Santos Cardoso
A Natureza "Sofre e geme as dores do parto...",
isto é, o Meio Ambiente é afetado pelo nosso
pecado da ganância e derrespeito à Natureza.
Não é à toa que estão acontecendo desastres
naturais e os provocados pela própria ganância
do homem, como o de Mariana, em Minas Gerais,
a do Pará em Vila do Conde pelo afundamento do
navio com milhares de cabeças de bois e óleo, que, pela
decomposição dos corpos e difusão do óleo, contaminou as águas
que os ribeirinhos usavam para todas as suas necessidade
e a Amazônia sofre os mesmos ataques vindos
das governanças e dos homens.
"Além disso, quando o coração está verdadei-
ramente aberto a uma comunhão universal, nada
e ninguém fica excluído desta fraternidade. Por-
tanto, é verdade também que a indiferença ou a
crueldade com as outras criaturas deste mundo
sempre acabam de alguma forma por repercu-
tir-se no tratamento que reservamos aos outros
seres humanos.
...Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, ca-
minhamos juntos como irmãos e irmãs numa pe-
regrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor
que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que
nos une também, com terna afeição, ao irmão sol,
à irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra."
A Rainha de Toda a Criação
Maria, a mãe que cuidou de Jesus, agora cuida com carinho e
preocupação materna deste mundo ferido. Assim como chorou com o coração
trespassado a morte de Jesus, assim também agora Se compadece do sofrimento dos
pobres crucificados e das criaturas deste mundo exterminadas pelo poder humano.
Ela vive, com Jesus, completamente transfigurada, e todas as criaturas cantam a
sua beleza. É a Mulher «vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma
coroa de doze estrelas na cabeça» (Ap12, 1). Elevada ao céu, é Mãe e Rainha de
toda a criação. No seu corpo glorificado, juntamente com Cristo ressuscitado,
parte da criação alcançou toda a plenitude da sua beleza. Maria não só conserva
no seu coração toda a vida de Jesus, que «guardava» cuidadosamente (cf.Lc2,
51), mas agora compreende também o sentido de todas as coisas. Por isso,
podemos pedir-Lhe que nos ajude a contemplar este mundo com um olhar mais
sapiente.
Não pode ser
autêntico um sentimento de união íntima com os outros seres da natureza, se ao
mesmo tempo ... não houver ternura ... pelos seres humanos (L.S.91)
"
É evidente a incoerência de quem luta contra o
tráfico de animais em risco de extinção, mas fica
completamente indiferente perante o tráfico de
pessoas, desinteressa-se dos pobres ou procura
destruir outro ser humano de que não gosta. Isto
compromete o sentido da luta pelo meio ambien-
te. Não é por acaso que São Francisco, no cân-
tico onde louva a Deus pelas criaturas, acrescen-
ta o seguinte: « Louvado sejas, meu Senhor, por
aqueles que perdoam por teu amor ». Tudo está
interligado. Por isso, exige-se uma preocupação
pelo meio ambiente, unida ao amor sincero pelos
seres humanos e a um compromisso constante
com os problemas da sociedade.
tráfico de animais em risco de extinção, mas fica
completamente indiferente perante o tráfico de
pessoas, desinteressa-se dos pobres ou procura
destruir outro ser humano de que não gosta. Isto
compromete o sentido da luta pelo meio ambien-
te. Não é por acaso que São Francisco, no cân-
tico onde louva a Deus pelas criaturas, acrescen-
ta o seguinte: « Louvado sejas, meu Senhor, por
aqueles que perdoam por teu amor ». Tudo está
interligado. Por isso, exige-se uma preocupação
pelo meio ambiente, unida ao amor sincero pelos
seres humanos e a um compromisso constante
com os problemas da sociedade.
"
(Papa Francisco, Encíclica Laudato Si)
Vivo na Amazônia e observo esse espetáculo em
minhas viagens de trabalho. Tudo me remete a Deus, como se a natureza falasse a
sua mesma linguagem; fala-me dEle e me transmite sua mensagem. Insere-me nessa
harmonia e eleva meu espírito. E então, descubro o valor das coisas em Deus.
TODO MALTRATO A QUALQUER CRIATURA
É "CONTRÁRIO À DIGNIDADE HUMANA"
"Além disso, quando o coração está verdadei-
ramente aberto a uma comunhão universal, nada
e ninguém fica excluído desta fraternidade. Por-
tanto, é verdade também que a indiferença ou a
crueldade com as outras criaturas deste mundo
sempre acabam de alguma forma por repercu-
tir-se no tratamento que reservamos aos outros
seres humanos.
...Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, ca-
minhamos juntos como irmãos e irmãs numa pe-
regrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor
que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que
nos une também, com terna afeição, ao irmão sol,
à irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra."
(Papa Francisco, Encíclica
Laudato Si)
"OUVIR TANTO O CLAMOR DA TERRA COMO O CLAMOR DOS
POBRES"
A natureza clama por atenção, respeito e harmonia. Tanto a
natureza enquanto meio ambiente, quanto a natureza enquanto ser humano.
Às vezes, não paramos para pensar que nossos atos
interferem diretamente na harmonia do meio ambiente. Cada nossa ação incide
bem ou mal no ambiente onde vivemos e em larga escala, em todo o planeta. Nosso
agir deve ser em plena harmonia com a natureza, desde o simples gesto de
descartar o lixo até a utilização consciente de coisas poluentes como o carro.
Se com o meio ambiente é assim, mais ainda deve ser com o
ser humano. Devemos consumir alimentos e bens com a consciência de que pessoas
carecem do mínimo necessário à nossa volta.
Antes de ostentar minhas posses, devo pensar em partilhá-las
para que meu relacionamento com todos seja harmônico em todos os sentidos.
"OS OUTROS SERES VIVOS TEM UM VALOR PRÓPRIO
DIANTE DE DEUS"(L.S. 69)
Se observarmos um ecossistema
preservado, inclusive com a presença humana, vemos uma harmonia que
impressiona. Cada coisa está em seu lugar. Existe espaço para todos, nada está
em demasia e nada falta: presas e predadores, fauna e flora que se completam,
uma harmonia que encanta.
Vivo na Amazônia e observo esse espetáculo em
minhas viagens de trabalho. Tudo me remete a Deus, como se a natureza falasse a
sua mesma linguagem; fala-me dEle e me transmite sua mensagem. Insere-me nessa
harmonia e eleva meu espírito. E então, descubro o valor das coisas em Deus.
Fonte: Francisco Teixeira
Fonte: Círio da Imaculada Conceição
Fonte da foto: Amarildo Dias
Em primeiro plano temos a figura de Jesus Crucificado e Abandonado e,
após, a figura da Igreja e Maria e que nos pedem para irmos ao encontro
as chagas do mundo moderno e resolvê-las com a nossa união e ação
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Blog do Ademir Rocha