quinta-feira, 13 de outubro de 2011







GIULIO MARCHESI
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Giulio Marchesi – Primeiro focolarino de Roma

13 Outubro 2011

28 de janeiro de 1914 – 13 de outubro de 1996



Profissional de sucesso, Giulio Marchesi encontrou na espiritualidade de Chiara Lubich a simplicidade do amor evangélico e o sentido da sua existência.


«Estávamos nos primeiros dias de novembro de 1949. Aceitei participar de uma reunião na qual falaria Graziella De Luca, uma das primeiras companheiras de Chiara. Fui de má vontade e com o propósito de ficar o menos possível. Para passar o tempo tinha decidido contar quantas heresias aquela jovem iria dizer. Mas não me lembrei de contar as heresias; fiquei parado, imóvel por três horas sem me aperceber. Era a primeira vez na vida que sentia a minha alma satisfeita, plena».


Naqueles anos Giulio já tinha se formado em engenharia, com a nota máxima, e trabalhava como diretor da Romana Gás.


Mas as satisfações obtidas no trabalho não correspondiam às de sua alma. Embora muito ativo na política e na Ação Católica, pelas suas muitas experiências estava convencido que o indivíduo fosse movido pelo egoísmo e que, para a humanidade, não houvesse possibilidade de felicidade.


Foi com este sofrimento interior que teve o seu primeiro encontro com o Movimento de Chiara Lubich, que há pouco chegara a Roma. «Percebi que o efeito daquele primeiro encontro, e dos sucessivos, brotava da Palavra do Evangelho que as focolarinas viviam entre elas, e eu também comecei a viver. Todas as relações, com Deus e com o próximo, se transformavam. Enfim, a Palavra vivida me tornou livre».


Entrou no segundo focolare masculino do mundo, na rua Lecce, em Roma, colocando imediatamente as suas notáveis competências e numerosos talentos à disposição do Movimento nascente. Chiara confiou a ele a incumbência de cuidar do aspecto dos meios de comunicação. Para Giulio era importante não confundir os meios, simples instrumentos, com a substância de um novo modo de entender a comunicação social, que é a unidade, poder experimentar a vida da Trindade, onde tudo está completamente em circulação.


Os anos vividos na Mariápolis internacional de Loppiano foram especialmente frutuosos, acompanhando os muitos jovens que lá chegavam. Estes admiravam a sua abertura, a determinação e… o humorismo, com o qual dissolvia até os nós mais intrincados.


Em seguida retornou a Roma para dirigir a editora Città Nuova. Quem trabalhou com ele, naqueles 13 anos, recorda: «Dava total confiança e liberdade aos seus colaboradores, suscitando ao máximo as potencialidades de cada um, mostrando, sem muitas palavras, que a nossa é uma vida pelos outros. Jamais era evidenciado o eu do responsável».


E afinal, a precedente dinamicidade foi substituída pela cruz do declínio físico. Todavia Giulio permaneceu sempre admirável no amor, até o fim.


Escreveu antes de ir para o Céu: «O Espírito Santo faz o que quer, apesar de todas as nossas misérias. A misericórdia de Deus supera tudo e cria do nada».


Reproduzido pelo Blog do Prof. Ademir Rocha